Supernatural (Segunda Temporada)

supernatural2Na realidade eu terminei a segunda temporada na segunda-feira (uuuuhhh!), mas acabei comentando sobre outras coisas e deu no que deu, post só agora. Um comentário bastante comum que tenho ouvido (ou lido, sei lá) dos fãs da série é que a primeira e a segunda temporada são fracas, que boas mesmo são a terceira e a quarta. Se isso for verdade, uou, então eu acho que vou adorar o que está por vir. Porque a primeira me fez querer acompanhar a série, e a segunda me fez gostar tanto que hoje já estou em crise de abstinência aqui, louca para assistir mais um episodiozinho.

Uma coisa que achei muito legal é que desenvolveram bem as personagens. Acho que já tinha comentado isso sobre The Mentalist uma vez, mas é mais ou menos assim: algumas vezes a história em si pode ser até meio bocó, sem grandes sustos ou surpresas. Mas Dean e Sam vão ganhando cada vez mais cores, e ficando mais interessantes. Alguns episódios ali não eram sobre criaturas sobrenaturais, mas sobre eles mesmos – mas conduzido com senso de humor, o que tornava tudo ainda mais interessante.

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2001: Uma Odisseia no Espaço (Arthur C. Clarke)

Eu não sei quantos de vocês já viram o filme de Stanley Kubrick, 2001: Uma Odisseia1 no Espaço. Reza a lenda que é o melhor filme de ficção científica de todos os tempos, opinião que eu não posso contrariar uma vez que essa nem é minha praia. Verdade seja dita, essa nunca foi minha praia. O fato de viver com um nerd acaba trazendo certas consequências, e uma delas é de quando em quando ler um sci-fi. Mas ok, eu acho que fico ali com o Philip K. Dick mesmo, não me leve à mal Arthur C. Clarke.

Nada contra espaçonaves e afins. É só que é descritivo demais. Obviamente eu fico pasma ao constatar que o cara conseguiu “profetizar” muito do que viria no campo das viagens espaciais, mas quando eu leio um livro eu espero mais do que a descrição de um quadro, digamos assim. E antes que comecem a atirar pedras: eu gostei do livro. Só não achei que seja um daqueles que mudaram minha vida após a leitura. Li porque a narrativa flui bem, porque tinha curiosidade e porque, diabos! Porque dizem que o livro explica aquele final wtf do filme.

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  1. sou só eu ou vocês também acham estranho o título pós-reforma ortográfica?  

True Blood S02E06: Hard Hearted Hannah

truebloods02e06Então que eu estou fazendo meu intensivão de Supernatural (acho que hoje à noite termino a segunda temporada) e True Blood acabou ficando abaixo na lista de prioridades, porque quero acabar a quarta temporada antes de morrer de gripe suína de começar a quinta. Aquela coisa, acompanhar em tempo real e tudo o mais. Mas mesmo não assistindo eu dei uma olhada no que estavam falando por aí sobre esse sexto episódio do segundo ano, Hard Hearted Hannah. Achei que seria um daqueles UOUUUUUU mas blé, na minha opinião foi meio arrastado.

Começamos com a conversa entre Eric e Lorena, com Eric deixando bem claro que quer Bill longe de Sookie. Será que já há mais interesse aí do que os poderes dela? Pam finalmente apareceu novamente, embora por pouco tempo, apenas para pedir que Lafayette voltasse a comercializar V. Uma pena, a temporada chegando na metade e pouco espaço deram para essa que é uma das melhores personagens do livro.

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Robert Johnson

robert_johnsonNão me levem a mal, de certa forma é claro que eu já conhecia o Robert Johnson. Lembro até dele em um TOP TOP da MTV, hehe. Aliás, o Johnson apareceu naquele episódio das mortes bizarras da música, fazendo parte do seleto grupo dos músicos que morreram aos 27 anos (outros membros do clubinho:  Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain). O nome é tão envolvido por lendas que mesmo quem não é muito fã de blues em algum momento já ouviu falar dele. Mas aquela coisa, ouvir uma música aqui, outra acolá não é conhecer – por isso eu declaro que oficialmente o conheci ontem.

