A primeira surpresa é uma “Apresentação do tradutor”, no caso William Agel de Mello. Sempre respeitei o trabalho dos tradutores, mas se tem algo para que eu realmente tiro o chapéu é para tradutores de poesias, e o que de Mello comenta nesse texto introdutório ilustra muito bem as dificuldades de quem tenta transmitir para outra língua os versos de alguém. Achei positivo esse destaque dado ao tradutor, porque dá uma sensação de terreno seguro que eu (pessoa que não fala absolutamente nada de espanhol) acabo precisando para começar a leitura. Logo adiante, a segunda surpresa: trata-se de uma edição bilíngue, o que deve ser um prato cheio para quem entende espanhol (de minha parte fiquei arranhando um espanhol com sotaque la garantía soy yo só para tentar sentir o ritmo dos poemas de Lorca, confesso).
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