Mesmo na época eu já via o ato de “fazer agenda” como uma espécie de registro do tempo que estava vivendo, para além das coisas que contava no diário – letras de música que ouvia, recortes de gibis que eu lia, propagandas legais de revistas, fotos de ídolos, bilhetes de amigos, convites para festas e, depois de uma certa idade, rótulos de bebidas, propagandas de shows e eventos, camisetinhas feitas com caixa de Marlboro. Reabri-las hoje em dia é como abrir uma cápsula do tempo, muita coisa do que tinha lá não existe mais (cinema por R$2,50, por exemplo). É um pouco codificada, um punhado de coisa sem o menor sentido para quem não viveu o momento, como por exemplo: Continue lendo “A arte perdida de fazer agenda”
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Dr. Horrible’s Sing-Along Blog
Quem assiste séries de tv deve lembrar ainda da greve dos roteiristas, que começou em novembro de 2007 e seguiu até fevereiro de 2008. A coisa foi séria, ao ponto de arruinar completamente séries que tinham algum potencial (como Heroes) e mexer com o calendário de premiações. A lembrança pode não ser boa, mas foi por causa dessa greve que Joss Whedon teve a oportunidade de criar a ótima web série Dr. Horrible’s Sing-Along Blog. Nas palavras do próprio Whedon: “Once upon a time, all the writers in the forest got very mad with the Forest Kings and declared a work-stoppage. The forest creatures were all sad; the mushrooms did not dance, the elderberries gave no juice for the festival wines, and the Teamsters were kinda pissed. (They were very polite about it, though.) During this work-stoppage, many writers tried to form partnerships for outside funding to create new work that circumvented the Forest King system.” Ou seja: Dr. Horrible foi um jeito de não fazer parte do sistema dos grandes canais, provar que era possível fazer algo novo, diferente.
O musical tragicômico cujo protagonista é um vilão no melhor esteriótipo das histórias em quadrinhos foi dividida em três atos, cada um com pouco mais de quinze minutos. Cada ato foi ao ar em um dia diferente naquele ano, sendo disponibilizado para todos de graça (pelo que eu entendi, ficaram no ar até o dia 20 de julho daquele ano, quando então foram retirados do site). É um modelo que hoje em dia pode já até não ser mais novidade, mas naquele momento era bastante original e chamou atenção (valendo até premiações, vale ressaltar).
Amazon chegou no Brasil!
1. Já que aqui em casa nossos kindles estragaram 5 (sim, cinco) vezes, combinamos quando chegou na 5ª vez que só pegaríamos outro quando a Amazon já estivesse por aqui. Vejam bem, a política da Amazon.com sobre isso sempre foi superior a de qualquer loja brasileira. A primeira vez que o kindle do Fábio congelou, ele já não estava mais na garantia e mesmo assim a Amazon mandou um novo para ele. Problema é: sempre que a Amazon reenviava um novo, tínhamos que pagar o imposto. E como vocês bem sabem, o imposto é uma facada. Por isso concluímos que seria melhor esperar, até porque de repente com a Amazon chegando por aqui eles podem começar a oferecer um tipo de suporte técnico que não podiam a longa distância.
2. A Amazon é famosa lá fora por oferecer preços bem baixos, o que significaria a oportunidade de vermos por aqui preços de e-books um pouco mais baixos do que os praticados atualmente (que tem quase o mesmo valor dos livros de papel, o que acho meio absurdo).
3. Algumas vezes aconteceu de eu querer um livro *por causa* da tradução, e não tinha ainda a opção de tê-los em um formato que eu pudesse ler no kindle. Um exemplo é o Ulysses com a tradução do Caetano, que cheguei a comprar a edição impressa, mas continuo me enrolando para ler porque o fato de ele ser um tremendo catatau meio que diminui as opções de lugares ou situações em que eu posso ler o livro. Agora tá lá, na Amazon, bonitinho, o Ulysses.
Por uns bytes de memória
O Kabral postou no twitter hoje cedo, achei tão legal que quis deixar aqui no Hellfire para não esquecer. Muito bacana. Nostálgicos dos tempos da internet pré-ano 2000, duvido que leiam e não se emocionem!