E isso por causa de Supernatural, haha. No episódio Crossroads Blues (S02E08) Dean e Sam acabam retomando mais uma das histórias envolvendo o músico, a de que ele teria vendido a alma para o diabo para ser o melhor bluesman de todos os tempos. Deixando de lado as lendas e o seriado (que ei, pode até ficar bem ruinzão lá pela frente, mas só pelo Johnson e o Blue Öyster Cult já valeu a pena ter assistido, hehe), o fato é que ele é realmente MUITO bom, e é realmente uma pena que ele tenha morrido1 tão jovem, deixando tão pouco para nós escutarmos.

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  1. aqui temos mais lendas: ninguém sabe ao certo como foi, as teorias vão de envenenamento até sífilis 

Supernatural (Primeira Temporada)

supernaturalUma amiga minha comentava que não entendia aqueles locutores de jogos de futebol que ao narrar uma partida que já tinha acontecido e cujo resultado eles já sabiam, faziam todo um estardalhaço na hora do gol. No final das contas eu estou me sentindo um pouco como um desses locutores ao vir falar aqui da primeira temporada de Supernatural, série que começou a passar lá fora em 2005 e esse ano chega a quinta (e provavelmente última) temporada. Todos que acompanharam os primeiros episódios devem ter pensando o mesmo “WTF, QUE SEASON FINALE É ESSE?”, mas aí eles conversaram juntos sobre isso, ficaram procurando spoilers durante o intervalo para a segunda temporada, etc. etc. etc.

Mas hey, pelo menos estou vendo agora né? Com sorte acabo a tempo de acompanhar o quinto ano  (primeiro episódio previsto para 10 de setembro). Antes de começar a falar sobre a primeira temporada, vamos para o essencial que deve ser dito: é uma série de terror/aventura. Se essa não é sua praia, é meio óbvio que você não vai gostar. Pronto, agora vamos para o primeiro ano.

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Cristal na Veia (Nic Sheff)

cristalnaveia_212x300Livros sobre ex-viciados relatando o período no qual consumiam drogas dificilmente são muito diferentes entre si. Quando você começa a ler algum título como Christiane F., Trainspotting ou mesmo o lançamento da editora Agir, Cristal na Veia, invariavelmente somos apresentados à personagens que começaram a drogar-se para escapar de uma realidade incômoda, acreditavam ter controle sobre o consumo e em dado momento se dão conta do estrago que fizeram em suas vidas por causa da dependência química.

Por causa disso, o interessante em livros desse tipo não é exatamente o que se conta, mas como se conta. No caso de Nic Sheff, ele consegue se destacar com o segundo. A escolha é a de uma narração em primeira pessoa, carregado de marcas de oralidade que dão a sensação de que ele está ali, na sua frente, contando como um rapaz de 18 anos se envolveu com a metanfetamina e luta para retomar (e agora manter) o controle da própria vida.

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O Clube de Leitura de Jane Austen

jane_austen_book_club1jpgEntão que aproveitei que Fábio estava jogando rpg para assistir mais um chick flick. Porque sabe como é, dentro de mim mora uma mulézinha que adora filmes fofos com uma moral no final da história. A de O clube de leitura de Jane Austen (lançado direto em DVD no ano passado aqui no Brasil) não é muito diferente de algo que Jim Morrison já cantava lá em Riders on the Storm: Girl ya gotta love your man. Ok, ok… com mais firulinhas do tipo “Não tente mudá-lo”, “Não tente controlá-lo”, “Perdoe a traição”, etc. Eu confesso que fiquei surpresa ao ver que o filme foi dirigido por uma mulher, sério.  Mas ei, calma, calma! Tirando isso de lado (e ok, para alguns de vocês o fato de ser chick flick), O clube de leitura de Jane Austen é legal.

O que fez com que eu o escolhesse esse título entre outras tantas comédias românticas disponíveis foi o fato de que muitos dos usuários lá do Meia Palavra chegaram procurando por um Clube de Leitura após assistir a esse filme. E eu pensei com meus botões que a história deveria ser no mínimo interessante para convencer o pessoal a procurar pelo Google por um clube para debater livros. E pelo menos a parte da discussão dos livros é.

