Ok, confesso: desta vez eu me enrolei mais na leitura e até coloquei em risco minha meta de terminar a série Harry Potter antes de chegar aos 30 anos. Mas foi um pouco pelo fato de eu estar lendo depois que todo mundo já leu: não só os spoilers estragaram um pouco a leitura, como também uma vez que quase todo leitor da série ama dei paixão o terceiro livro, minhas expectativas estavam lá no alto. E o começo do livro não foi assim essas maravilhas, então fui deixando para trás entre outras coisas que lia no momento.
O negócio de o começo não ser “essas maravilhas” é porque achei meio enrolado. Se no primeiro e no segundo livro tínhamos aquela sensação quase de jogo de video game, passando de fases (ou seja, de aventura para aventura), aqui tudo é mais parado porque o grande risco que Harry enfrenta inicialmente são os dementadores (lembrando que estou lendo a edição inglesa então não faço ideia se traduzi certo os nomes).
Sigo firme com minha meta de ler toda a série do Harry Potter antes de chegar aos 30. Agora são mais 5 livros para ler em 3 meses, o que até daria conta com tranquilidade se as histórias não fossem aumentando exponencialmente, né? Aliás, já notaram como isso costuma acontecer com coleções de sucesso? Eu até consigo imaginar a conversa na editora, a escritora manda a primeira versão lá com suas 200 e tantas páginas e aí o sujeito pergunta “Mas não dá para colocar mais detalhes sobre o Quadribol? E por que não mais informações sobre os fantasmas de Hogwarts? O público vai adorar e nem vai se importar de pagar um pouco a mais em um livro maior! Todo mundo fica feliz!“.
De fato, Harry Potter e a Câmara Secreta é um tanto mais enrolado (ok, mais cheio-de-detalhes) do que o primeiro título da série, mas a estrutura é semelhante (e não faço ideia se vai se repetir nos próximos livros): um pouco da vida de Harry com os tios, chega à Hogwarts, um mistério se apresente, Harry quebra várias regras da escola para desvendar o mistério, Harry se dá bem, Harry volta para casa. O negócio é que por ter mais detalhes, parece que Rowling teve melhor oportunidade para desenvolver a parte do mistério, que na minha opinião ficou bem melhor do que em Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Quando viu que eu estava lendo Harry Potter e a Pedra Filosofal meu amigo perguntou se eu estava querendo entrar no livro dos recordes como a última pessoa a ler esse livro. A piada faz sentido: 13 anos após o lançamento original,10 após a chegada ao Brasil e cá estou eu, na minha primeira-segunda vez com o título.
Explico: já tinha lido anteriormente (tem aí uns sete anos), mas não me agradou. Falaram que a tradução que era meio fraquinha mas que se lesse no original eu iria gostar. E ano após ano eu fui adiando a tal da leitura “no original”, até que vi uma caixa bacana para vender na Amazon e defini uma meta: terminar a série antes de chegar os 30 anos. A saber, tenho 29.