Aquele abraço!

Dias atrás, através do Pensar Enlouquece cheguei ao Saco de Filó, blog que observa a tal da “blogosfera” de uma maneira ácida, e até por causa disso bastante divertida. O legal é que antes de ler o Saco de Filó eu já estava aqui matutando sobre os textos em blogs, de como cada vez mais o que tem feito “sucesso” entre leitores são posts curtos, ou aqueles com imagens e videos engraçados/legais. Em resumo: o povo não quer ler.

Até por causa disso achei o post do último sábado de uma relevância tremenda. Ele traça perfis dos tipos de leitores (e por conseqüência, comentaristas) de blogs. E antes que não entendam qual é a relação entre o blogueiro e o leitor nisso tudo, convenhamos, quem blogueia (eca) quer ser lido, caso contrário não publicaria textos na web. Então, vamos logo aos fatos: não tem essa de escrever só para botar as mágoas (?!!!) para fora ou para manter um registro pessoal. Todos nós que estamos aqui temos nossa parcela de vaidade e queremos que batam os olhos em nossas palavras, e é justamente por isso que a figura do leitor/comentarista é tão importante dentro do processo todo.

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Um pouco de ultraviolência (com leitinho, é claro!)

Hoje cedo enquanto tomava café vi a notícia sobre o tal do grupo de skinheads que espancou um policial lá em São Paulo. A violência foi tamanha que dizem que tinha até um deles pulando sobre o rosto da vítima, que obviamente ficou completamente desfigurada. E mais uma vez, são os bem nascidos filhos da classe média brasileira, carregando consigo todas as incoerências típicas. A começar, eles têm educação, mas são ignorantes. Não falta qualquer necessidade básica para eles, mas ainda assim se comportam como animais.

Eu fui dar uma pesquisada sobre o tal do movimento para não falar qualquer bobagem, e aparentemente há uma parcela do grupo que não se envolve com esse tipo de barbárie. Por outro lado, temos os casos de grupos que pregam o ódio aos negros, nordestinos (wtf?!) e homossexuais. É sobre esses que falo daqui para frente.

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Por que os livros são caros no Brasil?

O blog Hotel Terra lançou a mesma pergunta no último dia 22: Por que os livros são caros no Brasil? Eu sei que muita gente não dá a mínima para isso – e esse ‘não dar a mínima’ é uma das razões, ou talvez sintomas dos preços altos – mas de qualquer forma, eu como apaixonada por literatura vira e mexe faço essa pergunta, especialmente quando vejo chegando nas livrarias edições nem tão caprichadas que batem na casa dos 60 reais, o que independente de quanto você receba por mês, é muito caro.

A pergunta no Hotel Terra na verdade serve para abrir espaço para citar um blog de economia estrangeiro, que fez a mesma questão sobre os preços elevados dos livros por aqui. O Marginal Revolution tenta responder com quatro argumentos, embora para falar bem a verdade o primeiro já mata a charada: a maioria dos brasileiros não lê.

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40 anos de 2001

Hoje 2001: Uma odisséia no espaço completa 40 anos.  Eu até poderia falar aqui sobre o filme, mas aproveitarei a oportunidade para comentar sobre a neurose de seguir as listas dos “must“. Até porque esse filme eu acabei me forçando a assistir só por causa da tal da neurose. Explico: desde a primeira vez que coloquei a fita (é, porque na época ainda nem era DVD) para ver o filme do Kubrick, eu vivi uma espécie de maldição que consistia basicamente em não passar da parte dos macacos (sim, o início) sem dormir.

E aí é que está: por que me forçar a ver um filme que obviamente não me agradava, ao ponto de criar o sistema dos 20 minutos (para o filme a cada 20 minutos para fazer qualquer outra coisa e então retornar para o sofá)? Ah, porque TODO MUNDO que eu minimamente respeitava e/ou admirava babavam ovo para o filme. E daí? Hoje em dia fico aqui pensando se fez realmente diferença para mim, no final das contas. Ok, entendo piadinhas que façam referência ao HAL 9000. E?

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A ex do rockstar

Ontem estava em uma onda nostálgica e fiquei assistindo clipes dos Guns n’ Roses, mais precisamente os da fase Use Your Illusion (que foi quando eles começaram a torrar os tubos para fazer videos, hehe). Aí em November Rain e Don’t Cry lá estava Stephanie Seymour, mulher que tanto invejei por ser namoradinha do Axl e blablabla (ainda bem que a gente cresce, é o que eu sempre digo). Só que o namoro acabou e já em Since I Don’t Have You (do álbum The Spaghetti Incident) o Axl aparecia abraçadão com uma loira e Stephanie já estava no limbo das ex dos rockstar.

