True Blood S03E01: Bad Blood

Depois de uma espera com campanha de publicidade bem bacana, incluindo a ideia de minisodes, eis que True Blood finalmente volta para a terceira temporada com o episódio Bad Blood. Aquela coisa: não dá para dizer muito sobre toda a temporada baseado-se apenas em um episódio, mas a primeira sensação que tive é que voltaram a apelar para o sexo como acontecia na primeira temporada. Algumas situações tinham alguma coisa a ver com a história mas outras foram colocadas de forma desnecessária. Ok que envolvia Eric, mas qualé, eu meio que já passei da idade para ficar empolgada com uma cena só porque mostrava a derrière de um ator gostosão.

De qualquer modo, não é nada que tenha estragado o episódio, que foi até bem legal. Situou bem as personagens e conseguiu dar conta da tarefa de ligar o final da segunda temporada com as novas situações que estão para acontecer agora na terceira. Talvez a única coisa chata mesmo continue sendo a Tara, mas vá lá, já vi tanta gente elogiando a personagem que estou achando que é invocação só minha.

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The Mentalist (Segunda Temporada)

Eu tinha começado a segunda temporada até que empolgada – cheguei até a comentar alguns episódios aqui no Hellfire.1 Nos primeiros episódios tivemos a presença de um novo antagonista para Jane, o agente Bosco que tinha assumido o caso de Red John e que odiava o mentalista e estava dificultando bastante o acesso à novas informações sobre o assassino. Mas aí chegou ali pela metade e a segunda temporada perdeu o gás. Poderiam ter prolongado um pouco mais a relação Jane x Bosco, mas resolveram botar um fim no sujeito.

Depois disso, o que veio foi um episódio após o outro montados sempre no mesmo esquema: crime acontece, ninguém faz ideia de quem é o assassino, uma situação absurda leva ao criminoso para descobrirmos no fim que era só uma armação do Jane, que já sabia de tudo. Ah, tá. Eu sinceramente gostava mais quando mostravam a linha de raciocínio da personagem, de como ela chegou a conclusão de que fulano de tal tinha matado ciclano – lembrava as explicações de Sherlock Holmes para Watson, aquela coisa de “Noooossa, como não percebi?!”

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  1. eles se foram com o apagão, quando tiver tempo recuperarei os posts, ou não hehe 

Deadgirl

Já tinha um bom tempo que estava curiosa sobre esse filme, até porque li várias resenhas extremamente favoráveis. Aquela coisa de “não é só um filme de terror” e blablabla. Bom, talvez Deadgirl fosse um filme bacana se fosse um filme de terror. Até porque qualquer tentativa de leitura alegórica do que é visto ali acaba esbarrando em questionamentos básicos – para não falar que eu ainda acho que a narrativa foi extremamente mal montada.

Mas ok, do começo. Deadgirl começa com dois amigos do barulho passando uma tarde batutinha em um hospício fazendo coisas que até… ok, sem narração de Sessão da Tarde. Enfim, os amigos estão lá no hospício e por acaso descobrem no subsolo uma garota algemada em uma cama. E bem, ela é a garota que dá título ao filme, portanto você conclui antes dos amigos que apesar de respirar e se mexer, ela está morta. Um deles volta para casa, o outro decide que seria uma boa ideia transformar a zumbizinha em uma escrava sexual.

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O Lobisomem

Baseado no clássico de 1941 que contava com Lon Chaney no papel principal, esse novo O Lobisomem com Benicio Del Toro não teve exatamente a recepção que eu esperava. Por causa disso, acabei adiando o dia em que finalmente iria conferir o que para mim seria um daqueles raros casos de filme de terror com boa qualidade (que não se sustenta só no humor ou na tosqueira, digamos assim). E sabe como é, quando você tem baixas expectativas, as chances de se decepcionar também são baixas.

E para falar bem a verdade, passei boa parte do filme pensando no que é que as pessoas viram de errado nessa adaptação. Lembro que em uma das resenhas que li, diziam que o diretor não teve coragem de fazer horror de fato e a história ficou sem sal (digamos assim). Se for essa a razão mesmo, talvez a explicação seja o fato de que a versão que chegou nos cinemas tem lá 16 minutos a menos do que a versão do diretor (que foi a que eu assisti). E provavelmente boa parte das cenas gore do filme tenham ficado de fora para se ajustar a alguma classificação que atingisse um público maior, não sei.

