O Coringa e o Oscar

tdk-aug3-jokr-high-res-2Desde que saíram as indicações do Oscar de 2009, uma das coisas que mais têm agitado a nerdaiada é o fato da premiação ter simplesmente ignorado O Cavaleiro das Trevas, deixando para o filme apenas indicações mais técnicas (edição de som, maquiagem, efeitos sonoros, efeitos especiais, edição, etc.) e ficando apenas com a indicação póstuma para Heather Ledger como ator coadjuvante pela interpretação do Coringa. Eu, devo ser uma das poucas fãs de Batman que acha que esse filme não é tuuuuuudo isso e que no final das contas a academia não errou ao excluir o filme dos prêmios principais.

Caindo na real, o que esse Batman tem de tão diferente do anterior, o Batman Begins? “Orra, Anica! Tem o Coringa! Muito foda o Coringa, o Ledger fez um trabalho de interpretação superior ao Jack Nicholson, Coringa-eô!”. Hum. Certo. Vamos conversar um tico sobre o Coringa então.

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Pá-pum cinéfilo (parte II)

Ontem eu comecei uma lista com breves comentários sobre os filmes que assisti agora em janeiro (férias, iei!), mas resolvi dividir a lista em duas partes para que não ficasse um texto muito longo (daqueles que ninguém lê, menos a Roberta para quem sempre dedicarei meus posts mais compridos). Se você chegou agora através de Google ou algo que o valha, a primeira parte dos comentários está aqui. Então sem mais enrolações, vamos lá para o Pá-pum cinéfilo parte II.

myblueberrynights_posterUm Beijo Roubado (2007): Sabe aqueles filmes bonitinhos em que nada realmente relevante acontece, mas mesmo assim você vai até o fim e acha bem bacana? Poisé. Porque em Um Beijo Roubado temos Norah Jones como Elizabeth, uma garota que viaja o Estados Unidos trabalhando como garçonete, conhecendo pessoas que mudam sua vida e blablabla. Se for pensar bem, é tipo um Na Natureza Selvagem de menina, mas sem mato e sem bocó morrendo de fome no final. Gostei muito de alguns diálogos, embora outros fossem ahn… sabe daqueles que o cara fala um monte de coisa de uma forma cool mas no final não disse nada com nada (Wait, what?)? Poisé. A metáfora da torta de blueberry, por exemplo, eu ainda não saquei, para ser bem sincera. Aquilo era para ser algo para animar o humor da menina? Era uma cantada? Era só um treco para estabelecer uma relação entre o rapaz e Elizabeth? Se alguém souber explicar, por favor, é só usar os comentários abaixo. Mas sim, é um filme bem legal. E tem a Cat Power, iei.

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Pá-pum cinéfilo (parte I)

promocaocinemaEstou nos últimos dias das minhas férias e resolvi aproveitá-los assistindo filmes, sabe como é. Oscarizáveis, alguns do ano passado que deixei passar batido, velharias que morria de vergonha por nunca ter visto… o básico. Então, ao invés de fazer váááários posts sobre o que tenho visto, resolvi fazer um só com comentários breves mesmo. Até porque eu ainda acho que nunca ninguém chega até o fim dos posts mais longos mesmo, há, há.

Então, fora A Duquesa (indicado ao Oscar de Melhor Figurino e de Melhor Direção de Arte) e Repo! The Genetic Opera (Paris indicada ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante) dos quais já falei por aqui, vamos lá para o pá-pum cinéfilo. De repente serve pelo menos como sugestão de filme para ver (ou evitar!), se você estiver meio à toa na vida num dia friozinho como o de hoje, hum.

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Edgar Allan Poe

poePara celebrar o que seriam os 200 anos do meu escritor favorito de todos os tempos (hehe), fiz aqui um copy paste frankenstein da minha monografia. Espero que tenha algumas informações novas para vocês, fãs do autor. Eu ainda acho que como contista ele pode ser colocado facilmente no pedestal dos melhores de todos os tempos. A forma como ele desenvolve as narrativas é fenomenal, e muito embora a preguiça tenha falado mais alto e eu tenha deixado essa pesquisa de lado, ainda acredito que Machadão contista aprendeu muito com Poe. E eu duvido que tenha alguém que tenha o mínimo de leitura e não conheça o poema O Corvo. É como dizia Leminski:

afinal
somos todos
frutos
da
mesma
POE TREE

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Aniversários

janusJaneiro, o mês mais bizarro do ano, especialmente aqui no Brasil. Diz a lenda que o ano só começa depois do Carnaval, então janeiro ainda é aquela coisa meio nebulosa, nada extraordinário acontece porque todo mundo está na praia e blablabla. Acho que é para compensar essa mesmice que vez ou outra somos presenteados com fatos importantes, como por exemplo… hummm… que tal isso: o lançamento de Sandman! Há! O Ambrosia está fazendo um esquema bem legal para comemorar o aniversário de 20 anos de lançamento da revista, incluindo uma promoção para blogueiros. E mudaram até o template, usando como fundo um pedaço de uma das capas de Sandman, bem legal.

