Antes de tudo, um relato pessoal. Antes de conhecer Paris, eu pensava na cidade como um clichêzão, não tinha lá muita curiosidade para conhecê-la. Lembro que, ao contrário de Londres, sobre a qual já tinha lido tanto, tanto que já parecia conhecer as ruas que ainda nem visitara, cheguei na Cidade Luz tendo em mente dois destinos: o cemitério Pere Lachaise (meta ainda mais definida: túmulo de Oscar Wilde) e a óbvia Torre Eiffel (seguindo a dica do 1001 lugares para conhecer antes de morrer, de ser a última visita ao local). Sei que no final das contas foram poucos dias, mas serviram para eu compreender porque a cidade é um clichê. Ela é de fato apaixonante. Não dá para visitar Paris e sair ileso. Fica um pouco de você ali, aquela vontade de voltar, de rever lugares que parecem ter saltado da tela de um filme.
E muito dessa saudade que sinto da cidade fez com que eu me encantasse perdidamente por Meia Noite em Paris, filme de Woody Allen lançado no ano passado. Misturando figuras populares da década de 20, de Fitzgerald até Hemingway, a mescla entre figurinhas carimbadas do universo literário e a cidade dos sonhos inevitavelmente tinha que ser encantadora. E creio que não só para mim, já que o filme foi um sucesso (que se refletiu nas livrarias, com leitores procurando os autores que aparecem na história). E é na esteira do sucesso desse filme que o jornalista Sérgio Augusto lança seuE foram todos para Paris: um guia de viagem nas pegadas de Hemingway, Fitzgerald e cia. Continue lendo “E foram todos para Paris (Sérgio Augusto)”