Eu só quero chocolate!

donotcry.jpgNão sou muito fã de chocolate e até passaria um bom tempo sem o doce. Mas não pude deixar de achar legal a série de fotografias da artista Sandra Bautista, baseada na idéia de como seria se coisas de nosso dia-a-dia fossem feitas de chocolate. Lá tem de tudo: dente de garfo, perna de de cadeira, anel e por aí vai. Mas as fotos mais bacanas mesmo são as que têm relação com o corpo humano, como esta com lágrimas de chocolate.

Já pensou na quantidade de gente se machucando de propósito depois do almoço só para colher algumas lágrimas de chocolate para a sobremesa? Outra bastante legal é a foto que se baseia na idéia de como seria se nosso sangue fosse chocolate:

Continue lendo “Eu só quero chocolate!”

Violent Cases (Neil Gaiman & David McKean)

violentcases.jpgQuímica. Está aí algo fundamental em qualquer trabalho que envolva mais do que uma pessoa. Tome os Beatles, por exemplo. Seria a mesma coisa se ao invés de Ringo Starr tivéssemos Staurt Sutcliffe? E como seria a copa de 94 sem Bebeto e Romário? E seguem exemplos infinitos, uma lista enorme mesmo. Dessa, certamente faz parte também a dupla Gaiman e McKean.

Pelo menos para nós, fãs de quadrinhos, dá para dizer sem nem piscar os olhos que se esses dois não tivessem começado a trabalhar juntos há mais de 20 anos atrás, a idéia de quadrinhos para adultos seria bem diferente. É por isso que Violent Cases (lançado em 1987, mas chegando aqui no Brasil no começo deste ano) é tão especial: trata-se da primeira graphic novel publicada pela dupla. Depois dessa, muitos outros trabalhos de sucesso viriam, entre eles, é claro, Sandman.

Continue lendo “Violent Cases (Neil Gaiman & David McKean)”

O Orfanato

the_orphanage_still03.jpgEu nunca tinha dado atenção para como o pessoal da língua espanhola parece ter um dom especial para histórias de fantasmas. Fugindo do esquema anglo-saxão de castelos e histórias de amor que não deram certo, a base nos filmes hispânicos é quase sempre um crime horrível – o que de certa forma traz a história para mais perto da realidade do que da fantasia, apesar do tema.

E isso é importante para a criação da atmosfera de horror. Se você embarca em uma história que desde o momento grita “É só uma história!” você não compra a idéia e consequentemente não tem medo. É por isso que Poe, por exemplo, é tão genial: o horror dele é o horror de sermos humanos e percebermos do que somos capazes no momento da loucura.

Continue lendo “O Orfanato”

Zack Snyder divulga figurinos de Watchmen

watchmen1.jpg

Eu tinha até uma certa esperança que o projeto fizesse tchibum e ficasse só no papel mesmo, mas parece que a produção de Watchmen, baseada em uma HQ de Alan Moore, realmente está engrenando. E agora, faltando menos de um ano para a data prevista para a estréia do filme, o diretor Zack Snyder (de 300) divulgou fotos dos figurinos de algumas personagens da HQ.

Estão lá: Comediante, Coruja, Ozymandias, Rorschach e a Espectral. Tá que a personagem que eu mais tinha curiosidade de ver como ficará, o Dr. Manhattan, eles ainda não disponibilizaram. Até porque um cara azul com cueca preta não deve ser, ahn, algo fácil de retratar na película sem que fique simplesmente ridículo. De qualquer forma, deixo aqui uma comparação HQ – Cinema para vocês verem como pode ficar o Watchmen (aposta: Moore não gostará MAIS uma vez).

Continue lendo “Zack Snyder divulga figurinos de Watchmen”

E seguindo a trilha de Radiohead…

pic_home.jpgEis que o nine inch nails lança um novo álbum e coloca (algumas) músicas disponíveis para download gratuiro no site da banda. Trent Reznor não foi tão radical quanto o Radiohead, mas o projeto em si é grandioso. Ghosts I-IV apresenta 36 faixas instrumentais, todas gravadas durante dez semanas no último outono.

A sensação que dá é que o nin é mais um daqueles casos nos quais o artista se dá conta da existência da internet (muitos da indústria fonográfica AINDA preferem ignorar) e tenta a adaptação através de duas opções (o download gratuito de nove faixas ou o download do álbum completo por cinco dólares).

Continue lendo “E seguindo a trilha de Radiohead…”

Volta às aulas

Eu olho esse produto meigo

sadie_sharpener.jpg

E fico cá lembrando da fala do gurizinho de O Sexto Sentido, na qual dizia que começou a desenhar arco-íris ao invés de pessoas mortas porque não faziam reuniões sobre arco-íris. O pior é pensar que se não fossem as encheções para importação, eu provavelmente compraria esse apontador.

Superstar (Sonic Youth)

p1020157.JPGAcho que tenho um sério problema com as músicas. Tirando raras exceções, nada do que eu gosto é de fato novo. Veja por exemplo a canção que não sai da minha cabeça (nem com quiboa!), Superstar do Sonic Youth. Para começar, é cover que apareceu em um álbum tributo em 1994, de uma música gravada em 1971 pelos Carpenters.

E na realidade, a música nem é dos Carpenters mesmo, eles adicionaram verso e blablabla, mas ela é de 1969 e reza a lenda que a canção pertence aos Bramlett e amigos (incluindo aí entre os amigos o sr. Eric Clapton) e o título inicial era “Groupie Song” (o que faz muuuuuito sentido, se você reparar na letra).

Continue lendo “Superstar (Sonic Youth)”

Deuses Americanos de graça!

deuses.jpgNeil Gaiman é mesmo um cara genial. Não, não cheguei a brilhante conclusão por ter lido mais algum livro dele, mas é por causa da última que ele aprontou. O blog dele fez aniversário no mês passado, e como parte das comemorações ele colocou lá uma enquete perguntando “Se você fosse oferecer um livro meu para uma pessoa conhecer minha obra, qual livro seria?”

Ganhou Deuses Americanos (embora eu ainda ache que Lugar Nenhum seria uma obra mais apropriada para “apresentações”, mas enfim, democracia é uma droga). E aí vem a surpresa: ele disponibilizou o Deuses Americanos na web, de graça! Ficará no site da HaperCollins durante todo o mês de março, e ele já pediu para que todos anunciem alegando que se o negócio funcionar:

Continue lendo “Deuses Americanos de graça!”

Não deixe que pensem por você

revista vejaQuando estava lá no meu primeiro ano da escola de jornaleira (o único que cursei :mrpurple: ), lembro de um professor dizendo que a partir do momento que fizemos a matrícula, ler MUITOS (se possível TODOS) jornais e revistas seria fundamental. E eu tenho cá como hábito estar sempre atrás de notícias, em fontes variadas. Atualmente, é claro, acompanho a maioria dos periódicos pela web, mas também assino revistas como a Veja.

O negócio é: de uns tempos para cá ela está tão, mas TÃO exageradamente panfletária que parece ter esquecido algumas coisas que eu, com meu único ano de jornalismo, jamais esqueci. Não é questão de ser imparcial, porque todos sabem que a Veja não é imparcial – e nenhuma revista tem a obrigação de o ser, vide Carta Capital, por exemplo. Mas o que a Veja tem feito é um exemplo bizarro de mau jornalismo, conforme apontado por Luís Nassif: manipulação de informação, acusações com provas forjadas e por aí segue.

Continue lendo “Não deixe que pensem por você”