Mas não, não vou falar sobre a efemeridade dos relacionamentos dos famosos. Na realidade, estava aqui pensando nas frescurites que nós, pessoas simplórias que nunca cantamos para um público gigante (nem atiramos cadeiras de quartos de hotel), temos de vez em quando com esse caquinho de vidro no vão do dedo chamado fim de relacionamento (dos amigos).

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Trânsito e a prova de que somos burros

Tem mais de uma semana que todo dia aparece uma notícia falando de um novo recorde de congestionamento em São Paulo. E todo santo dia eu ouço alguém aqui de Curitiba reclamando que chegou atrasado em algum lugar por causa do trânsito, que está “insuportável” e eu fico aqui pensando: vocês são burros ou quê?

Não sério. Vamos parar e pensar: Qual é o problema? “Comprar carro ficou mais fácil e conseqüentemente temos mais carros nas ruas“. Como resolver? “Construindo novos viadutos“. Não, sua mula! É oferecendo carona e usando o transporte coletivo!

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Sentiram saudades? =D

Então que ontem foi o Oscar e bem, nem assisti. No final das contas já sabia que seria o mais previsível desde que comecei a acompanhar as cerimônias e bem, eu sou cidadã honesta e trabalhadora que precisa acordar cedo para trabalhar e garantir o leitinho das crianças (Boo e Clara, que na realidade preferem Whiskas à leite, mas enfim).

Talvez seja o primeiro Oscar que eu não digo “Injustiça!!!” para alguma escolha (talvez até porque não cheguei a ver todos os filmes). Mas confesso que fiquei bastante contente com Onde os fracos não têm vez ganhando melhor filme e melhor direção. Eu não sei se estará na minha lista de favoritos, mas certamente está entre os melhores que vi este ano (tudo bem que o ano ainda está em fevereiro, mas bem, todos nós sabemos que os melhores filmes sempre saem nesta época, justamente por causa do Oscar. Então….). Continue lendo “Sentiram saudades? =D”

Tempos estranhos

Hoje Fábio encaminhou um e-mail para mim que fez com que eu ficasse com a pulga atrás da orelha. Reproduzia uma matéria publicada no New York Times, comentando sobre uma garota que na versão Tio Sam do Você é mais inteligente que um aluno da quinta série? chegou na pergunta “Budapeste é capital de qual país da Europa?” e bem, disse lá barbaridades como “Eu achava que Europa era um país!”.

Ok, vamos por partes. Primeiro: eu ainda não consigo acreditar que os norte-americanos são assim, em sua totalidade ou grande maioria, TÃO alienados sobre “o resto” do mundo. Segundo: antes que comecem a falar, saiu no ano passado na Veja o resultado de uma pesquisa que apontava que uma porcentagem bem grande de brasileiros não sabem localizar o Brasil no mapa-múndi.

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Heath Ledger e indagações

Ontem à noite quando vi a notícia da morte do Heath Ledger1 (que saiu do esquema ‘gatinhos das adolescentes’ com filmes como Brokeback Mountain) confesso que fiquei tão surpresa quanto ficaria se anunciassem que um OVNI apareceu aqui em Curitiba.

Pessoas talentosas, bonitas, vivendo um bom momento na carreira profissional e especialmente JOVENS como ele, não deveriam morrer. Não é natural (embora saibamos que sim, é). Ver a imagem da polícia retirando o corpo dele do prédio é aquele tapa na cara que nos faz lembrar que mortais somos todos nós.

Mas enquanto você ainda está pensando sobre esse tipo de coisa, aparece em uma notícia de jornal que um grupo homofóbico anunciou que fará piquete no enterro do ator. Se homofobia já é patética por si só, não respeitar um momento como esse porque o cara INTERPRETOU uma personagem gay, beira ao absurdo.

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  1. Bastante gente ficou preocupada sobre como ficaria o filme Batman, especialmente porque Ledger interpreta “O” Coringa. A produtora já anunciou para geral que a morte dele não influirá em nada, uma vez que eles já tinham terminado de gravar o filme. Eu tenho certeza que será uma das experiências mais bizarras que terei no cinema 

Deus, um delírio

Quem costuma ler o Hellfire há algum tempo sabe meu posicionamento sobre religião. Sou uma fanática pela defesa da liberdade de credo, independente de eu mesma não ter um. Então, quando comecei a ler “Deus, um delírio” do Richard Dawkins, achei que odiaria o livro do começo ao fim (especialmente por causa dos comentários que tinha lido sobre a obra), mas surpresa, é um livro muito bom.

Quando um livro desses cai em minhas mãos, começo a achar que estamos vivendo uma nova “idade das trevas” (há quem diga que essa seria a primeira). Alguns conflitos soam ainda mais sem sentido e, o que é pior, tantos avanços são adiados por causa do que acreditam alguns (ainda fossem todos…).

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