As expressões idiomáticas talvez sejam o ponto mais difícil de dominar para aqueles que estão aprendendo uma segunda língua, até por causa do perigo de uma tradução literal que pode não fazer sentido algum no contexto. A pessoa que pretende conhecê-las precisa se aprofundar também na cultura da língua falada, para ficar familiarizado com essas frases.
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Tequila Vermelha (Rick Riordan)
Lembra dos filmes de antigamente da Sessão da Tarde? Aquela dose certa entre o divertido e a ação, sem necessariamente ser idiota? Tequila Vermelha segue esse caminho. O ritmo da narrativa é ágil, e a história se divide em capítulos curtos que vão sendo devorados sem que o leitor sequer perceba que o tempo está passando, tamanha a diversão que o livro oferece.
There Once Lived a Woman who Tried to Kill Her Neighbor’s Baby
Por contos de fadas é importante ressaltar que esse não é um livro indicado para o público infantil. O tom predominante das histórias é o horror, mostrando como a história de um país acaba se refletindo na obra de um escritor, aqui Petrushevskaya (nascida em 1938) traz consigo a herança do pós-guerra (extremamente forte na cultura russa), com todo o pessimismo e melancolia desses tempos. Pense nos contos de “There once lived a woman…” como se Crime e Castigo virasse contos de fadas, e então você terá uma boa ideia de como se apresentarão enredo e personagens ao longo das histórias.
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Oscar Wilde (Daniel Salvatore Schiffer)
Antes da “era paparazzi” isso acontecia com poucos artistas: ter a vida pessoal tão esmiuçada pelo público, ser de fato artista e celebridade. Wilde criou uma personagem que serviria como uma máscara protetora para quando passou a frequentar a sociedade inglesa, que tão ferinamente criticava em suas peças e em seu único romance, O Retrato de Dorian Gray. É justamente por ter a difícil tarefa de separar o homem da personagem que Schiffer merece destaque entre os biógrafos de Wilde.
Mortalha para uma enfermeira (P.D. James)
Para quem ainda não conhece a obra de P.D. James, uma boa porta de entrada é Mortalha para uma enfermeira (publicado originalmente em 1971 e ganhando tradução agora pela Companhia das Letras). Nesta história Adam Dalgliesh vai até um casarão vitoriano que funciona como escola de enfermagem e hospital para investigar a morte de duas enfermeiras, descobrindo aos poucos os segredos sobre as vidas das pessoas que trabalham e vivem na dita mansão Nightingale.
O Iluminado (Stephen King)
A questão é que King vai montando aos poucos uma bomba relógio. O que acontecerá no Overlook durante o frio não é mistério para o leitor, que a todo momento recebe elementos de uma tragédia que está por vir: o homem contratado para o mesmo serviço de Jack em um inverno anterior matou mulher e filhos. Jack tem problemas com a bebida, e mais do que isso, simplesmente surta do nada – incluindo no histórico o fato de ter quebrado o braço do filho uma vez. E somando a tudo isso, temos Danny, o “iluminado”, que consegue ler mentes, ver fantasmas e prever o futuro.
Mundo das Sombras: Vampiro Secreto (L.J. Smith)
Aqui somos apresentados à Poppy, uma garota comum que descobre estar com um câncer em fase terminal. Restando poucos dias de vida, ela acaba tendo que decidir se deixa seu melhor amigo James a transformar em uma vampira, ou se aceita a morte. Obviamente, ela fica com a primeira opção. Mesmo assim, não deixa de ser curioso que Smith tenha escolhido um tema tão pesado (câncer e morte) para um livro infanto-juvenil.
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O livro dos livros perdidos (Stuart Kelly)
O livro é montado em ordem cronológica, começando com os clássicos gregos e chegando até os dias atuais. Cada capítulo é dedicado para um autor, e em tom anedótico Stuart Kelly mescla um pouco da biografia com o que supostamente aconteceu para que não pudéssemos ter uma determinada obra em mãos: fogo, regime político, maluquice de escritor. Tudo é um motivo para que toda uma história seja simplesmente apagada.
Coração Satânico (William Hjortsberg)
Mas vencidos os obstáculos, a verdade é que trata-se de um dos melhores romances policiais que já tive em mãos e que sim, vale a pena ler mesmo já sabendo do plot twist que temos na história. E se você é fã de histórias noir, então tem realmente que ir atrás de uma edição de Coração Satânico, nem que seja a versão original em inglês (chamada Falling Angel).
Cabelo Doido (Neil Gaiman & Dave McKean)
Sendo um picture book (lembra do seu bom e velha O Pote de Melado? Eles são assim: com frases curtas narrando uma história em ilustrações) é evidente que a arte de McKean acaba tendo um destaque maior. E não pense que por ser voltado para crianças que ele muda seu já famoso estilo, envolvendo colagens de uma forma distorcida e exagerada, lembrando um pouco sonhos (ou pesadelos). Mas mesmo assim o efeito combinado com o texto acaba sendo de um conto que pode ser lido sem maiores problemas pelos mais novos.