Continuando a série iniciada aqui, vamos agora ao 15º clichê dos filmes de terror (aliás, desse aí até a série de filmes Todo Mundo em Pânico já tirou sarro):
15. O cara negro – ou qualquer outra minoria – morre: Isso se tornou padrão desde a criação do slasher no final dos anos 70 e é epitomizado pela fala de Orlando Jones em Evolução: “Já vi esse filme. O cara negro morre antes.”
Eu não consigo mais lembrar quando foi que tivemos um final de semana sem chuva aqui em Curitiba. Eu não vou usar a chuva como desculpa para ter ficado em casa, o fato é que se há um lado bom na quantidade de dias chuvosos é que eles fazem um clima ideal para assistir filmes de terror, mesmo que não esteja necessariamente escuro.
E aí que nesse final de semana eu fiz isso. Vi filmes. E uou, por coincidência, filmes de zumbi. O primeiro segue aquela linha que eu adoro, o terrir. Chama-se Dance of the Dead (não confundir com o episódio de Masters of Horror com o Robert Englund) e é um dos filmes do Los Angeles Scream Festival desse ano. Só com a sinopse já dá para entender porque é um terrir: na noite do grande baile da escola, os mortos se levantam e começam a comer os vivos, e os únicos que poderão parar os zumbis são os losers que não conseguiram ir ao baile.
Acabei de ver isso no About.com e achei hilário (porque vocês sabem, como fã de filmes de terror, eu já tive a oportunidade de conferir todos esses clichês trocentas vezes), vou traduzir e colocar aqui aos poucos, começando pelo vigésimo:
20: Cabeças de bonecas espalhadas na casa do assassino: Ok, nós entendemos; esse é um carinha maluco. Mas que tal tentarmos algo novo, como asas de borboletas ou iPod Shuffles?
Eu ando bastante enrolada para ver os filmes que possivelmente gostarei. Tipo Dark Knight, que vi coisa de um mês atrás. E agora essa semana finalmente assisti Across the Universe. Beatles, né. Não tinha como não gostar. Mas foi ficando para outro dia, outro dia… e acabei assistindo só porque meus alunos pediram. E bem, no final das contas é aquilo: filme encantador.
O musical conta a história de Jude, o rapaz de Liverpool que viaja aos Estados Unidos em busca do pai, o que acaba funcionando como fundo para mostrar os eventos dos anos 60 com músicas como Something e All you need is love de fundo. Aliás, é engraçado como de certa forma você começa a pensar “Quando é que colocarão tal música? E Hey Jude, quando entra?”, hehe.
Caramba, preciso urgentemente voltar a ler sites de cinema se eu não quiser ficar por fora de notícias bacanas. Acho que o maior problema é que eu comecei a procurar por notícias em sites nerds, que são legais e tudo o mais, mas no final das contas são bastante limitados (até porque normalmente cobrem vários assuntos, e não só cinema). Alguém aí tem alguma sugestão de site de cinema bom para acompanhar notícias?
Li uma notícia na qual o Fernando Meirelles fala sobre a reação de um grupo de cegos dos Estados Unidos que falam sobre boicotar O Ensaio Sobre a Cegueira porque o filme é ofensivo (etcetcetc). Não é a primeira vez. Diz que em Cannes um repórter chegou e perguntou “Se a esposa do médico não está cega, por que ela não o ajudou a encontrar uma cura? E por que o governo não tentou encontrar uma cura?”, a quem Meirelles respondeu todo contrangido “Mas isso não é Eu sou a Lenda, é uma metáfora”. Poisé. Agora ele têm que explicar que o filme é sobre a natureza humana, e não sobre a cegueira.
Eu não sei se é de hoje, também não sei se isso se aplica só aos gringos. Mas a sensação que dá é que de uns tempos para cá nossa burrice nos transformou em uma audiência chata. Já não é mais só um sintoma da praga do politicamente correto, é um pouco também de ignorância, no final das contas.
A tendência no mundinho da promoção de séries parece ser um tal de “oops, deixei vazar!“, naquela tentativa de sacar o que a audiência acha sobre o que vai ao ar. Isso principalmente com séries novas – ou vocês acham que foi muito difícil eu ter conseguido assistir os pilotos de The Mentalist, Fringe e True Blood antes das séries irem ao ar? De qualquer modo, o sisteminha também tem funcionado com séries que já estão caminhando para seus segundo, terceiro anos, como é o caso de Dexter.
Lembram do joguinho de música de filmes? Pois é, saiu uma versão nova, o “Música de filmes 3“. Há de se considerar que são 8:30 da manhã, que eu mal terminei o meu café, que estou meio de ressaca por causa do churrasco de ontem à noite etc. etc. etc. para explicar meu placar até o momento: 14 de 64. Justificativas à parte, eu acho que esse está mais complicadinho sim. Ainda tem daqueles casos em que a letra da música entrega o nome do filme, mas na maioria a música não tem letra e alguns são claramente de filmes mais antigos, e wtf, nos anos 40 e 50 as músicas eram quase todas iguais, fala sério (hehehe). Enfim, para quem não viajou e está curtindo um começo de feriado com chuva (como eu), fica aí a sugestão do Quickbeam lá da Valinor para matar o tempo.
Ahááá, fazia tempo que não comentava aqui sobre filmes de terror recém assistidos. Por coincidência nessa semana eu vi dois bastante diferentes, quer dizer, no final das contas o sangue e os gritos de pavor eram os mesmos, o interessante mesmo eram as causas do horror. Um deles aparentemente já saiu no Brasil, chama-se As Ruínas (tem cara de filme que vai direto para dvd), o outro é Todos Amam Mandy Lane, que pelo visto não tem previsão de estréia por aqui.
No caso de As Ruínas o que faz a diferença é o modo como o terror é construído – até porque convenhamos, plantas assustadoras já vimos até em A Pequena Loja dos Horrores, de 1960. Mas a situação que deixa as personagens encurraladas no topo de um templo maia ao ponto de algumas delas até enoluquecerem é realmente muito legal.
Desde que o primeiro X-Men do Bryan Singer abriu as porteiras, a “nova geração” de filmes baseados em HQs continua funcionando à todo vapor. Hulk, Batman, V de Vingança, Superman, Sin City, Estrada para a Perdição, 300 de Esparta, Elektra, Demolidor, Hellboy, Hellblazer, Homem Aranha, A Liga Extraordinária, Quarteto Fantástico, Do Inferno… e a máquina das adaptações não para, tem até Watchmen para chegar por aí. Ok, nem todos foram um sucesso e nem todos são lembrados como algo bom, mas o fato é que o pessoal de róliudi perdeu o medo de lançar as hqs à telona.
Aí eu fico aqui pensando, em um mundo perfeito no qual as adaptações fossem sempre perfeitas, seria bacana ver alguns filmes no cinema. Nas condições normais de temperatura e pressão (o que consiste basicamente em um bom diretor, uma boa verba e liberdade de criação, acho) muita coisa publicada poderia render ótimos filmes.