Bobagem, eu sei. Mas a curiosidade era grande, então ainda em 2008 resolvi ler Reparação (Atonement em inglês), até por causa dos diversos elogios à obra. E o livro realmente me agradou, lembro que fiquei encantada com o trabalho do McEwan com as personagens (aquela coisa de serem reais, não caricatas) e mais ainda com a conclusão e todo o significado sobre a arte de escrever que ela trazia. Mas não foi uma leitura que, digamos assim, mudou minha vida.
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Donnie Darko
O enredo é até bastante simples: um jovem com problemas mentais encontra numa noite um sujeito vestido de coelho (Frank) que anuncia para ele que o mundo acabará em 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos. Como saiu da cama para ouvir o que Frank tinha a dizer, Donnie é milagrosamente salvo de um acidente envolvendo uma turbina de avião que acerta em cheio seu quarto. Ok, eu sei que isso parece um tanto bizarro, mas convenhamos, ainda assim é simples. Continue lendo “Donnie Darko”
Os melhores filmes de 2009
Resolvi fechar minha lista de filmes desse ano um pouco antes, primeiro porque as semanas seguintes eu não poderei garantir que estarei online (sabe como é) e segundo porque o único lançamento desse ano que ainda quero ver é Avatar, e eu ainda acho que não vou gostar. O que me deixou surpresa esse ano não foram bem os filmes em si, mas bem, o fato de que essa é meu 6º top10 de filmes. Se tivesse feito em dezembro de 2003, seriam 7. Hellfire já tem chão, ahn?
Para quem ficou curioso, aqui você pode conferir as listas de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008. E para 2009 o que temos (e espero que nem precise lembrar que é uma lista pessoal, então é bem previsível que você discordará do que verá aqui) começando do 10º até o primeiro lugar é o seguinte:
Os que ficaram de fora:
11. Arrasta-me para o Inferno
12. O Curioso Caso de Benjamin Button
13. O Lutador
14. Quem quer ser um milionário?
15. A Verdade Nua e Crua
16. Paris
17. Frost/Nixon
18. Evocando Espíritos
19. Coraline e o Mundo Secreto
20. Ele não está tão a fim de você
21. Lua Nova
22. Livro de Sangue
23. Matadores de Vampiras Lésbicas
24. The Spirit
25. Atividade Paranormal
26. A Órfã
27. 17 Outra Vez
28. Nick e Norah – Uma Noite de Amor e Música
29. Dia dos Namorados Macabro
30. Marido por Acaso
31. Noivas em Guerra
32. Sexta-feira 13
33. Presságio
34. Garota Infernal
35. Anjos da Noite – A Rebelião
36. Alma Perdida
37. Pagando bem que mal tem?
Uma vida sem regras (How to be)
A personagem em questão é protagonista da produção inglesa independente Uma vida sem regras (How to be), que chegou ontem aos cinemas nacionais. O que surpreende não é exatamente a personagem em si, já que o cinema conta com uma infinidade de personagens assim. A questão é que Art é interpretado pelo tchotchó do momento, Robert Pattinson. Continue lendo “Uma vida sem regras (How to be)”
(500) Dias Com Ela
O filme começa com um aviso que não trata-se de uma história de amor. E não é, não no sentido que esperamos quando assistimos a algum filme que tenta contar esse tipo de história do mocinho se apaixonando pela mocinha, passando por dificuldades e então ficando juntos no final. Mas é de certa forma uma história de amor, sim. De como podemos nos confundir sobre o que esperamos daqueles que amamos ou que julgamos amar, para ser mais precisa.
Tom é um sujeito que trabalha como escritor de cartões de aniversário. Ele cresceu ouvindo música pop (alou, Rob Fleming?) e vendo filmes como A Primeira Noite de um Homem, e bem, tornou-se um romântico sem grandes sucessos amorosos. Até que conhece Summer no escritório. A menina é linda e aparentemente inantingível, mas um dia começa a conversar com ele (que está ouvindo Theres a Light That Never Goes Out dos Smiths, segunda referência em menos de um mês a essa música que eu achava que era só minha, humft!). E aí eles ficam juntos, com Summer deixando bem claro que não acredita no amor e Tom lutando para aceitar a condição de ser só o amigo-que-beija dela.
É evidente que toda a tensão da história se constrói sobre o que Tom espera de Summer, e o que obviamente ela não oferecerá. De qualquer modo, o filme prende sua atenção mesmo com você sabendo o que está por vir: talvez porque todo mundo já esteve também no lugar de Tom, insistindo em um relacionamento por acreditar que aquela é a pessoa de sua vida, mesmo que falte a essa pessoa um pequeno detalhe: retribuir o sentimento.
Filme bacana, até porque foge do formato comum das comédias românticas veja o caso dos flashforwards, que em alguns momentos até emprestam graça, junto com a repetição de alguns elementos só que em contexto diferente, como quando Tom começa a dizer que odeia tudo que dias antes amava em Summer. Vale a pena aproveitar e conferir enquanto ainda está em cartaz. Até porque tem toda aquela pinta de ser o alternativo fofo queridinho do ano.
Zombieland
Também não é à toa. O filme cumpre muito bem seu objetivo, e diverte bastante e isso já desde os minutos iniciais, quanto o protagonista conta para o público a situação na qual tem vivido desde que pessoas que comeram carne infectada se tornaram zumbis. Nesse momento inicial já somos apresentados a uma ideia recorrente durante todo o filme, das regras da personagem principal para sobreviver aos ataques dos mortos-vivos. A graça aqui é que as regras são baseadas em clichês de filmes de horror, lembrando bastante o livro do Seth Grahame-Smith, How to Survive a Horror Movie.
