Guerra Mundial Z (World War Z)

Então. Eu não tinha qualquer esperança sobre Guerra Mundial Z, na realidade, tinha é a certeza de que seria uma bomba, começando no fato de que nada tinha a ver com o livro do Max Brooks. Mas como a adaptação de Warm Bodies teve nada a ver com o livro e eu achei bacaninha, resolvi dar uma chance. Começam os créditos, que descrevem os eventos anteriores ao momento em que se passa a história, dando a entender que os zumbis aqui são pessoas infectadas por um vírus, provavelmente uma gripe que sofreu mutação. Hum, falam de aquecimento global também. Eu que já acho que a regra número um dos filmes de zumbis é não explicar como eles surgiram achei que o combo vírus + aquecimento global já é muita informação, mas olha, foi muito bem montado. Eu não sou muito de ficar dando trela para créditos, mas tem alguns fatores ali que já fizeram com que eu automaticamente ficasse mais otimista sobre o filme:

a) gostei de como usam imagens da tv para contar a história, mesclando notícias que já apontam para a catástrofe com banalidades como programas de variedade; até que finalmente fica certo que o vírus sofreu mutação, e aí as imagens (mesmo as dos animais) ficam mais fortes, a música PAM PAM PAM vai aumentando a tensão, etc. bom modo de deixar o espectador a par dos eventos, e prepará-lo para o clima geral do filme.

b) é bobagem, mas ainda sobre a trilha (e as letras usadas no crédito), lembrei dos filmes de zumbi da década de 70.

c) Isso:

Alooou? Douglas Adams? " So long and thanks for all the fish?"
Alooou? Douglas Adams? ” So long and thanks for all the fish?”

 

d) E isso:

Michio Kaku

 

Sim, adoro referências nérdicas. Ok, voltando ao Guerra Mundial Z. Cena típica, família acordando para mais um dia comum (tem algo de Dawn of the Dead naquela cena matutina na cama, btw),  e aí você já está tão escolado com filmes do gênero que sabe que vai dar merda aquele ursinho da menina e o inalador da outra em algum momento, mas ok, continuemos. Chega a cena que apareceu em vários trailers, com a família no carro bem no momento em que a coisa fica feia e então dá para ter uma noção de qual será a configuração do filme: 1) família tentando sobreviver, 2) Gerry (Brad Pitt) buscando o paciente zero/uma cura/whatever ao redor do mundo.

Continue lendo “Guerra Mundial Z (World War Z)”

Atualizando para você não esquecer

Top5 livros em 2009

Continuando com a tradição e aproveitando a onda de retrospectivas de final de ano, resolvi elaborar o top5 de livros lidos esse ano. Lembrando que assim como aconteceu em 2008, não são especificamente lançamentos de 2009.  A surpresa para esse ano ficou por conta dos autores nacionais. Li pouquíssimos, mas mesmo assim eles são maioria na lista. E é isso.  Se quiserem comentar sobre os melhores livros que vocês leram esse ano, o espaço dos comentários está sempre aberto. No mais, espero que alguns dos títulos sirvam de sugestões para quem está querendo ler algo mas não tem ideia do que.

TOP 5 LIVROS EM 2009!

5. Frenesi Polissilábico (Nick Hornby)

Eu estava quase deixando o Seth Grahame-Smith entrar com How to survive a horror movie, mas depois lembrei de quanto me diverti me identificando com a relação de Hornby com suas leituras. É para ser divertido e consegue sê-lo do começo ao fim. Lembro até agora de algumas passagens como quando está indignado com os rumos que uma história tomou e aí comenta: “…I just sort of lost my grip on the book. Also, someone gets shot dead at the end, and I wasn’t altogether sure why. That’s a sure sign that you haven’t been paying the right kind of attention. It should always be clear why someone gets shot. If I ever shoot you, I promise you there will be a really good explanation, one you will grasp immediately, should you live.” O senso de humor do Hornby afiadíssimo como sempre, falando de algo que eu adoro. Tinha que vir para o top5.

4. O Filho Eterno (Cristovão Tezza)

Eu já ouvi comentários de que ele se inspirou bastante (digamos assim) no livro Uma Questão Pessoal, de Kenzaburo Oe. Como só li O Filho Eterno, prefiro não entrar nesse campo. A verdade é que embora breve, a obra de Tezza é forte, daquelas que realmente mexem com o leitor fazendo não só com que pense sobre o que está ali escrito, mas também sinta. Como já comentei antes, é a melhor prova de que um livro não precisa ter dezenas de inovações estilísticas para ser um bom livro. Uma história que ganhe o leitor como acontece em O Filho Eterno já basta.

3. Areia nos Dentes (Antônio Xerxenesky)

Eu preciso confessar que o que chamou minha atenção inicialmente era o enredo, envolvendo zumbis. Um faroeste com zumbis, pense só. E a medida que você vai conhecendo Mavrak (cidade que é quase uma personagem dentro do romance) logo percebe que não se trata de uma obra sobre zumbis, mas com zumbis. O conflito do narrador com suas lembranças, uma tentativa de conhecer-se através do passado, reconstruir-se. Para não falar de recursos que Xerxenesky utiliza, rendendo momentos ótimos que vão além da contação de história.

2. Catatau (Paulo Leminski)

Leminski não se dedicou tanto à prosa quanto à poesia, o que não deixa de ser uma pena se considerar os trabalhos com os contos (como pode ser visto na coletânea Gozo Fabuloso) e com Catatau, o romance ideia. Quase que uma releitura tupiniquim (e caótica, muito caótica) de Esperando Godot de Beckett, aqui temos um Descartes alucinado no Brasil, esperando por Artiscewsky. O leitor é tragado pelo fluxo de consciência do narrador (Descartes), deixando a lógica completamente de lado.  Há ritmo, quase como se fosse para ler em voz alta, um romancepoema inesquecível.

1. World War Z (Max Brooks)

Mais zumbis? Sim, mais. Mas mesmo que você não seja lá muito fã de histórias com mortos-vivos, vale a pena a leitura pelo que Max Brooks faz com o que já é um tema tão batido. A ideia da contrução da história a partir de depoimentos dos sobreviventes do que seria uma guerra mundial contra os zumbis é perfeita para uma metáfora sobre como é fácil simplesmente deixar a humanidade de lado. É uma obra marcante, uma pena que ainda não tenha tradução para o português, embora eu ache que com o filme que está para sair logo chega por aqui.

Cineminha

(Notícias rápidas de cinema para você que está com pressa como eu)

  • Já está disponível na internet o trailer novo de Sherlock Holmes. Um monte de gente vai chiar, isso é certeza. Eu achei bem legal. Para ver, clique aqui.
  • Vazou o pôster de Lua Nova (continuação de Crepúsculo). Eu achei que alguns fãs fizeram posteres melhores do que esse, na boa. Para ver, clique aqui.
  • Estou lendo (e adorando) o livro World War Z, do Max Brooks. Fucei no imdb só por curiosidade e pans, pré-produção, com 2010 como ano previsto para a estreia. MUITO curiosa para saber como farão a adaptação.
  • Semana passada divulgaram o trailer de A Estrada, baseado no romance de Cormac McCarthy (e um dos meus livros favoritos de todos os tempos). Torci o nariz para prováveis mudanças, mas vamos ver no que pode dar, certo? Você pode conferir o trailer lá no Omelete.
  • Oi? Adaptação de A Queda da Casa de Usher? 3D?

E por hoje é só, pessoal.