Para você ver como são as coisas: sempre reclamo da lerdeza dos canais de tv a cabo, e aí vem a HBO do Brasil e transmite o último episódio de True Blood junto com a gringa. Uou. Jóia! Só que no domingo eu ainda estava no hospital, há. Mas tudo bem, primeira noite em casa depois de voltar da maternidade e já estou lá, conferindo o último episódio da terceira temporada de True Blood. E gee, que coisinha ruim. Lembrei na hora da primeira temporada (meus comentários sobre isso são até engraçados, porque consegui errar TODAS as previsões para a temporada seguinte, hehe), que também teve um péssimo desfecho.
Porque convenhamos, as coisas foram resolvidas de um jeito meio desleixado (digamos assim) e para piorar, nada de muito interessante sendo prometido para a temporada seguinte. Sam matou ou não irmão? A mãe de Tara pega o pastor! O bebê de Rene será um assassino? etc. Que coisa mais chata. Foram poucas coisas realmente interessantes ou que simplesmente eram pelo menos o que se esperava para essa conclusão de temporada.
Enquanto a terceira temporada de True Blood está perto de chegar ao fim, lá fora a época de estreias está chegando perto. Tem coisa nova vindo aí, mas acho que a melhor notícia para quem acompanha séries é que os canais de tv a cabo aqui do Brasil estão quase todos aderindo ao que a HBO já está fazendo com a série de Sookie e cia.: lançamento de episódio com apenas uma semana de intervalo da exibição nos canais gringos. Não acho que seja o fim da pirataria, mas já foi um movimento esperto. Só falta a FOX largar mão dessa porcaria de transmissão de episódios dublados e iei, até vai começar a valer a pena pagar pelos canais fechados _o/
Mas enfim, algumas notícias que estão rolando por aí sobre as séries. Pode conter spoiler, então se você está atrasadinho sobre algum seriado ou outro, melhor não ficar fuçando, há.
Opa, que finalmente as coisas melhoraram. Eu estava realmente preocupada que as coisas permaneceriam mornas até o último capítulo, mas pelo menos deixaram alguma coisa para agitar o penúltimo. Fresh Blood (S03E11) teve lá seus momentos dispensavelmente esticados de sempre, mas por causa de outros eventos acabou valendo a pena, e deixando o cenário pronto para a conclusão da temporada – que só irá ao ar dia 12 de setembro. Sim, mais uma pausinha, que caca. Falando nisso, é (bem) provável que 12 de setembro o Arthur já esteja por aqui, então não estranhem se demorar um tico para sair a resenha, hehe.
Voltando ao True Blood. Como eu disse, o maior problema foram os momentos esticados – mas não o que aconteceu. Acho que tudo em Fresh Blood era necessário para começar a “amarrar as pontas”, e começar a preparar a quarta temporada. O negócio é que às vezes a coisa se prolonga mais do que devia. A reação de Jason ao saber sobre a natureza de Crystal, por exemplo. Ele precisava ir até a escola, ver o moleque que está tomando V para então chegar a conclusão que “Ninguém nessa cidade é o que parece ser, então tudo bem”? Claro que não. Com todo aquele rolo com o Eggs ele mais do que ninguém sabe que ninguém-naquela-cidade-é-o-que-parece-ser. E pelo menos apresentaria uma certa coesão sobre o episódio passado, quando ele conta para Tara sobre Eggs.
“I’m a fairy? How fucking lame!” são as palavras de Sookie abrindo o episódio I Smell a Rat (S03E10), e você se anima pensando que vem coisa boa por aí. Eu fico feliz que tenham colocado esse tipo de reação para Sookie, que de fato se desenvolveu bastante da primeira temporada para cá: não é mais a mesma tapada e cada vez mais está sabendo se defender sozinha. Problema é que para o antepenúltimo episódio da série, eu esperava bem mais do que essa “revelação” e trocentos minutos arrastados de nada de realmente importante acontecendo.
Quer dizer, alguns detalhes são importantes. Mas apareceram na hora errada, estragando o efeito da informação nova. Por exemplo, o passado de Sam. Precisava de dez episódios (ou ainda, de três temporadas) para revelar que o sujeito só parece manso? Teria feito muito bem para a personagem em si se essa história de ladrão já tivesse se revelado antes. Ou, trocando em miúdos, que tivessem diminuído um pouco o tamanho da história com a família dele, já que não tá saindo nada demais ali.
Quando falei do episódio anterior (Night on the Sun), fiz uma comparação com Crepúsculo (obviamente não aceita pelos odiadores da série da Stephenie Meyer, hehehe). Bom, desta vez, assistindo Everything is Broken (S03E09) em alguns momentos eu tive a nítida sensação que estava vendo uma daquelas novelas do Manoel Carlos, cheia de merchandising social, discutindo estupro, aborto e afins. Seriously, só faltou a gente descobrir que aquele laguinho da Sookie era o Leblon e que o nome dela era Helena.
Assim, eu acho que foi o primeiro episódio da terceira temporada que eu mal via a hora que acabasse. Eu realmente não gostei. Não dá para entender como a série estava indo tão bem, chegando a um dos melhores episódios de todas as temporadas (I Got a Right to Sing the Blues) para então começar a decair. Desse jeito dá até medo de pensar o que serão os três últimos episódios, se bobear vão esculhambar tudo.
