Então você gosta de bacon

Outra coisa que não estou podendo consumir agora durante essa fase de amamentação. Bacon. Já não podia na gravidez (um dia me rebelei, comi e depois passei mal hehe). O engraçado é que de uns anos para cá tenho percebido como várias pessoas acabam listando o bacon como comida favorita, achava que era algo que ninguém desse tanta importância assim. Mas depois de ver elogios até em blogs como o Coma com os Olhos, bem, parece que essa gostosura está ganhando seu devido reconhecimento.

E é pensando em vocês, amantes do bacon (hehe) que resolvi deixar uma dica de viagem, para quando estiver em Londres. Vá na Harrods. Mas esqueça as firulinhas da loja e rapidamente busque a parte de comidas, indo direto até o balcão de bacon. Balcão de bacon, Anica? Sim. Lá você pode encontrar mais de quinze tipos diferentes de bacon. Olhe para essa foto e me responda:

É ou não é o paraíso? E você que achava que o máximo de variação sobre bacon era aquele que vinha cortado em cubinhos, ahn? ;D

Eu não ia falar de política

Não mesmo. O que não deixa de ser um sinal de como a política no Brasil tem me desanimado. Não é que eu seja alienada ou que eu não goste do assunto, mas sou tão descrente da tal democracia (embora concorde com Churchill que é o “menos pior” dos sistemas), que bem, não dá vontade de falar disso. Aí que agora em 2010 o circo todo tinha Dilma, Serra e Marina no picadeiro. E por alguma razão especialmente na internet o que se viu (especialmente no primeiro turno) foi uma discussão idiota que mais parecia coisa de torcida de time. Como comentei no twitter, o PT x PSDB virou o novo Fla-Flu.

Digo “discussão idiota” porque era tudo na base de “Se você vota ‘x’ você é burro” ou em “argumentos” repetitivos do tipo “X não tem experiência”, “X é corrupto” ou ainda “X está recebendo apoio de candidato com quem bateu boca na eleição passada”. Cansativo. Esta briga eu não comprei e vou continuar não comprando. Meu voto no primeiro turno foi para o que considerei o “menos pior”, mas foi um voto sem vontade e sem qualquer confiança. Voto de quem acha que no final das contas eles estão no picadeiro, mas nós é que somos feitos de palhaços.

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Um erro emocional (Cristovão Tezza)

Lembro de certa vez ter lido uma lista com os 10 começos de livros mais memoráveis, o que apresentava inícios de livros como Moby Dick, Neuromancer e a Bíblia. Está aí uma tarefa quase impossível: conquistar o leitor (ou pelo atiçar a curiosidade desse) já na primeira frase. A maioria absoluta dos meus livros favoritos não me conquistaram assim, acabaram me seduzindo apenas após a décima página para mais. Então imagine com que prazer (e surpresa!) eu acabei recebendo as primeiras linhas do novo livro de Cristovão Tezza:

Cometi um erro emocional, Beatriz se imaginou contando à amiga dois dias depois — foi o que ele disse assim que abri a porta, o tom de voz neutro, alguém que parecia falar de uma avaliação da Bolsa, avançando sem me olhar como se já conhecesse o apartamento, dando dois, três, quatro passos até a pequena mesa adiante em que esbarrou por acaso, depositando ali o vinho com a mão direita e a pasta de textos com a esquerda (e ela se viu desarmada no meio de três sinais contraditórios, o erro, o vinho, o texto, mais a espécie de invasão de alguém que está à vontade — o que ela havia sonha-do, Beatriz teria de confessar à amiga, e ambas achariam graça da ideia — à vontade, mas não do modo correto) e Beatriz fechou a porta devagar com um sorriso de quem se vê imersa na ironia, e isso é bom; e se virou para escutar o resto, agora vendo-o com as mãos livres, a silhueta contra a luz, os braços brevemente desamparados daquele homem magro:
— Eu me apaixonei por você.

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House S07E02 e S07E03

Ainda há esperanças, ufa! Muita gente (inclusive meu aluno @edisonlsm, um viciado em House) comentou que o segundo episódio da sétima temporada (Selfish) era muito bom e que não tinha nada a ver com o primeiro. Como podem perceber, eu sou meio desconfiada e demorei horrores para conferir, já estou atrasada com os lançamentos lá fora, mas vamos que vamos, né. Então considerando essa opinião de que era diferente do primeiro, bem, é sim. E é melhor. Mas ainda não era o House que eu esperava estar assistindo.

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Pequena Abelha (Chris Cleave)

Algumas pessoas tem a ilusão de que o ato de ler implica apenas em “quebrar o código” que encontra impresso no papel. Entender as palavras e o que pode ter sido dito pelo autor, basicamente. É uma pena que não consigam enxergar a complexidade dessa ação que fazemos, de como ela envolve uma gama de fatores que combinadas explicam por qual motivo uma pessoa gosta muito de um livro e outra o acha ruim. Quem apresentou esse livro para você? Como apresentou? O que você esperava dele? O que você já sabe sobre o assunto abordado nele? São algumas das ‘n’ perguntas que estão relacionadas com o que você sentirá no momento que estiver lendo.