A neura das redes sociais
O que me leva a pensar por que diabos tanta gente apaga a conta no Orkut. Não entendo mesmo. Não é como se você simplesmente não tivesse a opção de deixar de logar lá quando cansasse da brincadeira, certo? Na pior das hipóteses, você recebe aviso quando tem mensagem nova, dá para ir lá e responder/apagar/whatever quando achar necessário. Eu sei lá. É pessoal, mas eu sinceramente não teria saco de ir atrás de todas as pessoas que adicionei, ou todas as comunidades que adicionei se por acaso me arrependesse de ter cometido o tal do orkuticídio. Pira minha.
8 anos de Hellfire Club
Oito anos… confesso que nos últimos meses cogitei algumas vezes parar de atualizar aqui. Alguns fatores contribuiram para isso. O primeiro foi aquele apagão, o monte de post perdido que eu ainda tenho que recadastrar no blog (e alguns foram perdidos mesmo, tipo o que eu falava da quarta temporada de Supernatural). Aí, eu que em passos de tartaruga estava trazendo meus posts do Blig para cá, descobri que não consigo mais acessar minha conta no blig e que alguns posts do mês que faltou migrar ficarão incompletos. Essa sensação de ter perdido pedacinhos do Hellfire me deixou meio chateada, confesso.
E somando a isso tem o fato de que realmente tenho concentrado quase todo meu tempo ao Meia Palavra, que está indo super bem, mas que por conta das parcerias está tomando um tempo bem grande da minha vidinha para deixar as leituras em dia (esta semana tive que fazer mágica com Orgulho e Preconceito, por exemplo). Antes que soe errado, não estou me queixando. Sempre disse que seria a pessoa mais feliz do mundo no dia que eu ganhasse livros para resenhar, e é o que está acontecendo. Mas é só explicando porque agora no Hellfire tem muito mais post sobre livros do que sobre filmes e séries, por exemplo.
De qualquer forma, a intenção é continuar, nem que o ritmo de atualização diminua. Então é isso aí, oito anos. E obrigada aos que continuam passando por aqui e de certa maneira acabam me incentivando a continuar.
Daquela história que já contei mil vezes
Ontem chegou aqui em casa o quarto volume do Ficção de Polpa (o tema da vez é “Crimes”). Eu já sabia que tinha citação do Meia Palavra porque a Izze e o Pips tinham comentado, e aí fui correndo procurar. E lá no finalzinho estava:
E deu uma sensação tão boa ler isso! É como se ficasse o registro de que as coisas estão realmente acontecendo, que o blog do Meia Palavra está de fato crescendo. É a mesma coisa quando vemos os links lá no Blog da Companhia, ou quando fechamos uma parceria nova com alguma editora, por exemplo. É um retorno, uma pista de que estamos seguindo pelo caminho certo.
Catfish
Então vamos ao Catfish. A história começa com uns caras fazendo um documentário sobre Nev, que tem uma amizade com uma garotinha (Abby) que faz quadros a partir de fotos que ele tira por aí. O registro que se faz é de Nev recebendo quadros da menina, cartas, presentes e afins, e conhecendo membros da família de Abby, como a mãe e a irmã mais velha. Se você foi teimoso e continuou lendo aqui mesmo sem ter assistido ao filme, essa é sua segunda chance de parar, heim.
Kindle: Compartilhando trechos grifados
A questão é que o Kindle permite mais do que isso. Comprando a ideia das mídias sociais, o e-reader também oferece uma opção muito bacana, a de compartilhar esses trechos grifados no Twitter e no Facebook. Se for livro comprado na Amazon, chega inclusive a aparecer uma imagem da capa do livro que você está citando para ilustrar o trecho, como você pode ver aqui.
The Guritles
Eu já disse mais de uma vez aqui que quando o assunto é video na internet, eu sou tipo marido traído, sempre a última a ficar sabendo. Então quando posto algo assim no Hellfire nem é com pretensões de divulgar para outras pessoas (que certamente já assistiram), mas mais para manter registro mesmo, há. Hoje cedo vi The Guritles e achei muito batuta e resolvi colocar aqui. Queria um desses versão curitibana, tipo The piátles, hehehe
Direção de Marcelo Monegal e Lucio Dorfman, da DM Arts Produtora.