Vocês sabem, depois de Ubik virei fã desse autor. O modo como ele manipula a linha narrativa é único, e talvez ele seja um dos escritores que melhor lida com a questão da personalidade, não só do que pensamos que somos, mas também do que somos. E lá vem Sheep com esse elemento, então ler o livro sem lembrar da discussão nérdica “Será que o Deckard é ou não um andróide” foi simplesmente impossível para mim. Mas calma, calma, vamos por partes.
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O Beijo das Sombras (Richelle Mead)
A sinopse diz:
Lissa é a princesa de um clã muito importante. Sua melhor amiga Rose é meio vampira, meio humana, e tem como missão se tornar guardiã da amiga. Há dois anos elas estão fugindo, mas agora foram capturadas e estão sendo levadas à força para a escola de vampiros São Vladimir — justamente o lugar onde elas mais estão em perigo.
World War Z (Max Brooks)
Porque World War Z é daqueles livros que te conquistam já nas primeiras páginas, e aí você quer conversar sobre ele, é claro. Só que aí você sugere a história para alguém não muito iniciado ao “mondo zombie” e então a pessoa faz a maior cara de que você não pode estar falando sério. E bem, eu estou. É um dos melhores livros que li, de todos os tempos. Daqueles que você desejaria ter escrito, entende? Daqueles que fazem a diferença no seu dia, não são só uma história legal (embora ei, eu não tenho nada contra histórias legais, muito pelo contrário).
E dá-lhe vampiros
Agora que já ficou beeeem óbvio que vampiros atraem público (Crepúsculo e True Blood não me deixam mentir), é natural pipocarem por aí livros, filmes e séries sobre o assunto. Por exemplo, acabei de ficar sabendo que uma das novas séries para esse ano será The Vampire Diaries. Baseado nos livros de L.J. Smith, conta a história de uma menina chamada Elena, dividida entre dois vampiros (um bonzinho e outro malvadão). Hum. Citando o vampiro Edward, “Well, I decided as long as I was going to hell, I might as well do it thoroughly.” Acho que vou assistir, hehe. Vai aí um sneak peek da série:
Non si deve profanare il sonno dei morti
Para situá-lo, vamos ao enredo: duas pessoas estão viajando no interior da Inglaterra, quando chegam em uma pequena cidadezinha que está servindo como campo de teste de um pesticida radioativo. O tal do pesticida não só deixa todos os bebês da região mais agressivos, como também faz com que os mortos voltem à vida e bem, essas duas pessoas têm o azar de estar no lugar errado na hora errada e são acusados dos crimes cometidos pelos zumbis.
How to Survive a Horror Movie
Aviso desde o princípio que não adianta, esse livro é para os fãs dos filmes de terror. Ou pelo menos para quem já assistiu meia dúzia de clássicos do gênero, como as séries A Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13 e Poltergeist, ou outros títulos famosos como O Iluminado e O Sexto Sentido. Caso contrário, passe longe porque o livro soará tipo piada interna, da qual você é a parte que está por fora e não entenderá absolutamente nada.
Recado dado, vamos comentar sobre o livro então. Escrito por Seth Grahame-Smith, trata-se de um guia de sobrevivência para aqueles que de algum modo foram parar no que o autor chama de Terrorverse. O humor do livro é construído a partir de clichês dos filmes de terror, mais ou menos como aqueles que listei aqui no ano passado e lógico, nas ótimas tiradas do Grahame-Smith quando mistura horror com o mundo real.
The Graveyard Book (Neil Gaiman)
Um dos capítulos do Graveyard Book (The Witch’s Headstone) foi publicado no M is for Magic em 2006, quando Gaiman ainda estava escrevendo o livro. Na hora não chamou minha atenção, na verdade um dos meus favoritos foi October in the Chair, que segundo Gaiman foi escrito como um exercício para o Graveyard. Mas agora lendo desde o princípio a história de Nobody Owens, um menino que foi adotado por fantasmas e criado em um cemitério, a história ficou muito mais interessante.
Frenesi Polissilábico (Nick Hornby)
De primeira você pensa que será uma coletâneas de resenhas, o que em teoria é. “Frenesi Polissilábico” é a reunião das colaborações de Hornby para um jornal meio alternativo, chamado The Believer. A questão é que você mal começa a ler e já se dá conta que a idéia vai além, porque ao falar sobre livros, Hornby acaba fazendo um belo livro sobre o que é ser leitor. E é aí que ele nos fisga, porque em vários momentos você acaba se reconhecendo no que ele está falando (seja no “sofrimento” ao se obrigar a ler determinados livros até o fim, ou seja o prazer da descoberta de uma obra, por exemplo).
Catatau (Paulo Leminski)
Catatau é isso, uma experiência. Um “romance ideia”. É uma leitura diferente, com uma intenção diferente partindo do autor. Nas palavras do próprio Leminski: “O Catatau é o fracasso da lógica cartesiana branca no calor, o fracasso do leitor em entendê-lo, emblema do fracasso do projeto batavo, branco, no trópico.”1
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LEMINSKI, Paulo. Catatau Curitiba: Travessa dos Editores, 2004. p.271 ↩
A Menina que Brincava com Fogo (Stieg Larsson)
Vamos por partes: o fato é que para quem se apaixonou pela heroína Lisbeth Salander, talvez o livro sem MUITO bom. Sabe como é, às vezes nos encantamos por personagens e quanto mais podemos saber sobre eles, melhor. E aqui todos os detalhes sobre o passado de Salander ficam abertos ao leitor. E talvez aí que esteja um dos pecados do livro, na minha opinião. O que faz (ou fazia) de Salander uma personagem legal não era a quantidade absurda de tatuagens ou o fato de ela ser uma hacker ou algo que o valha. Era o mistério. E sem mistério, ela fica bem sem graça.
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