Enfim, vamos a um esquema meio pá-pum, checando o que vi até o momento. Eu queria fazer uma menção honrosa ao Valhalla Rising, que embora não seja de terror é tão bizarro que quase parece um. Lembrei na hora da imagem que eu tinha de filme europeu antes de começar a assisti-los, era exatamente aquilo, hehe. Mas ok, vamos à lista.
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Deadgirl
Mas ok, do começo. Deadgirl começa com dois amigos do barulho passando uma tarde batutinha em um hospício fazendo coisas que até… ok, sem narração de Sessão da Tarde. Enfim, os amigos estão lá no hospício e por acaso descobrem no subsolo uma garota algemada em uma cama. E bem, ela é a garota que dá título ao filme, portanto você conclui antes dos amigos que apesar de respirar e se mexer, ela está morta. Um deles volta para casa, o outro decide que seria uma boa ideia transformar a zumbizinha em uma escrava sexual.
O Lobisomem
E para falar bem a verdade, passei boa parte do filme pensando no que é que as pessoas viram de errado nessa adaptação. Lembro que em uma das resenhas que li, diziam que o diretor não teve coragem de fazer horror de fato e a história ficou sem sal (digamos assim). Se for essa a razão mesmo, talvez a explicação seja o fato de que a versão que chegou nos cinemas tem lá 16 minutos a menos do que a versão do diretor (que foi a que eu assisti). E provavelmente boa parte das cenas gore do filme tenham ficado de fora para se ajustar a alguma classificação que atingisse um público maior, não sei.
Kick-Ass
Se esse primeiro momento do filme não te agradar, aguente as pontas. Eu também estava achando tudo meio bobo e pensando que bem, poderia estar vendo outra coisa que não isso. Aquele universo hiperbólico e cheio de tipos de filmes que misturam adolescentes e “vigilantes”, bem, acho que todos já vimos isso antes, com mais ou menos qualidade. Mas é quando somos apresentados a outros heróis que o filme começa a valer a pena.
Colin
É importante saber de início que a produção é famosa por ter custado algo em torno de 40 libras. Por 40 libras, você não vai esperar um Avatar, certo? E como toda produção-famosa-por-gastar-pouco-dinheiro, Colin conta com aquela irritante câmera no estilo documentário que irrita inicialmente, mas depois de algumas cenas se mostra razoável para o desenvolvimento da tensão (como por exemplo o zumbi na cozinha do protagonista, que você acaba vendo por um reflexo na torneira).
Alice no País das Maravilhas
A começar pelo desenvolvimento das personagens. Se em filmes como Peixe Grande somos apresentados a um Ed Bloom apaixonante até pelos elementos de seu passado, em Alice o ritmo do filme não permite desenvolver muito sequer a protagonista. Ok, temos lá a menininha com uma relação muito bacana com o pai, salta para a jovem prestes a se casar com um sujeito desagradável, salta para Alice chegando a Underland (etc.). Enfim, tudo rápido demais, o que não permite de fato que você se importe com a personagem principal. A simpatia maior fica para o Chapeleiro Louco, talvez a única personagem que conseguiu se destacar com a correria do roteiro.
O Segredo dos Seus Olhos
A intenção de escrever o romance é óbvia desde o início: o escritor reconhece que aquele caso foi uma das encruzilhadas em sua vida, um daqueles momentos decisivos que fazem toda a diferença por causa de suas ações e das demais pessoas envolvidas. Escrever sobre o assassinato é de certa forma repensar o que foi que fez dele o que é hoje, um sujeito que apenas vive, mas cheio de vazio.
Pontypool
E é justamente esse o aspecto mais positivo de Pontypool, filme de horror canadense que saiu lá fora no ano passado e ainda não tem previsão de estreia aqui no Brasil. Todos os elementos estão lá: é um inverno deprimente, em uma cidadezinha no meio do nada no Canadá (o que por si só já poderia criar a atmosfera claustrofóbica). Somos apresentados ao trio que cuida da transmissão matutina de uma rádio local: Grant Mazzy (o locutor), Sidney Briar (diretora do programa) e Laurel-Ann (auxiliar). É uma manhã comum, com Mazzy batendo boca com Briar por não poder falar o que quer, até que…
Caçador de Recompensas
E não pensem que é papo de pessoa querendo bancar de pseudo-intelectual descendo a lenha em comédia romântica, até porque quem frequenta o Hellfire sabe que eu até que sou chegadinha no gênero. Não vejo nada de errado em comédias românticas, desde que elas tenham um roteiro que não zoe da minha inteligência, que é o que aconteceu durante uma hora e tanto enquanto assistia ao filme.
Atualizando para você não esquecer
Já está à venda a tradução de Orgulho e Preconceito e Zumbis, publicado aqui no Brasil pela editora Intrínseca. Na Livraria Cultura dá para encontrar o livro por até R$26,91. Como eu ainda não republiquei minha opinião sobre o livro aqui no Hellfire, você pode conferir a resenha que escrevi lá no skoob.- E como falei em zumbis na literatura, a boa notícia da semana passada é que a editora Rocco publicará tradução de World War Z aqui no Brasil ainda em 2010. Ponto para a Rocco, porque como já falei bastante vezes por aí, foi o melhor livro que li no ano passado. Meus comentários sobre ele você pode conferir aqui.
- Passando dos zumbis para as adaptações de livros para o cinema, semana que vem está prevista a estreia de A Estrada (com Viggo Mortensen), baseado na obra de Cormac McCarthy que foi o melhor livro que li em 2008 (hehehe). A direção competente e as ótimas atuações garantem um filme para não deixar nenhum fã frustrado, eu garanto. Não perca.
- E para o pessoal dos estudos literários e demais humanidades que adoram e/ou estudam a cultura irlandesa, não deixem de conferir o tópico de divulgação sobre o 5th Symposium of Irish Studies in South America. Evento muito legal que acontecerá no fim de agosto e contará com a organização das sempre maravilhosas Luci Collin, Célia Arns de Miranda e Liana de Camargo Leão.