Já está à venda a tradução de Orgulho e Preconceito e Zumbis, publicado aqui no Brasil pela editora Intrínseca. Na Livraria Cultura dá para encontrar o livro por até R$26,91. Como eu ainda não republiquei minha opinião sobre o livro aqui no Hellfire, você pode conferir a resenha que escrevi lá no skoob.
- E como falei em zumbis na literatura, a boa notícia da semana passada é que a editora Rocco publicará tradução de World War Z aqui no Brasil ainda em 2010. Ponto para a Rocco, porque como já falei bastante vezes por aí, foi o melhor livro que li no ano passado. Meus comentários sobre ele você pode conferir aqui.
- Passando dos zumbis para as adaptações de livros para o cinema, semana que vem está prevista a estreia de A Estrada (com Viggo Mortensen), baseado na obra de Cormac McCarthy que foi o melhor livro que li em 2008 (hehehe). A direção competente e as ótimas atuações garantem um filme para não deixar nenhum fã frustrado, eu garanto. Não perca.
- E para o pessoal dos estudos literários e demais humanidades que adoram e/ou estudam a cultura irlandesa, não deixem de conferir o tópico de divulgação sobre o 5th Symposium of Irish Studies in South America. Evento muito legal que acontecerá no fim de agosto e contará com a organização das sempre maravilhosas Luci Collin, Célia Arns de Miranda e Liana de Camargo Leão.
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A Estrada (filme)
Para quem viu o post que eu escrevi logo após ler A estrada de Cormac McCarthy, já tem uma vaga ideia de como estavam minhas expectativas para a adaptação cinematográfica desse livro. Altíssimas, acreditem. A estrada atualmente está no meu top10 de livros favoritos de todos os tempos, e saber que Viggo Mortensen estava no elenco como o Homem só aumentaram ainda mais minhas expectativas. E vocês sabem que o resultado final desse tipo de espera invariavelmente acaba sendo decepção, certo? Bom, com A estrada não é bem assim.
Para começar, Viggo continua fantástico como era de se esperar. Eu sinto de verdade a esnobada que esta atuação dele está levando (por enquanto só duas indicações, e poucas chances de estar entre os cinco do Oscar), porque para quem leu o livro, sabe que ele conseguiu dar conta muito bem da personagem. O momento em que desesperado por achar que não conseguiria fugir de uma casa cheia de canibais ele aponta a arma para a testa do filho exemplifica bem o que quero dizer.
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Cineminha
(Notícias rápidas de cinema para você que está com pressa como eu)
- Já está disponível na internet o trailer novo de Sherlock Holmes. Um monte de gente vai chiar, isso é certeza. Eu achei bem legal. Para ver, clique aqui.
- Vazou o pôster de Lua Nova (continuação de Crepúsculo). Eu achei que alguns fãs fizeram posteres melhores do que esse, na boa. Para ver, clique aqui.
- Estou lendo (e adorando) o livro World War Z, do Max Brooks. Fucei no imdb só por curiosidade e pans, pré-produção, com 2010 como ano previsto para a estreia. MUITO curiosa para saber como farão a adaptação.
- Semana passada divulgaram o trailer de A Estrada, baseado no romance de Cormac McCarthy (e um dos meus livros favoritos de todos os tempos). Torci o nariz para prováveis mudanças, mas vamos ver no que pode dar, certo? Você pode conferir o trailer lá no Omelete.
- Oi? Adaptação de A Queda da Casa de Usher? 3D?
E por hoje é só, pessoal.
The Road (Cormac McCarthy)
Pense em um lugar morto. Sem árvores, sem o canto dos pássaros, dominado por cinzas. Na verdade, as cinzas cobrem inclusive a luz do sol, tirando as cores do céu, da terra e de tudo o que ela toca. À noite, não há mais iluminação artificial, não há mais a luz da lua ou das estrelas, há apenas uma escuridão total, que não permite que você enxergue um palmo diante de sua face. Silêncio quase enlouquecedor. A falta de vida significa falta de comida, e homens tornam-se canibais. É o fim da humanidade.
Nesse cenário que McCarthy (autor de No Country for Old Men) desenvolve o romance “The Road”, que conta a história de um pai e seu filho atravessando a estrada que dá título à obra, fugindo dos horrores causados por um desastre sem nome. A narrativa começa já anos após o que fez o mundo como conhecemos virar esse pesadelo, e o pouco que se sabe (e pouco mesmo) do que era antes vêm de flashbacks.
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No Country For Old Men (Cormac McCarthy)
Acabei de ler o livro no qual se baseou o filme que papou quatro estatuetas do Oscar desse ano (e não por acaso, devo dizer). Confesso que inicialmente o estilo do McCarthy me irritou um tanto. Porque ele simplesmente aboliu o uso de aspas nesse livro (não li os outros, não posso confirmar se é um recurso que ele sempre utiliza). Isso significa ficar completamente perdido sobre o que é diálogo e o que não é, além de ler vários donts, cants bem desse jeito (e imaginem a pira que uma professora de inglês não tem ao ver isso).
Mas ali pela página 50 você já se acostuma com o estilão do sujeito, e então é só alegria. A primeira coisa a ser dita: a adaptação dos Coen foi uma das melhores adaptações que já vi. Quase ipsis litteris. E o legal é que nos momentos em que não segue exatamente as palavras do McCarthy, você consegue compreender a razão para isso (aquela velha história dos problemas da troca de mídia).
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