Mesmo na época eu já via o ato de “fazer agenda” como uma espécie de registro do tempo que estava vivendo, para além das coisas que contava no diário – letras de música que ouvia, recortes de gibis que eu lia, propagandas legais de revistas, fotos de ídolos, bilhetes de amigos, convites para festas e, depois de uma certa idade, rótulos de bebidas, propagandas de shows e eventos, camisetinhas feitas com caixa de Marlboro. Reabri-las hoje em dia é como abrir uma cápsula do tempo, muita coisa do que tinha lá não existe mais (cinema por R$2,50, por exemplo). É um pouco codificada, um punhado de coisa sem o menor sentido para quem não viveu o momento, como por exemplo: Continue lendo “A arte perdida de fazer agenda”