Thomas Lang (protagonista e narrador do primeiro romance do britânico Hugh Laurie) entrega logo de cara o que O vendedor de armas tem a oferecer: um punhado de ação, recheado de comentários ácidos sobre as pessoas e sobre si mesmo. Contratado para assassinar um homem, ele recusa a proposta e segue avisar essa pessoa que sua cabeça está a prêmio: é aí que começa a se envolver em um caso que tem até a CIA e o Ministério da Defesa britânico, para se ter uma ideia. O livro parece prometer muito, mas logo nos primeiros capítulos já começa a decepcionar.
O maior problema talvez seja abuso do uso do recurso de reviravolta. São tantas aos longos das páginas que chega uma hora que você até se perde – não consegue confiar em nada nem ninguém e meio que continua lendo só para saber no que vai dar. Até porque o excesso de reviravolta acaba já preparando o leitor, que lá pela metade do livro já sabe que “lá vem mais uma” – mas ao contrário dos bons livros que dão vontade de continuar lendo, até pela curiosidade, as ditas “reviravoltas” são tão simplórias que não atraem.
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