Confesso que achei os dois primeiros episódios engraçadinhos, mas não via muito bem onde aquilo poderia parar. Neles são apresentados além de Bernard os outros dois personagens principais, Manny Bianco (um contador que um dia surta e passa a trabalhar para Black) e Fran Katzenjammer, dona da loja ao lado da Black Books. Hmkay, nada espetacular, fui para o terceiro por pura teimosia. E aí que começou a ficar bom, “Grapes of Wrath” é simplesmente hilário.
O negócio é que como quase sempre acontece em sitcoms, Black Books não nos prende por causa de algum segredo não revelado ou uma trama elaboradíssima: é porque vamos nos apegando às personagens, começando a prever reações e, no caso dessa série em específico, saber que o negócio é realmente esperar o inesperado. O estilo de humor é completamente nonsense, com mini-bares embaixo de mesas de restaurantes até um funcionário sendo contratado por uma empresa e quase chegar em cargo de gerência sem ter a menor ideia do que tinha que fazer lá. Ah, sim, ao contrário do que se imagina, não é o mundinho literário que é o principal foco de zoação, mas simplesmente o cotidiano em uma cidade grande.