Coisas Frágeis Vol.1 (Neil Gaiman)

Eu não sei exatamente qual era a intenção da Conrad ao partir Fragile Things de Neil Gaiman em dois. A impressão que fica após a leitura do primeiro volume é que a seleção dos contos e poemas presentes na coletânea do escritor inglês funcionariam muito melhor se viessem como no original.  Isso porque o primeiro volume ficou só com os contos (e uma novela), e alguns deles já apareceram em outras coletâneas de Gaiman, e também porque não respeita a ordem de apresentação da publicação original.

E Gaiman é cuidadoso, e a verdade é que há um ritmo que é criado a partir da ordem dos textos. Os temas também não se repetem, e assim a leitura fica menos cansativa. Resumindo: ainda acho que Coisas Frágeis deveria vir em um volume só, mas isso não significa que não seja bom. Alguns dos melhores trabalhos de Gaiman estão ali. Continue lendo “Coisas Frágeis Vol.1 (Neil Gaiman)”

Smoke and Mirrors (Neil Gaiman)

Enquanto estava lá envolvida com minha monografia (que sim, envolve um trabalho do Neil Gaiman mas que não, não vou comentá-la antes de ela ter sido aprovada) me dei conta que M is for Magic não é uma boa antologia de contos do escritor. Não no sentido de ter contos ruins, quéisso, gente. Mas mais por não mostrar o verdadeiro Gaiman contista, já que ali o que temos são os trabalhos mais leves, voltados especialmente para o público infanto-juvenil. Foi por isso que decidi comprar Smoke and Mirrors para relaxar um pouco das leituras monográficas (há!).

Publicado pela primeira vez em 1998 (por coincidência, o ano que li Sandman pela primeira vez), conta lá com 30 textos de Gaiman, isso sem contar a Introdução que tem um conto no meio também. Aqui não tem a história de contos escolhidos para crianças, são os contos dele e é isso aí. E por causa do número grande de textos que eu indicaria para alguém que quer conhecê-lo além das HQs e dos romances (mas vale lembrar que alguns dos meus favoritos estão lá no M is for Magic também, incluindo Chivalry, The Price e October in the Chair).

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Livros grátis (e porque isso pode ser um bom negócio)

E percebia o interesse das pessoas por Literatura quando observava que ao falar de novas tecnologias e os livros, invariavelmente as notícias eram sobre leitores no estilo do Kindle. É muito raro sair alguma nota falando sobre algum escritor pop star puto da vida processando um moleque por disponibilizar o download de seu livro na internet (como aconteceu com o Guns, só para não cair na mesmice de falar da briga do Metallica com o Napster) ou artigos comentando a crise no mercado editorial1 por conta de downloads ilegais de obras.

Aí comecei a observar algo que acontece com bastante frequência lá no Meia Palavra. Uma pessoa comenta sobre um livro que acabou de ler, e outras tantas vão procurar – seja comprando o livro, seja baixando da internet. Ok, a editora não vai ganhar o dinheiro no segundo caso, mas temos aí mais um grupo de pessoas que sugerirão o título para um outro grupo, que sugerirá para outro… e assim vai. Resumindo: as pessoas lerão.

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  1. verdade seja dita, aqui no Brasil o tal do mercado editorial aparentemente tá sempre em crise, já que sempre falam que brasileiro não lê, né. 

Dicas literárias

  • O segundo livro da série que inspirou True Blood chega dia 24 desse mês com o título Vampiros em Dallas. Lembrando que o primeiro saiu por outra editora (Ediouro) com o título Morto até o Anoitecer.
  • Knolex ganhou a benção do Mr. Gaiman para traduzir o ótimo conto Como falar com garotas em festas. A tradução está disponível lá no Vida Ordinária.
  • O Meia Palavra junto com a Editora Agir e a Editora Frog lançou a promoção Cristal na Veia. Veja aqui como participar.
  • Tá todo mundo comentando, mas acho que vale divulgar: Submarino anda com umas promoções beeeem interessantes. Livros de fantasia a partir de R$9,90, o que inclui as novas edições da Martins Fontes de O Hobbit e O Silmarillion e as antigas de O Senhor dos Anéis por R$12,90. Comprando todos você gasta R$59,90. Eta jeito bom de engordar a biblioteca!

The Graveyard Book (Neil Gaiman)

Em agosto do ano passado comentei sobre a coletânea de contos M is for Magic do Neil Gaiman, alegando que ao contrário de Coraline, o livro agradaria tanto crianças quanto adultos (apesar de ser infanto-juvenil). O mesmo acontece com The Graveyard Book, uma das obras mais recentes do autor. Muito embora o próprio Gaiman se refira à história como “livro para criança”, o tom sombrio da história acaba de certa forma equilibrando as coisas, tornando The Graveyard Book agradável também para os mais “crescidinhos”.

