True Blood S03E05: Trouble

E então com Trouble (S03E05) eu acho que já dá para dizer que a terceira temporada de True Blood está sendo a melhor de todas. Porque a primeira eu acho que errava em carregar demais na parte do sexo (reclamação da maioria que acabou desistindo de acompanhar a série pela metade da temporada) e a segunda… bem, vocês sabem minha opinião sobre aquele plot idiota da Menade. Mas a terceira está ótima – o sexo está lá, mas não é de forma gratuita como eram as cenas do Jason do primeiro ano. O plot dos lobisomens está se mostrando bem interessante e conectando muito bem as personagens. E iéééé, a Tara passa a maior parte do tempo calada.

Brincadeiras à parte, acho que Trouble veio recheado daqueles momentos que fazem a série valer a pena, por coincidência sempre conduzidos pelas personagens secundárias. Nada especialmente contra as principais, mas convenhamos, quem roubou o show nesse episódio foram personagens como Franklin Mott, Talbot e Russell.

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Tesis (1996)

A primeira vez que ouvi falar de Alejandro Amenábar foi ali para o final de 2001, com a chegada de Os Outros no cinema. Lembro que nas ‘n’ reportagens que li elogiando o trabalho dele como diretor e roteirista, mencionavam também o Abre Los Ojos, que depois de um acordo com Tom Cruise ganhou a versão hollywoodiana Vanilla Sky. Mas aquela coisa, salvo raríssimos casos (como o Tarantino), não sou exatamente macaca de auditório de diretor e não costumo sair correndo atrás de qualquer coisa que tenha seu nome, por isso foi uma baita surpresa quando após terminar o thriller Tesis (1996), descobri que era um filme de com roteiro e direção de Amenábar.

Suspense bem bacana, o que aliás me levou a pensar o que aconteceu com filmes como esse. Lembro que na década de 90 pipocaram vários filmes do gênero, e alguns acima da média como Cova Rasa e Seven. E agora você consegue contar nos dedos os suspenses que não tenham necessariamente qualquer relação com o sobrenatural ou que bom, que sejam realmente aqueles que valem a pena assistir, como foi o caso de Tesis.

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2666: A parte dos críticos

A tradução de Eduardo Brandão para 2666 do escritor chileno Roberto Bolaño é, sem dúvida, um dos maiores lançamentos literários aqui no Brasil em 2010. E por maiores não falo apenas da importância do acesso ao texto em português, mas também ao tamanho do catatau publicado pela Companhia das Letras: 856 páginas, adotando a decisão da família de Bolaño em não dividir 2666 em cinco partes como sugerido pelo escritor para facilitar o sustento dos filhos quando morresse. A obra foi publicada mais de um ano após sua morte, mas, como garante Ignacio Echevarría em nota à primeira edição, “o romance se aproxima muito do objetivo que ele traçou”.

E eu sei que para muitos fãs de Bolaño (e de 2666) eu provavelmente estarei cometendo uma heresia, mas decidi seguir o caminho oposto da família, e comentar o livro por partes, publicando os comentários  sempre antes de iniciar a leitura da parte seguinte. E para começar, vamos de A parte dos críticos, primeira parte de 2666. Acredito ser importante destacar aqui que estou tentando ler o mínimo possível sobre o livro para não estragar a experiência, e que muito do que falar agora eu posso contrariar em textos futuros. Mas bem, qual é a graça de se ler uma obra sem participar da brincadeira da adivinhação do que está por vir?

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True Blood S03E04: 9 Crimes

Ok, o bom é que a pausa foi de uma semana só, nada daquela coisa de ficar quase um mês sem episódio novo, que acaba quebrando todo o ritmo da série que você está acompanhando. E True Blood continua em ritmo aceleradíssimo, beeeeem diferente do que foi a segunda temporada na qual tivemos MUITA encheção de linguiça para chegarmos “ao que interessa” nos últimos episódios. A história principal está sendo bem montada, as personagens estão todas interligadas sob a mesma trama, no final das contas. E isso está funcionando muito bem.

A começar pelo Bill, que sempre achei ser meio deixado de lado nos plots anteriores. Entendam: é lógico que ele é importante, ele é o parzinho da protagonista e blablabla. Mas não tinha nada nele como personagem que você pensasse “Uou, foda!” como é possível com poucos minutos da Pam na tela, ou mesmo com o Godric na temporada passada. A história de aceitar o convite de Russel e ficar no Mississipi está dando novas cores para a personagem, que está mais complexa e bem mais interessante.

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Louras Zumbis (Brian James)

Já vão aí uns dois anos em que o que mais se tem visto sobre lançamentos para o público jovem são histórias de amor entre uma garota e alguma figura sobrenatural (o segundo normalmente sendo vampiro, certo?). A fórmula básica se repete exaustivamente, com pequenas variações que não chegam a de fato fazer diferença porque no fim é tudo sobre o sujeito diferentão que atrai a menina para sua vida, que apresenta supostos perigos. No final das contas, quem ainda busca esses livros atrás de diversão acaba se desapontando e simplesmente deixando de lado títulos novos, pensando que será mais do mesmo.