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Bartleby, o Escrivão – Uma história de Wall Street (Herman Melville)

Ao mostrar minha edição de Bartleby, O Escrivão para minha mãe, falei toda orgulhosa que era “um Cosac Naify” e então expliquei que era o equivalente para uma pessoa que gosta muito de moda comprar um produto de grife. Ok, a compração é meio leviana, mas a verdade é que os preços da Cosac são diretamente proporcionais ao capricho das edições, e toda vez que consigo colocar um na minha estante, fico toda serelepe. Mesmo que seja fininho como esse Bartleby1

Mas aí tem toda a história do dizáin do produto, né? Eu não sou exigente, normalmente uma “edição caprichada” para mim tem lá o meu amado papel pólen e capa dura. Mas no caso de Bartleby, você leva para casa o 3º colocado do 7º Prêmio Max Feffer de Design Gráfico. Hum. Confesso que quando chegou aqui em casa pensei que meu livro estava zoado, e depois pensei “Ahá, nova noção de literatura hermética!” (sacou, sacou?). O livro vem com a capa costurada, e as páginas precisam ser “rasgadas” para serem lidas. Explicação da editora:

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  1. eu estava prestes a dar a dica que na Saraiva somando com a promoção do desconto progressivo saiu por menos de 15 reais, mas agora lá já está na casa dos 31 e no site da Cosac por 37. Blé.  

2010 FIFA World Cup: United

É, eu sei. O comercial também pode ser visto como uma total alienação de todos os povos temporariamente (ópio do povo?) mas eu sinceramente prefiro deixar a ranzince de lado e simplesmente curtir. Foi muito bem sacado e emociona mesmo se você curte Copa do Mundo e afins, e ter a voz de Bono Vox narrando de certa forma parece dar um extra. Se não viu ainda, está passando na ESPN.

Excalibur (Bernard Cornwell)

Finais de sagas são sempre tristes. Não importa se porque a conclusão por si só seja melancólica ou feliz, a verdade é que depois de ler vários livros acompanhando uma determinada personagem, você se apega e aí às vezes a “tristeza” do fim tem mais a ver com a despedida do que com o término da história. E não poderia deixar de ser assim com Excalibur, que completa a trilogia As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell.

Eu não vou dizer que me apeguei tanto assim à Derfel e cia. São apaixonantes (especialmente Artur, que na maioria das lendas é só um bundão enganado por todos e aqui é um líder cativante) e algumas delas odiosas (lembrando aqui de Lancelote, sempre um dos favoritos em histórias de Artur, e descrito por Cornwell como o mais asqueroso dos covardes). Mas talvez o fato de não ter lido um livro seguido do outro pode ter pesado um pouco na questão do “apego”.

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Copa do Mundo

O ano é 2006. Copa do Mundo de futebol. Lapônia e Mônaco disputam a final do torneio, com a Lapônia sagrando-se campeã por inacreditáveis 21×0, com gols de Erik Lamøy (4), Tom Høgli (3), Jonas Johansen (3), Espen Bruer (2), Torkel Nilson (2), Olav Råstad (2), Trond Olsen, Steffen Nystrøm, Espen Minde, Matti Eira e Leif-Arne Brekke. Se você está achando isso tudo meio esquisito e pensando que é descrição de alguma realidade paralela, calma, amiguinho. Estou falando sim de futebol e de uma Copa do Mundo. Mas essa não é a Copa da FIFA, mas NF-Board. O torneio citado contou com a participação de quatro equipes: Lapônia, Mônaco, Camarões do Sul e Occitânia.

O que esses times tem em comum? Fora o fato de que se em alguns casos você falar deles a pessoa pensará que você está inventando história (Lapônia?! Camarões… do Sul?!), a verdade é que o que une essas equipes é o fato de não fazerem parte da lista dos times inscritos na FIFA. Trocando em miúdos, por não serem reconhecidos como estados soberanos, eles não fazem parte do clubinho.

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Kick-Ass

Já ali no começo o protagonista do filme pergunta como com tantas histórias em quadrinhos e filmes mostrando heróis, nunca ninguém teve a ideia de também ser um. E isso já te prepara para o que vem por aí: pessoas comuns, que resolvem tomar para si as “grandes responsabilidades” mesmo que não tenham “grandes poderes”. É então que começamos a acompanhar a história de Dave Lizewski, um adolescente normal (ok, nerd e loser) que cansado de apanhar de valentões começa então a “lutar o crime” como Kick-Ass.

Se esse primeiro momento do filme não te agradar, aguente as pontas. Eu também estava achando tudo meio bobo e pensando que bem, poderia estar vendo outra coisa que não isso. Aquele universo hiperbólico e cheio de tipos de filmes que misturam adolescentes e “vigilantes”, bem, acho que todos já vimos isso antes, com mais ou menos qualidade. Mas é quando somos apresentados a outros heróis que o filme começa a valer a pena.

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