De todos os métodos para procurar novos livros para ler, um que nunca falha para mim é o “falatório entre conhecidos”. Se um amigo seu diz que leu e adorou, depois aparece uma resenha de um crítico que você normalmente lê, aí alguém fala no twitter, etc. etc. etc. pode saber: será no mínimo bom. Foi o que aconteceu comigo sobre Bonsai, estreia na ficção do chileno Alejandro Zambra. Lançado no mês passado aqui no Brasil pela Cosac Naify, desde então quase todos os meus contatos literários estão pelo menos em um dos dois estágios com esse livro: leu ou quer ler. E já acostumada a seguir sem medo o tal do “falatório entre conhecidos”, fui conferir o que esse livro tinha a oferecer (e saber o porquê, afinal, de falarem tanto sobre ele).
O que chama a atenção logo de cara é que Bonsai é curtíssimo. Dá pouco mais de 90 páginas, mas há de se considerar o projeto gráfico da publicação, que ocupa pouco espaço das páginas (ou seja, das 90 dá para dizer que ele provavelmente tem algo em torno de 60). Eu fiquei realmente curiosa se há alguma intenção de que o leitor apare as sobras do livro, como quem cuida de um bonsai. Confesso que ver o pontilhado da capa despertou em mim um desejo irresistível de fazê-lo, mas como sofri com meu Bartleby, resolvi deixar para lá qualquer exercício envolvendo tesouras ou guilhotinas e apenas ler. Continue lendo “Bonsai (Alejandro Zambra)”