Mas ali pela página 50 você já se acostuma com o estilão do sujeito, e então é só alegria. A primeira coisa a ser dita: a adaptação dos Coen foi uma das melhores adaptações que já vi. Quase ipsis litteris. E o legal é que nos momentos em que não segue exatamente as palavras do McCarthy, você consegue compreender a razão para isso (aquela velha história dos problemas da troca de mídia).
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Sentiram saudades? =D
Talvez seja o primeiro Oscar que eu não digo “Injustiça!!!” para alguma escolha (talvez até porque não cheguei a ver todos os filmes). Mas confesso que fiquei bastante contente com Onde os fracos não têm vez ganhando melhor filme e melhor direção. Eu não sei se estará na minha lista de favoritos, mas certamente está entre os melhores que vi este ano (tudo bem que o ano ainda está em fevereiro, mas bem, todos nós sabemos que os melhores filmes sempre saem nesta época, justamente por causa do Oscar. Então….). Continue lendo “Sentiram saudades? =D”
Juno
E não é doce no sentido grudendo e meloso. É doce porque não há qualquer grande drama na história, não há personagens maus e mesmo assim você segue do começo ao fim querendo saber o que acontecerá com Juno, a menina que dá o nome do filme.
Agora que o ano começou…
Elizabeth: A era de ouro é um filme razoável. Algumas imagens bonitas, figurino bacana e a Cate está mandando bem. Problemas? Primeiro: não consigo mais olhar para o Clive Owen sem imaginá-lo enfiando uma cenoura em alguém. Segundo: o final desanda. Terceiro: Por que quando um filme é de fato uma continuação as pessoas não deixam isso mais óbvio para pessoas meio lesadas como eu? Só fui sacar que era continuação do outro Elizabeth quando me dei conta que a Cate estava encarnando muitas Elizabeths para o meu gosto.
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Douglas Adams foi provavelmente o cara mais genial que já passou por nosso planetinha (e talvez pelo universo, visto que outras formas de vida podem não ter um senso de humor parecido com o nosso). Estou quase no fim de A Vida, o Universo e Tudo o Mais e não consigo deixar de rir só de lembrar de alguns momentos. Juro, esse ano eu uso a toalha!
Senhores do crime (Eastern Promises)
E tornando uma longa história curta, o fato é que tive mais uma ótima surpresa. Senhores do crime é um daqueles filmes que te fisgam desde o começo, apresentando personagens de uma maneira que parece óbvia para então nos lembrar da complexidade da personalidade de cada um. É aí que o filme ganha pontos extras: porque ao te fazer acreditar que você já sabe como determinada personagem se comportaria, vem um fato que derruba sua certeza e o obriga a refazer a imagem da personagem. E isso do começo até o fim.
Os Indomáveis (3:10 to Yuma)
Minha relação com filmes distos “western” é meio estranha. Por exemplo: em uma locadora, eu simplesmente passo reto pela prateleira do gênero. Reto mesmo. Em compensação, os poucos filmes do estilo que assisti, eu adorei. Como no caso de Os Indomáveis, o remake de Galante e Sanguinário (wtf, duas chances e eles conseguem fazer uma tradução horrível do título?!)
Por que Os Indomáveis é legal? Primeiro porque tecnicamente é um trabalho impecável. Segundo, porque vocês sabem, eu tenho cá minha queda por vilões e anti-heróis, e o filme apresenta um dos vilões mais legais que já vi: Ben Wade, muito bem interpretado por Russel Crowe.
Onde os fracos não têm vez
A partir daí, começa um dos melhores jogos de gato e rato que já vi no cinema. Quem vai atrás de Moss é Anton Chigurh, um psicopata que usa uma arma muito peculiar: um tubo de ar comprimido. O que faz a história ser tão interessante é que tanto Moss quanto Chigurh são bons no que fazem – e cada fechadura arrombada pelo tubo de ar comprimido é garantia de pelo menos alguns minutos de pura tensão.
Os filmes do Oscar 2008
Mas independente do stress, é bom assistir pelo menos os mais comentados, até para você não fazer feio no bolão. Como a divulgação dos nomeados só sai daqui 15 dias e você pode correr o risco de perder a oportunidade de assistir alguns favoritos no cinema, elaborei uma lista com os filmes mais comentados lá fora. Mas que fique claro, estou seguindo apenas os comentários dos sites relacionados com Oscar, ainda não vi a maior parte dos filmes e minha opinião pessoal sobre eles coloco a medida que eu for assistindo, certo? (Para sinopse do filme, clique nos títulos):
As Invasões Bárbaras
Vi As Invasões Bárbaras hoje de novo. O mais engraçado é que eu não lembro de ter chorado tanto na primeira vez que assisti, sério. São relações tão complicadas e ao mesmo tempo tão cheias de carinho, que é um pouco difícil não sentir uma ponta de inveja do Rèmy e querer ter amigos como os dele por perto.