E eu comecei esse artigo comentando isso, porque no final das contas acredito que um fator externo acabou estragando minha leitura de Pequena Abelha (Little Bee no original). No caso, o problema foi a propaganda em torno do livro, justamente o primeiro contato que tive com o título através de um email da editora Intrínseca. Dizia lá: Continue lendo “Pequena Abelha (Chris Cleave)”

Lovely day for a Guinness

Eu sempre digo que se querem me ver feliz, é só adicionar livros e cerveja importada ao cenário. E a primeira cerveja “diferentona” que experimentei na minha vida foi a Guinness, uma stout irlandesa. Não vou mentir dizendo que se você provar vai amar, porque cerveja é um negócio complicado porque lida com paladar e bem, gosto.

Um exemplo disso é o que tive a oportunidade de conferir no bar que fica no topo da fábrica da Guinness. É o fim da tour (pense em Homer Simpson visitando a cervejaria Duff agora, hehe) e lá eles oferecem um pint (medida que equivale a uns 550mls) de graça. O balcão desse bar fica cheio de pints abandonados (e eu, pobrinha que sou, fico só calculando quantas centenas de reais estavam abandonadas ali, snif!), o que nos leva à conclusão que não, Guinness não é uma unanimidade. Mas eu goooostcho!

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Harry Potter e a Câmara Secreta (J.K. Rowling)

Sigo firme com minha meta de ler toda a série do Harry Potter antes de chegar aos 30.  Agora são mais 5 livros para ler em 3 meses, o que até daria conta com tranquilidade se as histórias não fossem aumentando exponencialmente, né? Aliás, já notaram como isso costuma acontecer com coleções de sucesso? Eu até consigo imaginar a conversa na editora, a escritora manda a primeira versão lá com suas 200 e tantas páginas e aí o sujeito pergunta “Mas não dá para colocar mais detalhes sobre o Quadribol? E por que não mais informações sobre os fantasmas de Hogwarts? O público vai adorar e nem vai se importar de pagar um pouco a mais em um livro maior! Todo mundo fica feliz!“.

De fato, Harry Potter e a Câmara Secreta é um tanto mais enrolado (ok, mais cheio-de-detalhes) do que o primeiro título da série, mas a estrutura é semelhante (e não faço ideia se vai se repetir nos próximos livros): um pouco da vida de Harry com os tios, chega à Hogwarts, um mistério se apresente, Harry quebra várias regras da escola para desvendar o mistério, Harry se dá bem, Harry volta para casa. O negócio é que por ter mais detalhes, parece que Rowling teve melhor oportunidade para desenvolver a parte do mistério, que na minha opinião ficou bem melhor do que em Harry Potter e a Pedra Filosofal.

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Supernatural S06E03: The Third Man

Olá, eu sou um roteirista idiota e vim aqui  para matar sua série favorita!

Ok, talvez eu esteja sendo precipitada mesmo mas gente, demitam esses roteiristas, tragam novos e tentem salvar o show, por favor. Esse terceiro episódio foi a maior prova de que as coisas não estão seguindo em um caminho certo: já estão apelando para supostas “pontas soltas” da temporada anterior. Ah, vão se catar.

Uma coisa que lembro que adorava em Supernatural nas temporadas iniciais era o entrosamento entre os atores e consequentemente entre as personagens que interpretam os Winchesters. Era um olhar, e quem acompanhava a série já entendia o que era dito ali. Agora um dos raros momentos que lembrou essa época foi quando Dean apostou corrida com Sam meio que para provar que o Impala era melhor.

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Putas Assassinas (Roberto Bolaño)

Publicado no Brasil pela Companhia das Letras pela primeira vez em 2008, e agora em 2010 ganhando a primeira reimpressão, Putas Assassinas trata-se de uma coletânea de contos do escritor chileno Roberto Bolaño. Eu confesso que ainda estou começando a conhecer o autor (lendo 2666 aos poucos, lembram?) e fiquei bastante impressionada com o que vi, ainda mais quando os fãs de Bolaño dizem que esse é o livro mais fraco dele. Se realmente é, fico imaginando os demais deve ser excelente.

Não é que todos os contos sejam perfeitos. Mas todos chamam a atenção por algum aspecto, mesmo os que se revelam mais sem graça. Os temas são recorrentes (e inclusive ecoam no romance 2666): sexo, violência, exílio, pesadelo. A maioria das personagens mostram aquele deslocamento de quem vive em vários lugares mas não reconhece nenhum como seu. São de outros países, vão para outros países e se perdem, tentando se encontrar em resgates de memória.

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Boardwalk Empire

Tem uma coisa que gosto mais do que zumbis: antiheróis. O Fábio diz que na realidade eu gosto de malaco e acabo mostrando isso com minha preferência por filmes de gangsters e afins, mas a verdade é que o que gosto em histórias desse tipo é que elas (quase) sempre fogem do maniqueísmo simplório, mostrando personagens mais bem desenvolvidos do que os que sempre lutam pelo bem ou pelo mal. Aquela coisa, uma chance de mostrar o humano e toda sua complexidade.

É por isso que fiquei tão curiosa sobre a nova série da HBO, Boardwalk Empire. Por isso e por Steve Buscemi, tenho que dizer – há qualquer coisa nele que sempre chama minha atenção, mesmo que o currículo do ator não tenha só filme bom. E de lambuja o primeiro episódio foi dirigido por Martin Scorsese, então você acaba querendo conferir sem grandes enrolações, certo?

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