True Blood S03E08: Night on the Sun

Eu não quero ser sexista, até porque é um discurso que soa estranho partindo de uma mulher. Mas vá lá, pega a lista dos diretores dos sete episódios anteriores de True Blood, e depois veja quem dirigiu Night on the Sun (S03E08). Uma mulher. E o que se vê ao longo de quase todo o tempo? Uma espécie de Crepúsculo meets True Blood que chega a dar vergonha alheia – e olha que eu li a série da Meyer e me diverti. Fico imaginando como foi o diálogo entre Bill e Sookie logo que ela acorda para quem odiou a saga Crepúsculo.

“Nhé nhé nhé, eu quero que você tome banho de sol, tenha filhos e uma vida normal, nhé nhé nhé”. Edward, sai desse corpo que não te pertence! E se for notar, todo o episódio foi construído principalmente na questão dos relacionamentos. As poucas “fugas” da melação foram Sam e família bizarra (que acho que é meio que de opinião geral que tá meio chato), Arlene pirando com o bebê que está por vir e bem, o Eric (que uou, finalmente trocou de roupa. Foram quantos episódios com aquele suéter azul, heim?).

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Insanidade

Já tem alguns dias que estou para comentar sobre um filme em especial, mas acabou que fui deixando para depois e outros chegaram, então resolvi fazer um post só para todos eles, tchans. Até porque até um certo grau você pode relacioná-los pelo tema da loucura, e vocês vão entender do que estou falando enquanto os comento, prometo. Então vamos do começo.

Sílení (2005): Manja aquele filme que desde o começo você fica exclamando uns “WTF?!!”? Pois então. Produção tcheca, supostamente baseada em Poe e Marquês de Sade, imagine o que vem aí. A história toda é montada de forma meio confusa, mas há uma linha narrativa bem interessante: rapaz chega em um hospício e uma das enfermeiras pede ajuda, dizendo que na realidade ele foi tomado pelos loucos, que aprisionaram os médicos e agora fingem ser estes.  Mas acredite, demora um tico até chegar aí e tem muita, muita insanidade ao longo da história. É no mínimo curioso, embora o filme provavelmente custará a sua vontade de comer carne por uma semana.

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O beijo de Lamourette: Mídia, Cultura e Revolução

A Flip começou quarta e segue até domingo trazendo muitas discussões e novidades sobre Literatura e assuntos relacionados. Um dos nomes da festa literária é o historiador norte-americano Robert Darnton, que estará presente em duas mesas que debaterão o futuro do livro. A primeira, na quinta-feira às 19:30h, com Peter Burke e a segunda na sexta-feira às 10h, com John Makinson. E marcando a vinda de Darnton para o Brasil, a Companhia das Letras relançou no fim do mês passado O beijo de Lamourette: Mídia, Cultura e Revolução em formato de bolso.

Trata-se de uma série de textos publicados pelo historiador, que já na introdução Darnton deixa claro ao leitor que não apresentam necessariamente uma ordem ou conexão. E de fato, cada parte parece um pequeno livro que em comum tem apenas a relação do homem com o texto impresso, e muito da experiência do autor sobre a França do século XVIII para ilustrar o que está sendo comentado. Continue lendo “O beijo de Lamourette: Mídia, Cultura e Revolução”

True Blood S03E07: Hitting the Ground

O complicado de episódios como I Got a Right to Sing the Blues é que dificilmente o episódio seguinte é tão bom quanto ele, mesmo que seja bem acima da média. Foi o que aconteceu com Hitting the Ground (S03E07), que foi ótimo, mas deixou aquela sensação meio de “Meh, o anterior era melhor”. E no final das contas acho que era, mas enfim, convenhamos, mais surpresas chegando e deixando claro que aquela estrutura de embromação sem fim que vimos na segunda temporada realmente não se repetirá aqui.

Começando então com a fuga de Sookie e Tara. Primeiro, tenho que confessar: estou gostando da Tara. Nos primeiros episódios aquela lenga-lenga de querer se matar davam a entender que seria mais um ano com encheção de saco da personagem, mas ela reaparece forte depois da relação com Franklin. As ações dela na hora da fuga deixaram isso bem claro, tanto que a própria Sookie chega a questionar o que aconteceu para que ela ficasse daquele jeito. Eu gostei, se for continuar assim, pode até sobreviver para a quarta temporada, há.

