É por isso que se alguém me perguntasse sobre F. Scott Fitzgerald, por mais que ele tenha em sua bagagem grandes clássicos da língua inglesa como O Grande Gatsby e Suave é a Noite, ainda assim eu indicaria a coletânea 24 Contos de F. Scott Fitzgerald traduzidos por Ruy Castro e publicados pela Companhia das Letras como porta de entrada para a obra desse grande escritor norte-americano.
Supernatural Season Finale
O penúltimo episódio, Let it Bleed (S06E21) veio para alinhavar de vez a bagunça que foi na maior parte do tempo toda sobre Eva, para aí descobrirmos que ela era só um “efeito colateral” da busca de Crowley e Castiel pelo purgatório. Finalmente eles descobrem como chegar ao purgatório, o que inclui trazer uma personagem aleatória dessa temporada como o tal do “ah, a resposta estava na sua cara o tempo todo”. Apesar disso tudo, o episódio foi bem legal e até merecia ter sido o último, porque tinha mais a ver com o que se viu durante a temporada do que The Man Who Knew Too Much (S06E22), que foi um samba do crioulo doido.
Alma e Sangue: O Pacto dos Vampiros (Nazarethe Fonseca)
É preciso adiantar: O Pacto dos Vampiros não é ruim, é talvez o que tem mais ação dos três livros e finalmente resolve o problema com o qual eu implicava, daquela parte dedicada a um flashback bem no clímax da história. Ele ainda conta com pontos bastante favoráveis se comparar com o que tem saído de histórias de vampiros atualmente, como por exemplo o fato de a protagonista não ser uma mocinha indefesa que fica sentadinha esperando seu amor a salvar, ou ainda de a trama principal se sustentar só na melação do amor de uma mortal por um vampiro (a saber, Kara já é uma vampira desde o segundo volume).
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Gertrudes e Cláudio (John Updike)
O livro toma como base três fontes diferentes: a mais antiga é o registro da história da Dinamarca por Saxo Grammaticus (século XII). Também usa como referência o texto do francês François de Belleforest (século XVI) e óbvio, o próprio Hamlet de Shakespeare. O romance é dividido em três partes, e em cada uma delas algumas personagens apresentam nomes com grafias diferentes (Getrudes, por exemplo, é Gerutha na primeira parte e Geruthe na segunda). As mudanças não são sempre explicadas, mas o autor explica que tanto Cláudio quanto Polônio “latinizaram” o nome quando o irmão de Rei Hamlet assumiu o poder.
Desafio 30 Dias de Filmes
Mas assim, se quiser responder essa e tomar gosto pela coisa, tem também o desafio 30 dias de livros que começamos no Meia Palavra, além de um 30 dias de música que tem no próprio Facebook. E se você gosta do tumblr, tem desafios mais específicos, tipo 30 dias de senhor dos anéis (pois é). É coisa para nenhum fanático por lista colocar defeito.
Óbvio, a ideia era ir postando um dia após o outro, mas se quiserem só responder a lista, fiquem à vontade. Minhas respostas então: Continue lendo “Desafio 30 Dias de Filmes”
Boa Ventura! (Lucas Figueiredo)
O que de fato é uma pena. O trabalho de investigação que Figueiredo entrega ao leitor é delicioso, repleto de curiosidades mas, o mais importante, muito bem alinhavado. Não é romance (acredito ser algo que se enquadraria em “Jornalismo Histórico”), mas dada a fluidez e coesão do texto, e mais ainda, a galeria de personagens que passam pela obra, poderia muito bem ser lido como tal.
Rushmore
Eu reclamo dessas traduções ruins porque elas podem fazer com que um filme que até tenha potencial fracasse miseravelmente aqui no Brasil, sendo completamente ignorado por conta de um título estúpido. Veja lá o caso de The Fall, lindíssimo, que virou Dublê de Anjo. Nem eu perderia minutos preciosos da minha vidinha para assistir a um filme com esse nome. E acho que o mesmo acaba valendo para Rushmore.
Supernatural S06E19 e S06E20
O que ficamos sabendo é que a Eve está voltando com força total, colocando um monte de cria para tocar o horror porque hum, Crowley está judiando as crianças dela (os alfas estavam sendo torturados para dizer para o demônio onde ficava o purgatório, leeeembra?). Aí Dean fala o que nós também falaríamos, ei moça, você tá atrasada, o Cass fez churrasquinho dele tem uns episódios já. E tchanaaaaaam, grande surpresa, ele está vivo. Sério, para mim foi surpresa mesmo, depois que Cass queimou os ossos dele eu só pensei “Poutz, mataram a personagem mais legal que apareceu recentemente!” e buenas, vamos continuar assistindo ao show.
O Longo Adeus (Raymond Chandler)
Feche os olhos e pense em um detetive particular dos filmes e livros noir. Pensou? Provavelmente o que veio na sua mente foi aquele sujeito meio cínico, de atitudes violentas quando necessárias, senso de humor corrosivo e cujo visual assemelha-se muito com Humphrey Bogart usando chapéu e capote, e sempre com um cigarro por perto, como dá para ver nessa imagem aqui:
Isso não acontece à toa. Muito do que se lê/vê de noir teve fortíssima influência de Raymond Chandler (1888-1959), que nos tempos do pós-Guerra e pós-Depressão escreveu várias histórias com uma personagem que viraria modelo de detetive particular, Philip Marlowe. E é lendo obras como O longo adeus (publicada originalmente em 1954) que dá para ter uma ideia de porque a personagem ficou tão famosa e, mais do que isso, porque é tão imitada.
Para ler o livro ilustrado (Sophie Van der Linden)
Como a autora mostra ao longo do seu estudo, o livro ilustrado evoluiu muito desde as primeiras versões em xilogravura do século XVIII até os dias de hoje. Os artistas exploram cada vez mais a infinidade de possibilidades do casamento entre a escrita e a ilustração, indo muito além de um simples contar história. Ele chama o leitor para dentro dela, faz com que ele participe, faça parte daquilo. O livro vem como uma máquina cujo motor é o leitor.
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