Blade Runner entra em minha lista de filmes favoritos fácil, fácil. Os diálogos de Roy Baty (marcados com uma ironia triste) são simplesmente inesquecíveis. Mas o que os fãs do filme gostam de debater é se Deckard é ou não um andróide, e a partir daqui o post se enche de SPOILERS, então se você nunca viu Blade Runner corre lá e volte só depois para continuar lendo. Quanto ao filme, minha opinião ainda é a de que ele é sim um andróide, considerando o desfecho com o origami e tudo o mais. Mas isso não importa, porque eu quero falar é do livro do Philip K. Dick, “Do Androids Dream of Electric Sheep?“, que deu origem ao filme do Ridley Scott.
Vocês sabem, depois de Ubik virei fã desse autor. O modo como ele manipula a linha narrativa é único, e talvez ele seja um dos escritores que melhor lida com a questão da personalidade, não só do que pensamos que somos, mas também do que somos. E lá vem Sheep com esse elemento, então ler o livro sem lembrar da discussão nérdica “Será que o Deckard é ou não um andróide” foi simplesmente impossível para mim. Mas calma, calma, vamos por partes.
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