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Plim-plim

Propaganda cara-de-pau do Meia Palavra, mas vocês sabem, é um cantinho que me enche de orgulho e tudo o mais. Então, para quem perdeu, vamos lá:

  • Como aquecimento para a chegada do autor no Brasil, começamos a promoção “Conn Iggulden na Bienal”, que vai até dia 03/08. Se ainda não participou, ‘bora lá mandar email.
  • 10 Perguntas e Meia para Tony Belotto – siiiim, o Tony Belotto dos Titãs e dos livros do Bellini. Boa entrevista, vale a pena dar uma conferida. E fiquem espertos porque logo chega outro 10 Perguntas e Meia muito legal.
  • A lista de sugestões d’Os 14 Casais Fofos da Literatura que está rolando lá no Votorama MTV foi criada por membros do Fórum Meia Palavra. A enquete ficará aberta por mais 20 dias, e eu até sugeriria uma trollagem nérdica que tirasse Harry Potter e Crepúsculo das primeiras colocações, mas meeeh, deixa a rapaziada ser feliz.
  • E bem, aproveitando para deixar o convite: se tiver algum artigo que você queira publicar no Blog Meia Palavra, basta mandar um email para [email protected]. E se ainda não visitou o Fórum Meia Palavra, passa lá que no momento está rolando uma discussão bem legal sobre Cândido do Voltaire no Clube de Leitura.

True Blood S03E06: I Got a Right to Sing the Blues

Uou! Ca-ra-ca! Sabe aquele tipo de episódio que normalmente antecede o season finale? Um monte de coisa acontecendo ao mesmo tempo, algumas dessas deixando com aquele baita “ELES NÃO TERIAM CORAGEM DE FAZER ISSO!!!!!!!” estampado e por aí vai. Poisé. Foi assim o episódio que marcou o meio da terceira temporada de True Blood, I Got a Right to Sing the Blues (S03E06). Ok, claro que tem coisa para resolver ainda, mas em alguns casos fica a sensação que no próximo episódio já passam a régua, sério. E o post está obviamente cheio de spoilers como todos os que eu escrevo fazendo comentários sobre a série, mas nesse caso eu REALMENTE recomendo que só seja lido depois de ver o episódio em questão, porque… uou.

Lógico, tivemos lá alguns momentos meio bobinhos que não vão levar a nada muito importante (pelo menos não aparentemente), como a relação da Jessica com a Arlene (alguma dúvida que vão ficar amigas?) e de Lafayette com Jesus (fica mais por aquela de saber se Jesus está ali para algum golpe ou algo que o valha). Mas fora isso, era um evento mais importante do que outro, acho.

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Caro Emerald

Bom, eu adoro vocais femininos, isso eu sempre deixei bem claro por aqui. Gosto tanto que ontem trocando de canais aleatoriamente vi Sandy batucando e cantando no melhor estilo “divadampb” e pensei, uou, a menina cresceu e está até mandando bem. Sério. Enfim, pensando nisso eu acho que não é taaaaanta surpresa o fato de eu ter gostado tanto do som da holandesa Caro Emerald, apresentado há algumas semanas pelo meu irmão.

O álbum de lançamento (Deleted Scenes from the Cutting Room Floor) da moçoila foi oficialmente lançado em janeiro desse ano, e dá para dizer que fez sucesso suficiente para que até eu já tenha escutado, há. E é daqueles trabalhos gostosos, que você pode deixar tocando sem pular faixa alguma e pode até melhorar o seu humor em uma segunda de manhã, digamos assim.

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Diferentes leituras sobre um mesmo filme

Eu sei que muitas pessoas adoram listar as ‘n’ situações nas quais os livros são melhores do que os filmes, valendo-se sobretudo do argumento de que nada supera a imaginação. Mas a verdade é que tem algumas coisas que funcionam tanto para o cinema quanto para a literatura, e uma delas (e acredito que a mais legal) é a possibilidade de “ler”/”compreender” uma história de forma diferente. Enquanto todo mundo vê algo como “x”, aparece alguém e mostra um outro jeito de ver aquilo, o que às vezes pode até melhorar sua experiência.

O primeiro exemplo disso que tive com a telona foi com o filme Sinais, do Shyamalan. Ao contrário de muitas pessoas eu saí do cinema super animada com o que tinha assistido, adorei mesmo a tal da história dos ets (e juro que até hoje em dia nem dou bola para aquela coisa dos bichos vindo para um planeta que tinha quantidade absurda justamente do que poderia matá-los, hehe). Mas aí uns dias depois estava lá eu nerdiando na Fórum Valinor quando o Folco postou uma “teoria” sobre Sinais (que segue dentro de spoiler):

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2666: A parte de Amalfitano

Continuando a leitura de 2666 de Roberto Bolaño, terminei ontem à noite a segunda parte (A parte de Amalfitano). Para situar quem acabou de chegar, estou seguindo na direção contrária do que foi adotado pela família do autor (publicação do que seriam cinco livros em um só) e fazendo os comentários aos poucos, sempre antes de iniciar a parte seguinte. Minhas opiniões sobre a primeira parte (A parte dos críticos) você pode encontrar aqui.

Eu sei que em teoria estou lendo o livro tal e qual a qualquer um – até porque mal estou interrompendo a leitura. Por causa disso acho que as sensações que tive sobre A parte de Amalfitano não serão tão diferentes, talvez só os achismos sobre o que as outras três partes podem trazer, o que será até divertido de confirmar depois. A verdade é que se não fosse a já familiar dificuldade para ler o catatau na cama, fiquei em alguns momentos com a impressão que tratava-se de um outro livro.

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