As novelas presentes na coletânea lembram muito a definição que Nádia Gotlib apresenta em Teoria do Conto: não tanto ligada ao tamanho do texto (alguns são curtos o suficiente para serem definidos como contos), mas por levar “a marca do eu criador (…) que tenta representar uma parcela peculiar da realidade, segundo seu ponto de vista único”. São indiscutivelmente marcados por um tom único que só Pirandello conseguiria imprimir aos pequenos retratos daquela Itália de Pirandello, vivendo a transição do passado com a modernidade, e talvez por isso mesmo misturando a melancolia com o humor de um jeito único. São pequenos recortes, alguns de momentos até bem banais (como o da novela que abre a coletânea, Limões da Sicília), com outros que trazem um toque sutil de fantástico, como O filho trocado. Continue lendo “40 Novelas (Luigi Pirandello)”