Começo o número 3 do Cinema com mamadeira com uma resolução de ano novo: Ou melhor, algumas resoluções. A primeira é assistir pelo menos quatro filmes por mês em 2013 (sei que o ano não acabou, mas a tendência é que eu feche 2012 com a média de 2 por mês). A segunda é achar um nome novo para essa sessão, até porque Arthur já está quase largando a mamadeira. A terceira é conferir os Oscarizáveis ANTES do Oscar este ano, como eu gostava de fazer há uns anos. Acho que é isso. Sou péssima com resoluções, elas parecem funcionar ao contrário: eu listo as coisas e aí que eu não faço mesmo. Mas bem, fica pelo menos o registro da intenção. Mas vamos lá, para a última rodada do que eu tenho visto este ano.
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O Artista
E meu palpite estava certo, mas vamos por partes. Se a parte técnica não é uma novidade, o plot também não é: a ideia da transição do cinema mudo para o cinema falado já havia sido explorada por um grande clássico do cinema, o Dançando na chuva. Então você me pergunta: se o filme não tem realmente nada de novo, como pode ter agradado tanto? Bom, acho que porque as qualidades não são as supostas inovações, ao contrário do que se imagina. Os aspectos mais positivos de O Artista estão no fato de – assim como o cinema que está homenageando – saber mostrar que simplicidade nada tem a ver com má qualidade ou desleixo. É trazer novamente aquele gosto pelo cinema pelo que ele tem de melhor, a possibilidade de fazer com que acreditemos num mundo que não mais existe.