Ah, as personagens!

indiceFalando sério, acho que alguns livros não são legais necessariamente por causa do enredo, mas por causa das personagens. Aquela coisa, história não muito original, mas aí chega aquela figura que se destaca por dizer coisas que você adoraria ter dito, ou por agir de um jeito que às vezes só funciona na Literatura mesmo. Eu tenho certeza que você já passou por isso também – assim como sei que em algum momento na adolescência até uma paixão platônica deve ter aparecido (ou no mínimo o desejo de poder conhecer a personagem na vida real).

Foi pensando nisso que resolvi fazer esse meu top5, só com meus personagens favoritos de todos os tempos. Se eu lembrar, estenderei isso para o cinema também. E fique à vontade para postar sua lista aqui nos comentários, até porque aquela coisa, consequentemente acaba virando sugestão de leitura para todos, né?

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Como ser legal (Nick Hornby)

Acho que entrei em uma fase ruim no que diz respeito aos livros. Primeiro foi o Pride and Prejudice and Zombies do Seth Grahame-Smith. A decepção foi tamanha que não deu nem vontade de vir escrever sobre ele aqui no Hellfire, e por pelo menos umas quatro vezes pensei em largar sem terminar de ler. Pois é, se você quer dar umas boas risadas com algo que o Grahame-Smith escreveu, acho que o negócio é ficar com o How to Survive a Horror Movie, mesmo.

Eis que ontem (finalmente) acabo o How to be Good do Nick Hornby (lançado aqui no Brasil “Como ser Legal”). Quando incluo o finalmente é porque foi uma leitura arrastada, que durou mais de uma semana e sim, novamente aquela vontade incontrolável de largar o livro e ler outra coisa. Tá loco, nem parece o Nick Hornby.

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Frenesi Polissilábico (Nick Hornby)

Então que no mês passado chegou nas livrarias o Frenesi Polissilábico do Nick Hornby. Eu fiquei bem curiosa, primeiro porque é o Nick Hornby (sei que só li quatro livros dele, mas adorei os quatro). Segundo porque o Moacyr Scliar escreveu uma resenha bem legal lá na Veja. Terceiro, porque li um dos capítulos e vi que lá estava o Hornby do jeito que eu gosto: como que conversando com você, falando das obras que leu e o que pensa delas.

De primeira você pensa que será uma coletâneas de resenhas, o que em teoria é. “Frenesi Polissilábico” é a reunião das colaborações de Hornby para um jornal meio alternativo, chamado The Believer. A questão é que você mal começa a ler e já se dá conta que a idéia vai além, porque ao falar sobre livros, Hornby acaba fazendo um belo livro sobre o que é ser leitor. E é aí que ele nos fisga, porque em vários momentos você acaba se reconhecendo no que ele está falando (seja no “sofrimento” ao se obrigar a ler determinados livros até o fim, ou seja o prazer da descoberta de uma obra, por exemplo).

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Kirk O’Bane

Quem adolesceu no início dos anos 90 como eu, não tinha disponível ainda as maravilhas da Internet. Se você curtia o som de um cara, você comprava o cd, pedia para seu amigo gravar o cd para você ou ficava hooooooooras esperando sua música favorita tocar na rádio para gravar. Também não tínhamos acesso às notícias e demais informações como temos hoje em dia. Não que isso fizesse a nossa adolescência pior, só era diferente.

Um dos casos que melhor ilustram isso é o do sujeito que dá nome ao post. “Kirk O’Bane, Anica? Você pirou? Quem é ele?“. Digamos que trata-se de uma piada internet para quem já leu Um Grande Garoto, do Nick Hornby. Para quem não leu: estou falando do Kurt Cobain.

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E no mundinho da Literatura…

cell_us_cover.jpgQueria muito entender qual é o lance, o truque, o mojo, etc. do Stephen King. Há alguns dias comecei a ler Cell (Celular, lançado no fim do ano passado aqui no Brasil). Aquela coisa, alguém lá no Meia Palavra falou de zumbi e meu zumbidar começou a apitar e fiquei curiosa sobre o livro. Aquela coisa: um dia qualquer, chega em determinado horário e todos os que estavam falando no celular ficam maluquinhos, matando e devorando o que encontram pela frente.

Aí que quando comecei nem achei grandes coisas. O pior, estou na metade do livro e até agora ele não é grandes coisas. MAS EU NÃO CONSIGO PARAR DE LER. Qual é a desse cara, heim? Pacto com o demo, linguagem subliminar ou o quê? E sabe o que é mais engraçado? Enquanto você lê, não dá para deixar de pensar: ok, alguém fará um filme disso. Dito e feito.

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Uma Longa Queda

uma-longa-queda.JPGE eis que finalmente posso conferir o (já não tão) novo Hornby, Uma Longa Queda. Aliás, o período do ano não poderia ser mais apropriado: a história começa com o encontro de quatro estranhos no topo de um edifício de Londres, famoso por ser o local preferido dos suicidas, na véspera do Ano Novo. Martin, Maureen, JJ e Jess, que não têm nada em comum a não ser o fato de que, naquele dia tinham resolvido cometer o suicídio, mal percebem quando pouco a pouco cada um vai tomando um espaço em suas vidas.

O divertido da história é que ela é contada sob o ponto de vista dos quatro, em primeira pessoa. Assim, as características de cada um ficam claras no discurso, como por exemplo a Jess, que fala sem parar e utiliza um palavrão a cada quatro palavras, ou Maureen, que é toda recatada (na verdade um oposto perfeito da Jess). E como a história é contada por cada um deles, de certa forma você vai conhecendo as personagens junto com os demais.

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Who Loves the Sun?

Ando ouvindo muito Velvet, ao ponto de ficar pa pa pa pa, who loves the sun… por aí… Hmm. Essa música toca no Alta Fidelidade. Filme muito bom (tem o John Cusack ), mas o livro do Nick Hornby ainda é melhor. Nossa, como eu divago… então, para começar, lá vai a letra…

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