Como ser mulher (Caitlin Moran)

comoser(Atrasei o post para o dia 08/03 de propósito, há.)

Então que eu tinha me apaixonado por How To Build a Girl da Caitlin Moran e resolvi não me enrolar muito para ler o How To Be a Woman, que chegou aqui no Brasil em 2012 pela Paralela (Companhia das Letras) com o título Como ser mulher.1 Comecei a ler e senti um certo déjà vu: a chegada à adolescência de uma garota que vivia em uma família enorme e de baixa renda, que passava longe dos padrões de beleza típicos e estava desesperada para ter suas primeiras experiências sentimentais/sexuais. Ou seja: How to Build a Girl pode ser um romance, mas tem MUITA coisa da vida da Moran ali.

Tanta que ler Como ser mulher poderia ser até um pouco de desperdício de tempo, não fosse a estrutura do livro: apresentação de uma anedota do passado da autora para então passar a discutir o tema de um modo mais geral, enfatizando a abordagem feminista de diversos momentos que qualquer mulher atravessou da adolescência à fase adulta – mudanças no corpo, menstruação, primeiro beijo, primeira vez, gravidez, etc.

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  1. Ignoro o subtítulo que ganhou no Brasil. E fiquei curiosa aqui sobre o que fez com que a tradução perdesse aquele ‘uma’ 

How To Build a Girl (Caitlin Moran)

A história você conhece: um livro começa a aparecer aqui e ali, várias pessoas recomendando e então chega o fim do ano com aquelas ‘n’ listas de melhores e lá está ele, com a capinha verde dizendo LEIA-ME, LEIA-ME. Foi o que aconteceu comigo agora no final do ano. How To Build a Girl de Caitlin Moran ganhou o primeiro lugar na minha infinita lista de livros para ler meio que na base da insistência. Assim, não que eu não-seja-o-tipo-de-leitora de Caitlin Moran, é só que ela ainda não tinha entrado no meu radar e olhando pela sinopse não tinha nada em How To Build a Girl que fosse assim, livro para entrar em top5 de leituras do ano, por exemplo.

E aí eu comecei a ler, fechei meu top5 de leituras e agora queimei a língua e vou ter que colocar uma bônus track para a Dona Moran porque olha, garrei morzinho no livro. Antes de começar a falar dele, preciso avisar que: a) não acho que seja um livro para todo tipo de público. Já li resenha de gente que ficou ofendida com o senso de humor da autora, por exemplo. b) ele é um livro simples, que te ganha pelas ideias. c) além das ideias, é provável que role uma identificação se você foi um adolescente meio bizarro.

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