Cinema com mamadeira 3

Começo o número 3 do Cinema com mamadeira com uma resolução de ano novo: Ou melhor, algumas resoluções. A primeira é assistir pelo menos quatro filmes por mês em 2013 (sei que o ano não acabou, mas a tendência é que eu feche 2012 com a média de 2 por mês). A segunda é achar um nome novo para essa sessão, até porque Arthur já está quase largando a mamadeira. A terceira é conferir os Oscarizáveis ANTES do Oscar este ano, como eu gostava de fazer há uns anos. Acho que é isso. Sou péssima com resoluções, elas parecem funcionar ao contrário: eu listo as coisas e aí que eu não faço mesmo. Mas bem, fica pelo menos o registro da intenção.  Mas vamos lá, para a última rodada do que eu tenho visto este ano.

OARTISTAO Artista: Já falei sobre ele aqui. Sabe aqueles filmes que o tempo passa e a lembrança dele parece ficar cada vez melhor? Eu realmente gostei, e é um daqueles que me arrependo de não ter visto no cinema – algumas cenas devem ter ficado especiais com som e imagem apropriados (como por exemplo, naquele sonho do protagonista, em que ele começa a ouvir as pessoas falando). Se eu fizesse top10 de lançamentos este ano como costumava fazer, ele estaria entre os três primeiros colocados com certeza. Acho que o que mais me agradou foi ele ter tantas personagens boas, dá aquela sensação gostosa quando o filme acaba de que você passou algumas horas sem pensar em qualquer merda da “vida real”. Lembro que um que deu a mesma sensação foi Juno. Continue lendo “Cinema com mamadeira 3”

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)

Uma breve história para começar.

Zambra em seu livro Bonsai fala de um casal que tem uma relação de certa forma construída com livros. A graça é que um diz para o outro que leu Em busca do tempo perdido, quando na verdade não o fizeram. Digo isso porque de certa forma minha história com o Fábio também tem uma presença forte dos livros, mais especialmente os de Tolkien. E ontem de manhã, enquanto ele se arrumava para ir trabalhar, eu tive que despejar a bomba que seguro há quase 8 anos: EU NUNCA TERMINEI DE LER O HOBBIT. Pois é. Cheguei na metade, cansei, larguei. Nunca li os Apêndices de O Senhor dos Anéis também. Eu acho que nosso relacionamento sobreviverá a isso (eu não o perdoo por nunca ter lido Os Três Mosqueteiros, talvez façamos uma negociação aí), mas se estou deixando registrado esse momento é para explicar que, embora eu tenha sido fã de Senhor dos Anéis, eu nunca fui fã hardcore – não sou do tipo que discute personagens ou passagens obscuras do livro, até porque eu provavelmente os ignorei enquanto lia. Ok, divago: fato é que eu fui ao cinema ontem à noite mais como leiga do que como fã. Acho importante ressaltar isso e logo mais explico o por quê.

Então, o filme. Começo avisando que não vou cuidar para filtrar spoilers, então se você ainda não viu, não leia. Também não vou passar todo o histórico, a essa altura vocês já devem estar carecas de saber. Mas vou ressaltar novamente que foram 9 anos de espera entre o lançamento de O Retorno do Rei e a estreia de Uma Jornada Inesperada, um período de tempo que por si só já é um ótimo alimento para uma expectativa gigante. O filme abre com um prólogo mostrando Bilbo mais velho (interpretado por Ian Holm) escrevendo sua história para Frodo no dia de sua festa de aniversário. Sim, aquelaaaaa de A sociedade do anel. Quando chegar o dvd alguém provavelmente vai mostrar como uma coisa se encaixa com outra (Frodo indo encontrar Gandalf em Uma Jornada Inesperada e Frodo encontrando Gandalf em A Sociedade do Anel, por exemplo). O prólogo serve não só para conectar as duas trilogias, mas também para apresentar a história dos anões de Erebor, que será a base dos eventos que ocorrerão em O Hobbit.

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