Você vai ouvir falar em 2017 (e eu recomendo!)

Imagina o Seu Creysson fazendo joinha e dizendo “Esse eu agarantium”. Não tem nada de mágico aqui: é uma mescla de lista de adaptações que chegam no cinema em 2017 com aquele listão maravilhoso de lançamentos que o Daniel Dago postou no Facebook (queria demais fazer link direto para a lista, mas só consegui uma cópia lá da Gazeta), salpicados com informação sobre como foi a recepção de alguns desses lançamentos no exterior e todo o meu amorzinho pelos livros que li.

Desnecessário explicar, mas já explicando: como elaborei a lista a partir de livros que já li, isso explica a falta de autores nacionais. Ao contrário dos livros gringos (que eu posso ler antes de chegar aqui), os nacionais eu só consigo quando chegam nas livrarias. Mas se quer saber, estou de olho naquele novo da Luci Collin pela Arte & Letra (A peça intocada) e o do Milton Hatoum pela Companhia das Letras (O lugar mais sombrio).

Lembrando que no caso dos lançamentos (infelizmente), alguns podem acabar não saindo. Tem livro que eu já esperava para o ano passado e que está na lista desse ano, por exemplo. Ah, sim. E sem maiores comentários sobre as obras porque cada título da lista tem um link para um post que escrevi na época em que li.

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Wilson (Daniel Clowes)

Em tempos de redes sociais você provavelmente já passou por isso: escreveu uma mensagem, pensou melhor e então apagou. Talvez não necessariamente porque fosse ferir o sentimento da pessoa que a receberia, mais para evitar um conflito futuro, ou mesmo que sua imagem de pessoa bacana fique arranhada por dizer algumas verdades para quem supostamente mereceria ouvir. Pois bem, seja lá qual for o motivo que faça muita gente agir assim, Wilson de Daniel Clowes parece não ter essa ferramenta. Fala o que tem vontade sem o menor medo de ser desagradável. E é tão, mas tão desagradável que chega a ser engraçado.

A HQ lançada pela Companhia das Letras segue um formato de episódios de uma página, seguindo uma ordem cronológica que vai alinhavando uma história maior, que de modo resumido dá para dizer que é a luta de Wilson contra a solidão que ele causou contra si, justamente por causa desse jeito de agir. Ele quer “fazer parte”, mas ao mesmo tempo não quer abrir mão de ser como é. Continue lendo “Wilson (Daniel Clowes)”

Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro

Ganhei de presente do Lê ontem  :joy:

É do Daniel Clowes, rapaz de quem pelo visto deveria me envergonhar por nunca ter ouvido falar. Bom, fui dar uma pesquisada sobre o sujeito depois e ele é famoso nos quadrinhos udigrúdi norte americanos. Embora as palavras “famoso” e “udigrúdi” soem esquisitas quando juntas, mas…

Sem pirações, que de pirada já basta a hq. Serinho, quem procura uma história convencional é melhor passar longe de “Como uma Luva…”. A sensação que se tem ao ler a história é que o Clowes passou um pesadelo dos mais bizarros para a HQ. Coisa para fazer os filmes do David Lynch parecerem Sessão da Tarde *mesmo*.

A história começa com Clay Loudermilk assistindo a um filme sadomaso e, para supresa do protagonista, a personagem principal é uma ex-namorada. Ele decide procurá-la para saber por qual motivo ela o deixara, e é durante a busca que ele cruza com as situações e os personagens mais bizarros que já vi em HQ até hoje.

Vale a pena dar uma conferida. Não é algo fácil de engolir, mas é diferente (e para mim, isso já conta como um ponto a favor em qualquer coisa).

Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro

Ganhei de presente do Lê ontem  :joy:

É do Daniel Clowes, rapaz de quem pelo visto deveria me envergonhar por nunca ter ouvido falar. Bom, fui dar uma pesquisada sobre o sujeito depois e ele é famoso nos quadrinhos udigrúdi norte americanos. Embora as palavras “famoso” e “udigrúdi” soem esquisitas quando juntas, mas…

Sem pirações, que de pirada já basta a hq. Serinho, quem procura uma história convencional é melhor passar longe de “Como uma Luva…”. A sensação que se tem ao ler a história é que o Clowes passou um pesadelo dos mais bizarros para a HQ. Coisa para fazer os filmes do David Lynch parecerem Sessão da Tarde *mesmo*.

A história começa com Clay Loudermilk assistindo a um filme sadomaso e, para supresa do protagonista, a personagem principal é uma ex-namorada. Ele decide procurá-la para saber por qual motivo ela o deixara, e é durante a busca que ele cruza com as situações e os personagens mais bizarros que já vi em HQ até hoje.

Vale a pena dar uma conferida. Não é algo fácil de engolir, mas é diferente (e para mim, isso já conta como um ponto a favor em qualquer coisa).