Tem os aniversários de pessoas também, né. 19 de Janeiro Edgar Allan Poe estaria completando 200 anos. Se bem que se ele estivesse vivo agora, provavelmente muito das bizarrices da biografia dele seriam verdade, né. Enfim, para celebrar a Saraiva está com uma sessão especial de livros do Poe. Se você ainda não conhece Mr. Poe, eu acho que o aniversário é mais do que uma boa desculpa para conhecer. Eu voltarei a falar dele no dia 19, prometo.

E dia 18 tem o meu, há, há.

Repo! The Genetic Opera (agora eu vi!)

Estou desde a metade de novembro morrendo de curiosidade sobre esse musical, Repo! The Genetic Opera. No meio tempo já tinha baixado a trilha sonora e já sabia algumas músicas de cor, por exemplo Zydrate Anatomy. E sabe como é, lançamento especial, só em algumas cidades dos Estados Unidos, estava quase sem esperanças de conferir o filme. Eis que ontem FINALMENTE eu consegui assistir e, o que é melhor, não foi uma decepção.

Sabe como é, sempre fico com medo quando crio muita expectativa sobre algo porque invariavelmente quebro a cara. Assisti Repo! pensando que seria um Rocky Horror sem o humor (ahn?!). De qualquer modo, gostei. O filme começa com um breve resumo dos fatos através do que seriam páginas de quadrinhos (o recurso aparece bastante ao longo da história, aliás). Ficamos sabendo que uma epidemia tomou conta do planeta, causando falência dos órgãos vitais. Nesse cenário aparece a empresa GeneCo, que clona órgãos e vende em prestações que, caso a pessoa não consiga pagar, será tomado pelo Repo Man.

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Warm Bodies (Isaac Marion)

warmbodiesLembram que certa vez fiz um top5 com meus posts favoritos, eentre eles citava um do Jesus me chicoteia!, que tratava-se de uma tradução do conto “I am a Zombie Filled With Love“, de Isaac Marion? Pois então. Se você não leu o conto ainda, mais uma vez eu divulgo o link da tradução do Marco Aurélio, e também do original. Leia, porque vale a pena.

Leu?

Ok, agora a notícia boa. O autor do conto desenvolveu a idéia em um romance, chamado Warm Bodies. Tem até um videozinho para divulgação, que é bem legal. Notícia boa é que já dá para comprar o livro. Notícia ruim é que não é através de uma loja nos esquemas Amazon, é so site do autor mesmo, então tem que ir na confiança (custa 14 doletas o livro, mais 12 doletas o frete).

O blogueiro da novela

all-work-and-no-play-makes-jack-a-dull-boyAqui e acolá alguns blogs já começaram a comentar o fato de que a próxima novela da Globo contará com um “blogueiro” como uma das personagens. E acabo de ver no G1 que a tal da Caminho das Índias apresentará também uma personagem que é solteirona na vida real, mas que no Second Life “esbanjará sensualidade e viverá diversas aventuras”.

Eu não suporto novela. Não assisto desde… ahn… sei lá. Perigosas Peruas? De qualquer modo sei que isso pode afetar meu julgamento, mas a grande verdade é que eu sempre vejo a Globo como aquele tiozão que não sacou que já está velho e fica tentando se enturmar com a garotada. Second Life? Alguém ainda usa isso? Argh. Deixo então vocês com uma dica que o Inagaki (blogueiro de verdade!) deu lá no Twitter: lembram do livro que o Jack Torrance escreve em O Iluminado? Pois é. Um fã lançou “a obra”.

One Month Off

O lançamento do álbum é agora para 26 de janeiro, mas o video já está rolando tem coisa de um mês. Muito legalzinho, na primeira vez até esqueci de ouvir a música, hehe. Por outro lado, quando você presta atenção na música o refrão gruda na cabeça igual a chiclete no asfalto ao meio-dia num verão qualquer.

A Duquesa

theduchessEntão que aproveitando as férias e aquele frio bizarro de ontem puxei meu cobertor e fui para a sala ver filminho. O que eu tinha disponível em DVD era A Duquesa, que estreou nos cinemas brasileiros em novembro do ano passado. Com Keira Knightley no papel da tal da Duquesa de Devonshire do título, e Ralph Fiennes como o maridón Duque, a história começa com tela negra e letrinhas brancas anunciando: baseado em uma história real. Eu desconheço a história de toda a realeza britânica, então não sei o quão reais são os fatos relatados ali, então deixei de lado a História e assisti só o Drama.

Como tal, A Duquesa é um filme acima da média. A história narra basicamente a vida de Georgiana1 após o casamento com o Duque de Devonshire. Digamos que o Duque não é exatamente um sujeito fiel, e no auge da sacanagem acaba levando a amante para viver com ele e com Georgiana. Acho que aqui dá para entender mais ou menos como se desenha a vida da duquesa: presa a um homem que odeia e que a odeia, por meras convenções sociais.

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  1. Uma Spencer, tal como a Lady Di. Fico cá pensando se não foi um jeito de criticar as relações Charles e Diana sem arrumar encrenca