Supernatural S06E13 e S06E14

Ok, não serei a tia chata que só reclama. Minha opinião geral (e que só se repete) do que tem sido a sexta temporada de Supernatural eu já comentei por aqui, em outros posts. Sim, continuo achando que a série está pecando nos mesmos pontos, mas resolvi dar uma de Pollyana e ver o lado bom das coisas. Como reclamação, deixo apenas um comentário: oi, cadê aquela trilha sonora foda da série? A trilha está ficando cada vez mais parecida com série xumbrega dos anos 80, com raros momentos bacanas de old rock. Fala sério, isso era uma das coisas que Supernatural tinha de melhor, não mexam nisso!!

Mas vamos ao momento Pollyana então.  Unforgiven (S06E13) tem um pouco do Sam-sem-alma, em forma de flashbacks. Eles devem ter percebido como o Sam-sem-alma deu certo e agora estão tentando explorar isso ao máximo, pelo menos foi a sensação que deu. Mas a história foi montada de um jeito legal: como Sam estivera na cidade antes de ter a memória apagada pelo Morte, ficou um pouco de um clima Amnésia, com ele tendo que relembrar o que acontecera no local um ano antes.

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Medo e Delírio em Las Vegas (Hunter S. Thompson)

“Quem faz de si um animal selvagem fica livre da dor de ser um homem.” Com essa citação de Samuel Johnson abrindo Medo e Delírio em Las Vegas – Uma Jornada Selvagem Ao Coraçao Do Sonho Americano, já dá para imaginaro que vem por aí. Conhecido como um dos maiores exemplos de Jornalismo Gonzo já publicados, o livro narra a busca de Raoul Duke e seu advogado Doutor Gonzo pelo Sonho Americano, completamente chapado de todos os tipos de drogas que se possa imaginar.

Na realidade, a história por trás de Medo e Delírio em Las Vegas é a seguinte: Thompson estava fazendo uma reportagem para a Rolling Stone sobre Rúben Salazar, usando o ativista e advogado Oscar Zeta Acosta como principal fonte para a matéria. Acosta, como o nome já indica, tinha origem mexicana, o que tornava complicada a conversa com um homem branco em tempos de tensão racial em Los Angeles, portanto os dois buscaram uma oportunidade para que conversassem em outro lugar. A tal “oportunidade” surgiu quando a revista Sports Illustrated ofereceu para Thompson um trabalho cobrindo um evento em Las Vegas, o 400 Mint.

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Papéis Avulsos (Machado de Assis)

O Machado de Assis contista sempre se apresentou aos poucos para mim. Fora a coletânea Contos Fluminenses, não lembro de ter buscado outras coletâneas, mas os contos de forma avulsa mesmo. Sem nem pensar duas vezes penso em A Igreja do Diabo, Missa do Galo e outros textos que mostram que quando o assunto era prosa, Machado de Assis sabia muito bem o que estava fazendo. E justamente por isso quis conferir a edição de Papéis Avulsos que saiu pela Penguin & Companhia das Letras: mesmo que já conhecesse alguns contos, sabia que seria um prazer reler.

Minha grande surpresa é que mesmo as releituras viraram novas leituras. Porque o trabalho com as notas de Hélio Guimarães (professor de Literatura Brasileira na USP) tornou textos já conhecidos como O Alienista e O Espelho algo completamente diferente, ampliando a noção do Rio de Janeiro e do Brasil de Machado e, mais do que isso, mostrando a pluralidade de referências do escritor, que citava autores então modernos como Allan Poe e Longfellow, além dos clássicos.

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Kindle: Compartilhando trechos grifados

Um dos maiores horrores de alguns bibliófilos é a ideia de riscar livros, grifando e anotando passagens que merecem destaque. Sei disso porque sou uma das pessoas que preferem gastar algum dinheiro com acessórios que não marcam o livro de modo permanente. Eis então que chega o Kindle e acaba com esse sentimento de culpa: você pode grifar o texto e fazer notas sem qualquer preocupação. Não vou entrar nos méritos dos motivos pelos quais nós bibliófilos não suportamos a ideia de riscar um livro de papel mas podemos fazer isso em ebooks, vamos aceitar que isso simplesmente acontece e seguir em frente, certo?

A questão é que o Kindle permite mais do que isso. Comprando a ideia das mídias sociais, o e-reader também oferece uma opção muito bacana, a de compartilhar esses trechos grifados no Twitter e no Facebook. Se for livro comprado na Amazon, chega inclusive a aparecer uma imagem da capa do livro que você está citando para ilustrar o trecho, como você pode ver aqui.

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O Palácio de Inverno (John Boyne)

Em uma noite de 1918, o Czar Nicolau II e sua família foram brutalmente assassinados pelos bolcheviques na Casa Ipatiev. A tragédia que marcou o fim de uma era para os russos sempre foi cercada de mistérios, baseados principalmente no fato de que quando realizada a exumação dos corpos, faltavam dois Romanovs – que muitos supunham ser os filhos do Czar: Alexei (herdeiro direto do trono) e Anastácia. Por anos especulou-se sobre o que poderia ter acontecido com os dois e, mais ainda, o que de fato ocorre naquela noite. Com O Palácio de Inverno John Boyne nos oferece o ponto de vista de um empregado do Czar, alguém comum narrando os fatos daqueles tempos e seus desdobramentos.