E então quando você acha que o filme se baseará em piadas que aproveitam-se do fato do narrador ser um nerd, ou mesmo da questão dos clichês que acabei de falar e eis que chega Tallahassee, personagem brilhantemente interpretada por Woody Harrelson, que obviamente tem um talento especial para interpretar malucos, vide o que ele fez em Assassinos por natureza, O povo contra Larry Flynt e mais recentemente em Onde os fracos não tem vez.
Ambos se encontram na estrada quando seguem rumo ao leste, e logo depois são assaltados por duas irmãs, que levam o carro e as armas. Uma das irmãs é Abigail Pequena Miss Sunshine Breslin, que parece estar atravessando bem a fase de menina gracinha para adolescente. Os dois homens são enrolados pelas irmãs uma segunda vez, quando começam então a viajar juntos. É a aí que o terrir vira uma história bem bacana de amizade. Especialmente
O bacana é que dá para ser tocante sem ser piegas, talvez até pelo tom de humor negro que domina toda a história. É o tipo de filme engraçado e que pode agradar qualquer um com um pingo de senso de humor, independente de curtir filmes de zumbi ou não. E ainda tem momento impagável com Bill Murray interpretando ele mesmo. Tá aí o trailer para quem ficou curioso:
Antichrist
Os primeiros 10 minutos de Anticristo são geniais. A cena em preto e branco com o casal (sem nome) fazendo sexo enquanto o filho acorda e acaba caindo da janela do apartamento é bem forte – mas aqui não por ser explícita (e o é, acreditem), mas forte por ser bem montada, conduzindo os sentimentos de quem está assistindo, mesclando a beleza com o horror da situação (eu não tenho filho, mas fiquei agoniada com o moleque se aproximando da janela). Continue lendo “Antichrist”
A Órfã
As histórias são mais ou menos parecidas mesmo, pelo menos alguns elementos se repetem. A criança aprontando um monte (e por aprontando não estou falando em fazer sujeira no quarto, não) e ninguém acreditando na figura adulta que já sacou o nível de maldade da criança. O que é AGONIANTE. Sério, eu tinha vontade de entrar no filme e falar para todo mundo EI, ESSA GURIA É O CAPETA!! Ou algo que o valha. Continue lendo “A Órfã”
Grace
A história é sobre uma mulher que tenta engravidar após já ter sofrido dois abortos naturais. Ela obviamente parece bastante desesperada para ter um bebê, e fica extremamente feliz quando finalmente consegue engravidar e levar a gestação para mais de seis meses. Mas em uma noite ela tem complicações e, ao voltar do hospital, sofre um acidente de carro. Como consequência, tudo indica que ela perdeu o bebê, porém…
Porém não é bem o caso. E eu acho que para ter alguma surpresa, caso não tenha visto é melhor não continuar lendo os parágrafos a seguir, mas acredite em mim: vale a pena assistir, embora não seja um filme imperdível (como o Arrasta-me para o Inferno, hehehe). Caso vá procurá-lo, não esqueça que esse é o de 2009, filmado depois que o curta de 2006 foi bem recebido pelo público.
Então, sobre o bebê…
… a verdade é que o bebê, como esperado, nasce morto. Mas quando a parteira vai dar um basta na cena mórbida da mãe embalando o bebê como se ele estivesse vivo, upz, ele está. Maizomeno. É um bebê zumbi. Alimenta-se inicialmente do sangue da mãe, que mais para frente vê na intromissão da sogra super controladora uma oportunidade para arrumar mais comidinha para a filha. Só que tudo isso começa a acontecer quase que na meia hora final do filme, antes são só situações que sugerem que Grace não é normal. O público vai percebendo junto com a mãe que a criança gosta de sangue, por exemplo.
Ou ainda, cenas em que contam mais a sugestão, como o aparecimento de moscas perto do berço da criança e o fato de que a mãe em dado momento pensa que o cheiro ruim que sente é da areia do gato, mas então se dá conta que vem do próprio bebê. Imagine só. Mas como disse, no geral acaba sendo um filme meio estranho, porque não é daqueles de dar susto, mas dá medo. Porque ok, um bebê zumbi é bastante impossível de se ver por aí, mas uma mãe matando pessoas para alimentar o filho, não. Como falei, aquela história toda dos limites de nossa humanidade.
De qualquer forma, é bastante curioso. Na realidade agora fiquei curiosa sobre o curta. Pelo que eu vi, é bem mais gore que o longa, hehe. No mais, parece que foi lançado em Sundance e depois saiu direto em DVD, então não contem com a possibilidade de ver nos cinemas (ainda mais nos daqui).
Arrasta-me Para o Inferno
De qualquer modo, FINALMENTE consegui conferir Arrasta-me para o inferno. E fico feliz que tenha feito isso no cinema, e não em casa: o som potencializa a tensão, trabalhando muito bem com alguns efeitos de sombras. Muito do horror fica na sugestão, na soma desses fatores – embora sim, tenha lá um punhado de cenas nojentas daquela de fazer você querer olhar para o lado (vermes, moscas, sangue… etc.). E é Sam Raimi, então é óbvio que tudo isso regado com muito humor.