Sendo um picture book (lembra do seu bom e velha O Pote de Melado? Eles são assim: com frases curtas narrando uma história em ilustrações) é evidente que a arte de McKean acaba tendo um destaque maior. E não pense que por ser voltado para crianças que ele muda seu já famoso estilo, envolvendo colagens de uma forma distorcida e exagerada, lembrando um pouco sonhos (ou pesadelos). Mas mesmo assim o efeito combinado com o texto acaba sendo de um conto que pode ser lido sem maiores problemas pelos mais novos.
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O óbvio em três partes
Outro óbvio: ontem assisti o tal do Procurado. O plot é algo mais ou menos como “nerdinho de mal com a vida descobre que o pai é um super assassino fodão e que herdou ‘poderes’ dele”. Com algo assim, é óbvio que o filme é um exagero de perseguições, explosões e balas que fazem curva. E olha, seria muito, muito legal, se tivesse senso de humor (como no caso do Mandando Bala).
Coraline
Um ponto bem interessante são as imagens criadas pelo Gaiman. Aqui é coisa de gente grande mesmo, até porque é Coraline é uma história de terror (na realidade, uma espécie de Alice no País das Maravilhas de terror). A descrição da “outra casa” e as personagens que a habitam são descritos com uma riqueza de detalhes que é admirável porque não faz da narrativa algo chato, mas colabora justamente para o tom de horror (vide o “outro pai” quando chega mais no final do livro).
Filme de Asilo Arkham
Infelizmente, só mais um fan-film, mesmo assim é daqueles bons (tipo o Dead End que circulou bastante na internet há uns tempos). Eu não sei sobre vocês, mas na minha opinião a HQ Asilo Arkham (texto do Grant Morrison e arte do Dave McKean) é uma das melhores histórias do Batman de todos os tempos. Acredito que nenhuma dupla conseguiu com tamanha perfeição passar o tom de pesadelo que impera naquele hospício. E o fato é que esse filme, feito por Miguel Mesas é uma adaptação perfeita. Parece até que a arte do McKean saltou do papel para a tela, está muito legal mesmo. Vale a pena conferir (a parte ruim é que aí dá vontade de ver um filme todo baseado em Asilo Arkham).
Vertigo Tarot
A idéia é utilizar personagens da Vertigo para ilustrar os arcanos maiores (O Louco, O Mundo, A Estrela, etc.), o que aliás é um dos charmes do deck, pelo menos para os fãs dos títulos da Vertigo: descobrir qual é a personagem e por que ela está lá. Alguns são óbvios, é claro. A Morte só poderia ser ela mesma, bem como O Mago só poderia ser Tim Hunter (de Os Livros da Magia). Mas outros são bastante curiosos e até irônicos (por exemplo, adivinha quem é A Temperança…).
Violent Cases (Neil Gaiman & David McKean)
Pelo menos para nós, fãs de quadrinhos, dá para dizer sem nem piscar os olhos que se esses dois não tivessem começado a trabalhar juntos há mais de 20 anos atrás, a idéia de quadrinhos para adultos seria bem diferente. É por isso que Violent Cases (lançado em 1987, mas chegando aqui no Brasil no começo deste ano) é tão especial: trata-se da primeira graphic novel publicada pela dupla. Depois dessa, muitos outros trabalhos de sucesso viriam, entre eles, é claro, Sandman.
Dave Mckean
Eu já comentei algumas vezes sobre o Dave Mckean e achei que seria legal colocar alguns trabalhos dele aqui.
Bom, antes de mais nada, tem a do Tarot que eu já cheguei a colocar a carta 5 de copas por aqui, não? Pois fiquei sabendo que tem uma outra versão desse tarot (no caso, não tem relação com os personagens da Vertigo). Segue a carta da Lua: