George, Eric, Patti e eu.

Mais ou menos assim: você percebe que George era seu Beatle favorito, quando em uma aula com um exercício de listening contando brevemente a história envolvendo a composição de Something, Layla e Wonderful Tonight, você não só conhece a história toda como ainda faz um diagrama no quadro, toda empolgada, para explicar o que rolou.

Se você não conhece a história: George casa com Patti. George está apaixonado e compõe Something. George passa a não dar muita bola para Patti. Patti usa o amigão do George, Eric Clapton, para fazer ciúmes para o marido. Eric se apaixona por Patti. Patti não tem certeza se rola largar o bítou. Eric compõe Layla, música meio ‘piada interna’, que só a Patti sacou na época. Patti larga George e casa com Eric. Eric compõe Wonderful Tonight, porque fica todo orgulhoso da pequena que está pegando. Anos depois, Eric e Patti se divorciam. Pans.

Moral da história versão aula: Nada como o amor para inspirar grandes canções.

The Dead Billies

Não sei se vocês conhecem a história da Cassandra da mitologia grega, que depois de regular para o Apolo teve que carregar uma maldição, no caso, de que ninguém acreditaria em suas profecias. Pois bem, eu não regulei para deus nenhum mas o fato é que também tenho cá minha maldição: eu tenho um baita bom gosto (há,há) mas nada do que eu gosto dura muito tempo. Vide o caso do Confetti Menta, Zambinos, Morphine e bem, levando em consideração o título desse post, The Dead Billies.

A história começa assim: era 1996, 1997 e eu gostava de assistir ao Gás Total da MTV e gravar clipes. Um dia passou um que achei muito legal, o Invasion of the Body Snatchers. Era zoadão e a música era muito legal, então tratei logo de gravá-lo (e obviamente assisti algumas váááárias vezes depois). Enfim, o clip me levou para as outras músicas dos caras e eu adorei. Então, cumprindo a maldição, a banda acabou.

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A vida e a morte de Peter Sellers

Em outubro de 2005 eu assisti ao filme Muito Além do Jardim, que passou a fazer parte dos meus favoritos pela leveza com a qual contava a história do jardineiro Chance (interpretado maravilhosamente bem por Peter Sellers). O filme de certa forma serviu de empurrãozinho para eu alugar A vida e a morte de Peter Sellers, cinebiografia do ator, que não chega a ser um dos melhores filmes de todos os tempos mas vale a pena conferir – especialmente se você conhece os papéis interpretados por ele.

Está tudo lá: A pantera cor-de-rosa, Dr. Strangelove, Casino Royale… e claro, Muito Além do Jardim. O bacana é que ao concluírem a história mostrando o trabalho de Sellers como Chance, o roteiro relaciona personagem com autor a fim de justificar a vida que Sellers levou (o que não foi bolinho: aparentemente era perfeccionista ao extremo, o que rendeu bastante dificuldade).

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Kirk O’Bane

Quem adolesceu no início dos anos 90 como eu, não tinha disponível ainda as maravilhas da Internet. Se você curtia o som de um cara, você comprava o cd, pedia para seu amigo gravar o cd para você ou ficava hooooooooras esperando sua música favorita tocar na rádio para gravar. Também não tínhamos acesso às notícias e demais informações como temos hoje em dia. Não que isso fizesse a nossa adolescência pior, só era diferente.

Um dos casos que melhor ilustram isso é o do sujeito que dá nome ao post. “Kirk O’Bane, Anica? Você pirou? Quem é ele?“. Digamos que trata-se de uma piada internet para quem já leu Um Grande Garoto, do Nick Hornby. Para quem não leu: estou falando do Kurt Cobain.

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A ex do rockstar

Ontem estava em uma onda nostálgica e fiquei assistindo clipes dos Guns n’ Roses, mais precisamente os da fase Use Your Illusion (que foi quando eles começaram a torrar os tubos para fazer videos, hehe). Aí em November Rain e Don’t Cry lá estava Stephanie Seymour, mulher que tanto invejei por ser namoradinha do Axl e blablabla (ainda bem que a gente cresce, é o que eu sempre digo). Só que o namoro acabou e já em Since I Don’t Have You (do álbum The Spaghetti Incident) o Axl aparecia abraçadão com uma loira e Stephanie já estava no limbo das ex dos rockstar.

