Paris é uma festa (Ernest Hemingway)

Vencedor do prêmio Nobel em 1954, o norte-americano Ernest Hemingway parece personagem de ficção. Basta uma olhada rápida em sua biografia para se dar conta de como esse homem viveu intensamente: esteve presente na Primeira Guerra Mundial como motorista de ambulância, foi correspondente estrangeiro de jornal, conheceu pessoas que depois de algum tempo viriam a entrar na lista de personalidades favoritas de muitas pessoas.

É por causa disso que Paris é uma festa (A Moveable Feast) embora biográfico tenha todo o charme de um romance. Descrevendo os anos que Hemingway viveu em Paris, ainda dando os primeiros passos na carreira de escritor, o livro vem cheio de personagens fascinantes, ainda mais quando se sabe que são reais, e quanto influenciaram o trabalho de Hemingway.

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Meia Noite em Paris

Novo Woody Allen na praça, e lá vamos nós ao cinema conferir Meia Noite em Paris. A história tinha todos os elementos para me ganhar logo de cara: Paris, Nostalgia, referências mil à arte da década de 20. E realmente me conquistou, foi como se por pouco mais de uma hora e meia eu tivessa a mesma sorte da personagem Gil (interpretada por Owen Wilson) e pudesse viajar no tempo e viver um pouco naquela época maravilhosa, um prato cheio para qualquer amante da arte. Pense em nomes como Ernest Hemingway, T.S.Eliot, Gertrude Stein, Pablo Picasso, Salvador Dalí, Man Ray, Scott Fitzgerald, Cole Porter… enfim, todos reunidos.

É por isso que dá para entender esse desejo de Gil de viver aqueles tempos. Porque deve ter sido simplesmente um daqueles momentos únicos para a arte, com tantas mentes brilhantes cruzando caminhos e trocando informações. O sujeito que sonha em produzir algo que faça diferença certamente deseja estar nesse meio, recebendo conselhos de pessoas que vê como mestres, exemplos. Somando a isso tem também o fato de que o presente de Gil era simplesmente chato: uma esposa que simplesmente não compreende suas vontades e com quem tem em comum o fato de gostarem de comida indiana. Preso entre viver na roda viva, escrevendo roteiros para Hollywood (o que dava dinheiro) ou desenvolvendo seu romance (o que daria satisfação pessoal).

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