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True Blood S02E05: Never Let Me Go

s2-22Eu estou gostando bastante da segunda temporada, mesmo. Mas achei esse episódio meio desnecessário, não acrescentou muita coisa nova (o que tem se repetido, convenhamos) e embromou nas questões já levantadas antes. Aquela coisa que estava comentando sobre o roteiro já fez diferença também. Não que não tenha bons momentos, mas não flui tão bem como quando o Alan Ball escreve (e como foi no episódio anterior). O melhor de todo o episódio foi Jessica louca da vida, batendo a porta do quarto e gritando: Você se arrependerá quando eu tiver algum distúrbio alimentar!!

No mais, casais por todos os lados. Tara se ajeita com Eggs, Sookie curte a viagem em Dallas com Bill, Terry e Arlene, Hoyt e Jessica (muito fofo!), Sam aproveitando que acaba de descobrir que Daphne é uma shapeshifter como ele, Sarah atacando Jason na banheira… E por aí vai. De mais relevante mesmo só a resposta de por que Eric está tão incomodado com o sumiço de Godric: foi Godric que o transformou em vampiro.

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Harry e Sally

harrysally2Vi uma reportagem no G1 que comemorava os 20 anos daquela que considero a melhor comédia romântica de todos os tempos: Harry e Sally. Sim, sim. Aqueeeela na qual a Meg Ryan finge um orgasmo em uma lanchonete lotada. O filme foi lançado em 21 de julho de 1989, quando eu ainda tinha 8 anos de idade e não tinha qualquer expectativa sobre os encontros e desencontros de uma relação com outra pessoa. Na realidade só fui assistir ao filme em 2003, quando simplesmente me vi em cada fala da personagem Sally, como quando ela dizia indignada para Harry, após uma baita declaração de amor que sinceramente é uma das minhas favoritas de todos os tempos1 : Viu só? Isso é bem típico de você Harry. Você diz coisas como essas e torna impossível odiá-lo.

É um daqueles filmes gostosos de assistir. Gostosos mesmo, como uma bomba de chocolate: você sabe que será doce, mas a dose de sacarina é equilibrada, de tal forma que não torna a experiência enjoativa, mas no final das contas deixa aquele gostinho de quero mais. E muito disso é porque tanto pelo roteiro quanto pelas atuações de Meg Ryan e de Billy Crystal o casal é completamente crível, e por isso a identificação.

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  1. I love that you get cold when it’s 71 degrees out. I love that it takes you an hour and a half to order a sandwich. I love that you get a little crinkle above your nose when you’re looking at me like I’m nuts. I love that after I spend the day with you, I can still smell your perfume on my clothes. And I love that you are the last person I want to talk to before I go to sleep at night. And it’s not because I’m lonely, and it’s not because it’s New Year’s Eve. I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want the rest of your life to start as soon as possible. 

Bloody Bones (Laurell K. Hamilton)

bloodybonesNo natal ganhei do Fábio uma caixa com quatro primeiros livros da série Anita Blake: Vampire Hunter. Sobre o primeiro, Guilty Pleasures (traduzido aqui no Brasil como Prazeres Proibidos) eu cheguei a comentar aqui no Hellfire mesmo: praticamente devorei o livro, e achei extremamente divertido (e ótimo para curar ressaca de Crepúsculo, hehe). Sobre o segundo, The Laughing Corpse (sem tradução no Brasil), comentei no blog do Meia Palavra em um post sobre zumbis na literatura. Sobre os outros dois (Circus of the Damned e The Lunatic Cafe) eu não comentei em lugar algum porque não me diverti taaaaanto assim.

Aquela coisa: ler essa coleção como arte não dá, porque não é o caso. É entretenimento. E se não cumpre o propósito, eu acabo não me empolgando muito. Mas claro, muito provavelmente os livros não me agradaram pela questão pessoal de eu não suportar histórias com lobisomens e shapeshifters em geral, de repente se essa é sua praia você deveria dar uma conferida. De qualquer modo, eu já estava meio desanimada sobre a série da Anita Blake, mas resolvi dar uma chance e comprar o quinto livro da série, Bloody Bones.

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