Mas não, não vou falar sobre a efemeridade dos relacionamentos dos famosos. Na realidade, estava aqui pensando nas frescurites que nós, pessoas simplórias que nunca cantamos para um público gigante (nem atiramos cadeiras de quartos de hotel), temos de vez em quando com esse caquinho de vidro no vão do dedo chamado fim de relacionamento (dos amigos).

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She Wants Revenge

Não adianta, no final das contas, pouco há de novo no mundinho do rock desde 2000. Artistas novos? Sim. Bons? Sim. Mas todos são variação do mesmo tema, no final das contas. Paródias, homenagens, influências. Seja lá qual for o termo aplicado, o fato é que nenhuma grande onda chegou por essas bandas como foi com o Red Hot, ou o grunge do início de 90.

Vê lá os Strokes, que se lançaram não só com o som mas também com o visual do pessoal das antigas. Seguindo a linha (já que fez sucesso) outras tantas bandas. Uma que conheci recentemente foi She Wants Revenge. E fazer o quê? Não é original mas é legal.

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E seguindo a trilha de Radiohead…

Eis que o nine inch nails lança um novo álbum e coloca (algumas) músicas disponíveis para download gratuiro no site da banda. Trent Reznor não foi tão radical quanto o Radiohead, mas o projeto em si é grandioso. Ghosts I-IV apresenta 36 faixas instrumentais, todas gravadas durante dez semanas no último outono.

A sensação que dá é que o nin é mais um daqueles casos nos quais o artista se dá conta da existência da internet (muitos da indústria fonográfica AINDA preferem ignorar) e tenta a adaptação através de duas opções (o download gratuito de nove faixas ou o download do álbum completo por cinco dólares).

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Superstar (Sonic Youth)

Acho que tenho um sério problema com as músicas. Tirando raras exceções, nada do que eu gosto é de fato novo. Veja por exemplo a canção que não sai da minha cabeça (nem com quiboa!), Superstar do Sonic Youth. Para começar, é cover que apareceu em um álbum tributo em 1994, de uma música gravada em 1971 pelos Carpenters.

E na realidade, a música nem é dos Carpenters mesmo, eles adicionaram verso e blablabla, mas ela é de 1969 e reza a lenda que a canção pertence aos Bramlett e amigos (incluindo aí entre os amigos o sr. Eric Clapton) e o título inicial era “Groupie Song” (o que faz muuuuuito sentido, se você reparar na letra).

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Músicas com chuva

Eu não sei se já deixei isto claro aqui no Hellfire, mas simplesmente adoro chuva. Com o calor que tem feito nos últimos dias, amo ainda mais. Fico aqui lembrando dos versos do Velvet “Who loves the sun?/not everyone“… e já que falei de música, ei, vamos para um novo top5? :mrpurple:

A idéia é essa aí: música com chuva. Músicas que tenham chuva na letra. Eu já esbocei esse top5 em algum lugar/algum momento, mas agora com a tecnologia, posso oferecer para você, dona de casa, um top 5 cheio de videos do youtube (é só clicar nos links). Viva!

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Juno

Um dos principais filmes com mais de uma indicação para o Oscar é Juno, que chegará nos cinemas brasileiros semana que vem. Apontado como o Pequena Miss Sunshine deste ano, eu acho que a comparação entre um e outro acaba na questão de ser um filme independente. Não que Pequena Miss Sunshine seja ruim, é até bem bacaninha. Mas você vai demorar para ver no cinema história mais doce do que a de Juno.

E não é doce no sentido grudendo e meloso. É doce porque não há qualquer grande drama na história, não há personagens maus e mesmo assim você segue do começo ao fim querendo saber o que acontecerá com Juno, a menina que dá o nome do filme.

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