Eu não quero ser sexista, até porque é um discurso que soa estranho partindo de uma mulher. Mas vá lá, pega a lista dos diretores dos sete episódios anteriores de True Blood, e depois veja quem dirigiu Night on the Sun (S03E08). Uma mulher. E o que se vê ao longo de quase todo o tempo? Uma espécie de Crepúsculo meets True Blood que chega a dar vergonha alheia – e olha que eu li a série da Meyer e me diverti. Fico imaginando como foi o diálogo entre Bill e Sookie logo que ela acorda para quem odiou a saga Crepúsculo.
“Nhé nhé nhé, eu quero que você tome banho de sol, tenha filhos e uma vida normal, nhé nhé nhé”. Edward, sai desse corpo que não te pertence! E se for notar, todo o episódio foi construído principalmente na questão dos relacionamentos. As poucas “fugas” da melação foram Sam e família bizarra (que acho que é meio que de opinião geral que tá meio chato), Arlene pirando com o bebê que está por vir e bem, o Eric (que uou, finalmente trocou de roupa. Foram quantos episódios com aquele suéter azul, heim?).
O complicado de episódios como I Got a Right to Sing the Blues é que dificilmente o episódio seguinte é tão bom quanto ele, mesmo que seja bem acima da média. Foi o que aconteceu com Hitting the Ground (S03E07), que foi ótimo, mas deixou aquela sensação meio de “Meh, o anterior era melhor”. E no final das contas acho que era, mas enfim, convenhamos, mais surpresas chegando e deixando claro que aquela estrutura de embromação sem fim que vimos na segunda temporada realmente não se repetirá aqui.
Começando então com a fuga de Sookie e Tara. Primeiro, tenho que confessar: estou gostando da Tara. Nos primeiros episódios aquela lenga-lenga de querer se matar davam a entender que seria mais um ano com encheção de saco da personagem, mas ela reaparece forte depois da relação com Franklin. As ações dela na hora da fuga deixaram isso bem claro, tanto que a própria Sookie chega a questionar o que aconteceu para que ela ficasse daquele jeito. Eu gostei, se for continuar assim, pode até sobreviver para a quarta temporada, há.
Uou! Ca-ra-ca! Sabe aquele tipo de episódio que normalmente antecede o season finale? Um monte de coisa acontecendo ao mesmo tempo, algumas dessas deixando com aquele baita “ELES NÃO TERIAM CORAGEM DE FAZER ISSO!!!!!!!” estampado e por aí vai. Poisé. Foi assim o episódio que marcou o meio da terceira temporada de True Blood, I Got a Right to Sing the Blues (S03E06). Ok, claro que tem coisa para resolver ainda, mas em alguns casos fica a sensação que no próximo episódio já passam a régua, sério. E o post está obviamente cheio de spoilers como todos os que eu escrevo fazendo comentários sobre a série, mas nesse caso eu REALMENTE recomendo que só seja lido depois de ver o episódio em questão, porque… uou.
Lógico, tivemos lá alguns momentos meio bobinhos que não vão levar a nada muito importante (pelo menos não aparentemente), como a relação da Jessica com a Arlene (alguma dúvida que vão ficar amigas?) e de Lafayette com Jesus (fica mais por aquela de saber se Jesus está ali para algum golpe ou algo que o valha). Mas fora isso, era um evento mais importante do que outro, acho.
E então com Trouble (S03E05) eu acho que já dá para dizer que a terceira temporada de True Blood está sendo a melhor de todas. Porque a primeira eu acho que errava em carregar demais na parte do sexo (reclamação da maioria que acabou desistindo de acompanhar a série pela metade da temporada) e a segunda… bem, vocês sabem minha opinião sobre aquele plot idiota da Menade. Mas a terceira está ótima – o sexo está lá, mas não é de forma gratuita como eram as cenas do Jason do primeiro ano. O plot dos lobisomens está se mostrando bem interessante e conectando muito bem as personagens. E iéééé, a Tara passa a maior parte do tempo calada.
Brincadeiras à parte, acho que Trouble veio recheado daqueles momentos que fazem a série valer a pena, por coincidência sempre conduzidos pelas personagens secundárias. Nada especialmente contra as principais, mas convenhamos, quem roubou o show nesse episódio foram personagens como Franklin Mott, Talbot e Russell.
Ok, o bom é que a pausa foi de uma semana só, nada daquela coisa de ficar quase um mês sem episódio novo, que acaba quebrando todo o ritmo da série que você está acompanhando. E True Blood continua em ritmo aceleradíssimo, beeeeem diferente do que foi a segunda temporada na qual tivemos MUITA encheção de linguiça para chegarmos “ao que interessa” nos últimos episódios. A história principal está sendo bem montada, as personagens estão todas interligadas sob a mesma trama, no final das contas. E isso está funcionando muito bem.
A começar pelo Bill, que sempre achei ser meio deixado de lado nos plots anteriores. Entendam: é lógico que ele é importante, ele é o parzinho da protagonista e blablabla. Mas não tinha nada nele como personagem que você pensasse “Uou, foda!” como é possível com poucos minutos da Pam na tela, ou mesmo com o Godric na temporada passada. A história de aceitar o convite de Russel e ficar no Mississipi está dando novas cores para a personagem, que está mais complexa e bem mais interessante.