Como já devo ter contado por aqui, eu tive uma infância feliz. Andava de bicicleta pelo bairro, brincava na casa dos amigos, desenhava, escrevia, cantava, pulava. Tinha ‘n’ pretensões artísticas, que foram ficando para trás com a idade e o avanço da timidez. Planos malucos, esquecidos a partir do momento que deixaram de ser ‘planos’ e a palavra ‘malucos’ foi agregada. Enfim, criança típica de bairro.
Aí, quando você é uma típica criança de bairro, sua vida não é marcada por graaaandes tragédias ou tristezas. Pelo menos não até um certo ponto da sua infância (como quando você descobre que não importa o quanto você gosta de uma pessoa ou bichinho de estimação, às vezes eles morrem). Aí, de onde mais uma criança poderia tirar seu primeiro contato com a tristeza senão através do maravilhoooooso mundo do faz-de-conta hollywoodiano?