Boyne foi extremamente competente na tarefa de prender a atenção do leitor usando duas fórmulas já bem conhecidas tanto no cinema quanto na literatura: a primeira é a do homem comum vivendo situações extraordinárias. Geórgui, o empregado do Czar, era um simples camponês antes de mudar-se para o Palácio de Inverno (que dá o título da edição brasileira do livro). A segunda é de começar com a história já na velhice do protagonista, mostrando antecipadamente o fim – isso causa empatia imediata, o leitor quer saber como ele chegou naquele momento, o que obviamente se revela aos poucos.

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Slam (Nick Hornby)

O bom de já estar familiarizado com o estilo de um escritor (e bem, o fato de ele não variar muito esse estilo) é que não tem muito erro na hora de comprar o livro. Você sabe que completamente insatisfeito com a leitura você não se sentirá. Então, quando estou com vontade de ler algo sem querer me arriscar, normalmente procuro por Nick Hornby, que mesmo em seus piores momentos ainda é legal. Foi por isso que finalmente dei uma chance para Slam, publicado lá fora em 2007.

Digo “finalmente dar uma chance” porque como fã de Hornby, eu geralmente compro o título novo assim que chega nas livrarias. Mas o enredo de Slam me pareceu meio bobo, então foi a primeira vez que adiei uma leitura do autor. A história tem como base gravidez na adolescência, e o narrador-protagonista (figura típica nas histórias de Hornby) é um rapaz ali na casa dos 16 anos, apaixonado por skate e que costuma conversar com um pôster do skatista Tony Hawk. Continue lendo “Slam (Nick Hornby)”

Supernatural S06E11 e S06E12

Êta série mais esquizofrênica! Um episódio legal e você pensa que finalmente a temporada deslanchou, aí vem outro que lembra os piores momentos das temporadas anteriores. Tá começando a ficar difícil defender Supernatural, a série está realmente caindo naquele lugar das que tanto faz, não se perde nada se deixar de assistir para acompanhar alguma outra. Pelo menos se continuar essa irregularidade do roteiro, que acaba se refletindo inclusive nas atuações.

Veja o Dean, por exemplo. Sim, ele é meu personagem favorito muito embora o Castiel chute bundas. De qualquer modo, tomemos o Dean como exemplo. Começou a sexta temporada e ele estava simplesmente chato, como se o que acontecera no seu passado e a vida que levasse tivesse feito ele envelhecer centenas de anos. Ele ficou ranzinza, sério e bastante propenso à DRs. Enfim, um saco. Aí uns episódios mais para frente voltamos a ver o Dean como era nos melhores momentos, tirando sarro das pessoas mesmo quando em uma situação difícil.

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Better World Books

Mesmo sendo uma compradora compulsiva de livros, eu ainda não tinha ouvido falar da Better World Books. Foi através do twitter que o @xerxenesky contou que a loja estava com frete grátis para o Brasil e resolvi ir conhecer. Como sempre faço quando é a primeira compra em um site, escolhi apenas dois títulos razoavelmente em conta, para o caso de algo dar errado eu não ter um prejuízo tão grande. No caso, foram A Universal History of The Destruction of Books (Fernando Baéz) e The Book of Lost Books (Stuart Kelly), que já queria ler há algum tempo mas estavam meio caros aqui no Brasil.

A Better World vende livros novos e usados, e por ter parcerias e contatos com livrarias de universidades acaba conseguindo o preço baixo. O bacana é que parte do valor da venda dos livros é revertido para um “fundo de leitura”, que leva livros para comunidades carentes. A preocupação da loja é mais do que social, eles chegam até a tomar cuidado sobre a liberação de carbono no serviço de entrega (imagine!).

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O fio das missangas (Mia Couto)

O lado negativo de gostar muito de uma forma de narrativa é que o leitor faz dela sempre sua primeira opção de leitura. E aí, anos e anos depois, começa a encontrar dificuldade em se surpreender. O prazer da boa leitura ainda está lá, alguns textos são de fato excelentes. Mas falta aquele “algo a mais” que te faz pensar “Como é que não conheci esse escritor antes?”. Foi justamente o que aconteceu comigo ao ler O fio das missangas, de Mia Couto. Gosto muito de contos, mas a verdade é que há tempos não sentia essa sensação de descoberta, da inclusão de mais um nome da lista de favoritos de todos os tempos.

A prosa de Couto é quase poesia. Nem tanto pelo ritmo, mais pelas imagens que evoca – o fantástico no cotidiano apresentado de maneira leve, suave. Muito cabe à interpretação do leitor, somada a verdadeiros quadros-ideias. Trata-se de algo que normalmente escritores só conseguem em um poema, como dá para ver na abertura do conto Inundação: Continue lendo “O fio das missangas (Mia Couto)”

The Guritles

Eu já disse mais de uma vez aqui que quando o assunto é video na internet, eu sou tipo marido traído, sempre a última a ficar sabendo. Então quando posto algo assim no Hellfire nem é com pretensões de divulgar para outras pessoas (que certamente já assistiram), mas mais para manter registro mesmo, há. Hoje cedo vi The Guritles e achei muito batuta e resolvi colocar aqui. Queria um desses versão curitibana, tipo The piátles, hehehe
Direção de Marcelo Monegal e Lucio Dorfman, da DM Arts Produtora.