True Blood S03E12: Evil is going on (Season Finale)

Para você ver como são as coisas: sempre reclamo da lerdeza dos canais de tv a cabo, e aí vem a HBO do Brasil e transmite o último episódio de True Blood junto com a gringa. Uou. Jóia! Só que no domingo eu ainda estava no hospital, há. Mas tudo bem, primeira noite em casa depois de voltar da maternidade e já estou lá, conferindo o último episódio da terceira temporada de True Blood. E gee, que coisinha ruim. Lembrei na hora da primeira temporada (meus comentários sobre isso são até engraçados, porque consegui errar TODAS as previsões para a temporada seguinte, hehe), que também teve um péssimo desfecho.

Porque convenhamos, as coisas foram resolvidas de um jeito meio desleixado (digamos assim) e para piorar, nada de muito interessante sendo prometido para a temporada seguinte. Sam matou ou não irmão? A mãe de Tara pega o pastor! O bebê de Rene será um assassino? etc. Que coisa mais chata. Foram poucas coisas realmente interessantes ou que simplesmente eram pelo menos o que se esperava para essa conclusão de temporada.

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Arthur

Então que para que ninguém pense que de repente assim eu tenha batido as botas, cá está a razão do meu sumiço:

Arthur nasceu sábado, dia 11 de setembro, às 8:57 da manhã. Pesando 4,025kgs e medindo 50,5cm veja só o tamanho do garotão =] Insira aqui todos aquelas coisas sobre mudar a vida, felicidade absoluta e amor incondicional que tanto falam e você pensa que são só clichezão e aí quando é com você, descobre que não é bem assim.

Test-drive: Kindle 3

O pessoal que me conhece sabe da minha paixão por livros. Não, não estou falando da paixão por leitura, embora eu também a tenha. Mas é aquela coisa quase de fetiche, de colecionar edições bacanas de títulos que gosto (Bartleby, oi?), ter o maior orgulho de possuir daquelas tiragens especiais (tipo a de O Senhor dos Anéis, que temos três aqui em casa) ou ainda o velho e ótimo prazer de sentir o cheiro de livro novo, especialmente quando esse era desejado há muito tempo (naquele esquema Felicidade Clandestina, saca?).

Considerando tudo isso, como acham que recebi o conceito de e-readers? Não só total descrença que a coisa “pegaria” mas também certa de que eu jamais gastaria dinheiro em algo assim. Eis que o Fábio estava há tempos namorando a oportunidade de comprar um Kindle (e-reader da Amazon), e quando chegou a terceira geração, ele nem esperou o lançamento: já em pré-venda tratou de garantir o dele. A engenhoca chegou tem uns dias aqui em casa, e durante o feriado eu resolvi fazer um test-drive, até porque né, triste não é mudar de opinião (e não ter opinião para mudar, há!).

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Two Thousand Maniacs! (1964)

Tem filme que volta e meia é citado em lista de referências e favoritos de pessoas que você considera ter bom gosto, ou ainda, que fazem filmes que você gosta. É o caso de Faster, Pussycat! Kill! Kill!, sobre o qual comentei brevemente tem coisa de um mês. Agora finalmente tive a oportunidade de conferir Two Thousand Maniacs!1, produção de 1964 com roteiro e direção de Herschell Gordon Lewis.

É aquela coisa, você espera uma certa inocência de filmes anteriores a década de 70. Inocência não no sentido do horror em si (oi, Os Inocentes, 13 Fantasmas e A Casa dos Maus Espíritos?), mas mais na ausência do gore. Eu pelo menos fico com a impressão que as coisas eram mais sutis, ficava mais naquela coisa de você imaginar do que você de fato ver as cenas cheias de sangue. Talvez por isso Two Thousand Maniacs! tenha me surpreendido (positivamente, é claro).

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  1. eu não tenho certeza se o título brasileiro ficou como Maníacos mesmo 

Desgracida (Dalton Trevisan)

Lembro de uma certa discussão na qual um rapaz de São Paulo questionava “Por que vocês curitibanos se acham donos de Dalton Trevisan?”. Na época até pensei em responder qualquer coisa sobre familiaridade, mas acho que hoje em dia eu entendo a revolta do leitor. Dalton transforma Curitiba no mundo (como Rosa fazia com o sertão? Não sei.), porque embora em certos momentos o curitibano tenha a nítida sensação de estar andando com as personagens por ruas que conhece tão bem, se você tira esse reconhecimento do espaço, o que fica é o humano – retratado às vezes com uma simplicidade que não tem como não visualizar o mini-conto como um episódio da vida do leitor, ou de um conhecido do leitor.

Desgracida, coletânea de contos lançada em julho pela Editora Record, deixa isso ainda mais evidente. Sim, você ainda pode sair em busca de Curitiba Perdida, mas repare como os contos poderiam estar em qualquer lugar. E são deliciosos, talvez até pela concisão: rápidos e rasteiros, você lê o livro em uma hora e fica querendo mais. Até porque está tudo ali, mais uma vez – a acidez, o humor, a delicadeza. Plural de pequenos eventos, um melhor que o outro.