Um dos capítulos do Graveyard Book (The Witch’s Headstone) foi publicado no M is for Magic em 2006, quando Gaiman ainda estava escrevendo o livro. Na hora não chamou minha atenção, na verdade um dos meus favoritos foi October in the Chair, que segundo Gaiman foi escrito como um exercício para o Graveyard. Mas agora lendo desde o princípio a história de Nobody Owens, um menino que foi adotado por fantasmas e criado em um cemitério, a história ficou muito mais interessante.

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Coraline 3D (o filme)

Vocês não têm noção de quanto tempo eu não vou ao cinema (acho que a última vez foi para assistir Superman). Mas é aquela coisa, com internet e home theater em casa, o filme tem que ter alguma característica absolutamente excepcional para fazer com que eu vá pagar ingresso de um valor absurdo para ainda ter que tolerar uma sessão cheia de gente mal educada que esquece de desligar celular ou acha que o melhor lugar para tirar fotos é uma sala de cinema. Poisé. Mas a animação Coraline, baseada no romance de Neil Gaiman, tinha a tal da característica: é em 3D.

E lá fui eu pagar ingresso caro (16 reais, gente. Numa quinta-feira a tarde isso é ridículo), já que 3D infelizmente não é possível ver em casa. Dei sorte, minha sessão estava bem vazia, com um punhado de crianças até bem educadas e caladas. Óculos em mãos (uou, não são mais aqueles tosquinhos de papel, heim), passam uns trailers de outras animações 3D por vir e eis que começa o filme…

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The Day the Saucers Came

É o nome de um poema do Neil Gaiman, que só para variar, é muito fofo e bacaninha. Eu não sei se já tem traduzido aqui no Brasil, mas para os que sacam inglês, segue aí o texto para que vocês conheçam (se não saca inglês, vá direto para o final do post):

The Day the Saucers Came

That day, the saucers landed. Hundreds of them, golden,
Silent, coming down from the sky like great snowflakes,
And the people of Earth stood and stared as they descended,
Waiting, dry-mouthed to find what waited inside for us
And none of us knowing if we would be here tomorrow
But you didn’t notice it because Continue lendo “The Day the Saucers Came”

Trailer novo de Coraline

Baseado no livro do Neil Gaiman, do qual já falei aqui no Hellfire. Sim, ano que vem sai animação dirigida pelo mesmo cara de O Estranho Mundo de Jack e uou, 3D. Apesar de ter achado o livro so-so, acredito que o filme pode ser bem divertido. E ó, parece que o pessoal da tradução já deu de presente para os brasileiros um título bem supimpa: “Coraline e o Mundo Secreto“. Hum. Consigo até ouvir aqui o narrador da chamada para a Sessão da Tarde “Essa menina do barulho vai viver mil aventuras muito loucas que até deus duvida“. Enfim, o trailer:

Se quiser, tem em qualidade melhor aqui.

Sandman sai pela Pixel em outubro!

Estava dando uma fuçada básica na Saraiva virtual quando encontrei entre os títulos do Neil Gaiman isso aqui:

Oié, beibi! A partir de 1º de outubro começa! Agora é esperar o lançamento para dar uma conferida na qualidade do produto. So far, só sei sobre a colorização nova.

ATUALIZANDO (isso que dá noticiar o treco antes da própria editora hehe): Informações sobre o Sandman no blog da Pixel.

O óbvio em três partes

E eis que acabam as olimpíadas de 2008. Provavelmente a que menos acompanhei. Até porque convenhamos, essa coisa de ficar acordado de madrugada para ver gente praticando esporte cansa só de pensar. De qualquer modo, com o final da competição chegamos ao primeiro óbvio do dia: a participação maizomeno do Brasil. Mas sobre os esportes no Brasil eu não vou falar muito mais, não. Já falei qualquer coisa no Pan do ano passado. Deixo vocês então com uma galeria de imagens bastante interessante. Eu ainda estou tentando entender a foto do cara no barco com a bunda para fora, juro.

Outro óbvio: ontem assisti o tal do Procurado. O plot é algo mais ou menos como “nerdinho de mal com a vida descobre que o pai é um super assassino fodão e que herdou ‘poderes’ dele”. Com algo assim, é óbvio que o filme é um exagero de perseguições, explosões e balas que fazem curva. E olha, seria muito, muito legal, se tivesse senso de humor (como no caso do Mandando Bala).

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