E é por isso que li com certo alívio Louras Zumbis, de Brian James lançado aqui no Brasil pela Galera Record. Quando fiquei sabendo sobre o título, pensei que lá vinha outra história com uma heroína desajeitada perdidamente apaixonada, só que dessa vez por um zumbi. Bem, as coisas são diferentes com Louras Zumbis, porque não se trata de um livro romântico, mas de ação (ou, sendo mais específica, de horror). Continue lendo “Louras Zumbis (Brian James)”

A Maldição do Demônio (1960)

Ok, vamos começar pelo título do filme, até para evitar confusões. Aqui no Brasil deve existir uma penca de “maldições do demônio”, mas eu estou adotando a tradução tal como consta no IMDb. Se foi livre, se é oficial, eu não posso dizer. A única coisa que posso ajudar para que você não procure pelo filme errado é dar o título original, La maschera del demonio (até porque mesmo em inglês ele tem vários títulos, hehe). Esta produção italiana é de 1960, dirigida por Mario Bava e levemente baseada em um conto de Gogol chamado Viy.

Eu gosto de filmes antigos de terror, mas às vezes por serem “inocentes” demais acho que acaba faltando justamente o elemento “horror” na história. Não que isso seja uma regra, alguns dos melhores que vi são os mais antigões (como Os Inocentes, citado recentemente nos comentários aqui do Hellfire, ou ainda A Casa Mal Assombrada). Mas sabe como é, às vezes você acaba se decepcionando com a falta de cenas realmente assustadoras.

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A Pro: curta animado

Já tinha comentado antes aqui no Hellfire sobre A Pro, HQ de Garth Ennis. Aí ontem eu vi que o arte-finalista Jimmy Palmiotti colocou no youtube uma versão animada da história, e fui conferir. É tosquinha e pula algumas piadas boas do material impresso, mas enfim, para quem tinha curiosidade e nunca conseguiu ler, fica aí um jeito de conhecer. Para conferir, clique na imagem abaixo (se você for maior de 18 anos, é claro, porque eu não quero problemas com a justiça, há!).

Crustáceo saboroso?

Ok, estamos perto da hora do almoço. Aí você abre a página inicial do G1 e entre tantas matérias vê isso aqui:

Ahmm… hum… tudo bem, deve ser uma piadinha envolvendo Espanha e paella e meu senso de humor não está tão afiado assim para sacar.

Edit: Opa, já arrumaram. Agora ‘bora almoçar, né.

Mudando o tom

Tantos dias com horror em filme, série e literatura que já estava na hora de mudar um pouco o tom e ver outras coisinhas, senão começo a mirar a cabeça de todo mundo na rua, sabe como é. Segui aquele caminho no qual o Fábio não me acompanha, os filmes levemente açucarados e sem sangue jorrando da tela. Sabe como é, agora que começou minha licença maternidade, posso me dar ao luxo de dar minhas escapulidas, há.

Enfim, aos filmes: Lembranças e Apenas o fim. Aquela coisa, nada que eu vá dizer “Uou, corra lá e assista”, são filmes bacanas e bons para passar a tarde (acredite) e procrastinar na arrumação do quarto do bebê. Eu vou comentar sobre os dois, mas deixo desde já a dica de que Lembranças é o tipo de filme que tem mais graça quando você assiste do mesmo jeito que eu vi: sem saber nada sobre ele, a não ser que o protagonista é o Robert Pattinson, o que já baixa as expectativas. Então, se quiser continuar lendo, você decide.

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True Blood S03E03: It hurts me too

Eu estava planejando deixar para comentar os episódios do True Blood aos pares como fiz com Supernatural1 e assim deixar It hurts me too (S03E03) para semana que vem, mas aí fiquei sabendo que tem uma pausinha serelepe durante essa semana (odeioooooooo pausas!) e bem, True Blood tem só 12 episódios mesmo, então que seja, vou continuar comentando um por um.

Então que finalmente o lobisomem Alcide apareceu. Eu já estava ficando meio encucada com a demora, até porque achei a escolha do ator muito boa (eu sinceramente não tinha imaginado um Alcide desses enquanto lia os livros, hehe). Problema é que ele leva Sookie ao bar dos lobisomens do mal e… e… e foi um dos poucos momentos que eu achei o livro superior à série, mesmo. Não sei se pelas descrições da Harris, eu achava que seria outra coisa completamente. Ou de repente esse ainda não é o Club Dead (até porque o nome era outro mesmo) e eu só estou me apressando, hehe.

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  1. aproveitando o ensejo, uma última tentativa: alguém por acaso tem salvo em seus feed readers da vida o post que escrevi sobre a quarta temporada de Supernatural? Foi publicado 24 de agosto do ano passado, e infelizmente foi para as cucuias com o apagão e nem o cache do Google pode me ajudar nessa =/