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Californication (Primeira Temporada)

Arquivo X acabou tem aí uns 8 anos, e eu lembro que as últimas temporadas já nem fazia mais tanta questão de ver, o segundo filme também não. Mas desde o lançamento de Californication (2007) morria de curiosidade de saber como o Duchovny acabava se saindo fora da pele do Mulder, e aí eu fui enrolandinho, enrolandinho até que tirei um dia aí para conferir a primeira temporada (sério, foi um dia inteiro. Licença maternidade quando o bebê ainda não chegou é bacana, né?).

Enfim, vamos à primeira questão, sobre como o Duchovny se sai sem ser Mulder. A resposta é: muito bem. Ao encarnar Hank Moody, o escritor que não consegue escrever mais nada de novo e se encontra em plena crise de meia idade, nosso querido agente do FBI fica lá para trás, esquecido.É uma outra pessoa, outra personagem e Duchovny consegue deixar isso bem claro desde o início. Tchau, Mulder! Olá, Moody!

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2666: A parte de Fate

Dando continuidade à leitura de 2666 de Roberto Bolaño, acabo de terminar A parte de Fate. Para quem chegou aqui agora, vale lembrar que estou escrevendo sobre a obra aos poucos, seguindo a ideia inicial de Bolaño de que cada parte seria um livro. Sobre A parte dos críticos você pode ler o artigo clicando aqui, e sobre A parte de Amalfitano você pode ler clicando aqui. Vamos seguir então aos comentários sobre a terceira parte de 2666.

Eu estava com algumas leituras acumuladas, e acabou que passou mais de um mês entre a conclusão da parte anterior e a dessa. O que no final das contas foi algo positivo, acabou possibilitando um envolvimento com a nova personagem (o jornalista norte-americano Fate) que provavelmente não seria possível se eu tivesse engatado a leitura buscando os críticos ou Amalfitano. Porque é assim que começamos, com uma personagem completamente nova, em um lugar completamente novo e só pensando o que é que isso tudo tem a ver com o que tinha sido lido até então.

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Mr. Nobody

Você tem que fazer a escolha certa. Enquanto você não escolhe, tudo é possível.” Eu poderia usar essa frase para resumir Mr. Nobody (sem data de estreia no Brasil, infelizmente), o problema dela é que deixaria de lado outros tantos detalhes que combinados fazem desse um dos melhores filmes que vi esse ano. Mr. Nobody é daqueles dramas com pinceladas de romance, sci-fi, fantasia. Aquela história que no final das contas acaba te pegando de jeito, das que você gostaria de ter contado para alguém.

Começamos com Nemo Nobody completando 118 anos, em um futuro daqueles bem clichezões (feche os olhos e pense em filmes futuristas que não são distopias e vai entender o que estou falando). Em conversa com um médico, começa a relembrar tudo o que viveu até aquele momento. E não demora muito para quem está assistindo ao filme perceber que o passado dele tem algo de atípico: parece ser vários, como se ele tivesse a permissão de viver várias vidas ao mesmo tempo.

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Notícias da máquina de fazer bobos

Enquanto a terceira temporada de True Blood está perto de chegar ao fim, lá fora a época de estreias está chegando perto. Tem coisa nova vindo aí, mas acho que a melhor notícia para quem acompanha séries é que os canais de tv a cabo aqui do Brasil estão quase todos aderindo ao que a HBO já está fazendo com a série de Sookie e cia.: lançamento de episódio com apenas uma semana de intervalo da exibição nos canais gringos. Não acho que seja o fim da pirataria, mas já foi um movimento esperto. Só falta a FOX largar mão dessa porcaria de transmissão de episódios dublados e iei, até vai começar a valer a pena pagar pelos canais fechados _o/

Mas enfim, algumas notícias que estão rolando por aí sobre as séries. Pode conter spoiler, então se você está atrasadinho sobre algum seriado ou outro, melhor não ficar fuçando, há.

True Blood S03E11: Fresh Blood

Opa, que finalmente as coisas melhoraram. Eu estava realmente preocupada que as coisas permaneceriam mornas até o último capítulo, mas pelo menos deixaram alguma coisa para agitar o penúltimo. Fresh Blood (S03E11) teve lá seus momentos dispensavelmente esticados de sempre, mas por causa de outros eventos acabou valendo a pena, e deixando o cenário pronto para a conclusão da temporada – que só irá ao ar dia 12 de setembro. Sim, mais uma pausinha, que caca. Falando nisso, é (bem) provável que 12 de setembro o Arthur já esteja por aqui, então não estranhem se demorar um tico para sair a resenha, hehe.

Voltando ao True Blood. Como eu disse, o maior problema foram os momentos esticados – mas não o que aconteceu. Acho que tudo em Fresh Blood era necessário para começar a “amarrar as pontas”, e começar a preparar a quarta temporada. O negócio é que às vezes a coisa se prolonga mais do que devia. A reação de Jason ao saber sobre a natureza de Crystal, por exemplo. Ele precisava ir até a escola, ver o moleque que está tomando V para então chegar a conclusão que “Ninguém nessa cidade é o que parece ser, então tudo bem”? Claro que não. Com todo aquele rolo com o Eggs ele mais do que ninguém sabe que ninguém-naquela-cidade-é-o-que-parece-ser. E pelo menos apresentaria uma certa coesão sobre o episódio passado, quando ele conta para Tara sobre Eggs.

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