True Blood S04E09: Let’s Get Out of Here

E com Let’s get out of here (S04E09) falta pouco para terminar a temporada e este episódio já deixou o tom de season finale se aproximando bem claro. A começar pela solução do caso de Arlene e Terry com o bebê e o fantasma. A não ser que aconteça mais coisas e aí acabe tendendo para o que Arlene já achava (que tem algo de Rene ali), o “You got it, bitch” do Lafayette encerrou o assunto. Sobre esse negócio do bebê assombrado até que ficou legal, o maior problema é que pareceu distoar demais da série. Ok, é sobrenatural e é uma série sobre vampiros. Mas a história em si parece tão desconectada da “mitologia” principal que não tem como não questionar o propósito dela ali. Se for para falar dos “poderes” do Lafayette e do Jesus, dava para fazer com alguma pessoa aleatória, não precisava disso tudo, certo?

Mas pelo menos valeu pelo tempo a mais de Terry, adoro a personagem mesmo. Aquele jeito de lesado de bom coração é muito legal, é realmente cativante e a gente acaba torcendo por ele. A Arlene era uma chatinha no começo da série mas foi melhorando gradualmente, acho que ela representa bem os caipiras locais, no final das contas. Já Lafayette encarnando a fantasma ficou legal, mas o Jesus vou te contar, ainda não engoli essa personagem aí. Enfim, ok, parece que tem uma conclusão nisso aí.

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O Clube do Suicídio e outras histórias (Robert Louis Stevenson)

Robert Louis Stevenson nasceu em Edimburgo, em 1850. Caso tivesse feito o gosto do pai, seria engenheiro, e não um dos melhores contadores de história da Grã-Bretanha. Stevenson viajou o mundo e transpôs muito do que viu para seus trabalhos, como por exemplo A Ilha do Tesouro – trazendo relatos que são diversão garantida para quem lê, e talvez até por isso mesmo já tenha sido uma “celebridade” ainda em vida, o que lhe garantiu a segurança para ter a escrita como profissão, e o que em consequência nos trouxe histórias inesquecíveis, que continuam agradando ao leitor mesmo tantos anos após a publicação original.

E isto fica evidente ao ler O Clube do Suicídio e outras histórias, que chegou este mês através da coleção Prosa do Mundo da Cosac Naify. O livro tem duas novelas e quatro contos que retratam de forma exemplar a produção do autor, além disso traz introdução de Davi Arrigucci Jr. e também no Apêndice dois textos interessantíssimos para quem gostou do que pode conferir nessa coletânea: Robert Louis Stevenson por Henry James e O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde por Vladimir Nabokov.

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O Lobo Voltou! (Geoffroy de Pennart)

Considerando os livros infantis, é muito engraçado como algumas vezes o texto parece ser simplesmente perfeito para que a história seja lida por um adulto para uma criança. É o caso de O Lobo Voltou! do francês Geoffroy de Pennart. O conto que reúne diversas personagens bastante conhecidas do imaginário infantil (como Chapeuzinho Vermelho ou os Três Porquinhos) fala da volta do temido Lobo, aquele mesmo, o maior vilão de todos os contos de fada.

O divertido é que talvez pelo ritmo da história, somado ao negrito da frase que se repete constantemente O LOBO VOLTOU!, o livro parece que pede para ser lido em voz alta, até para ajudar na construção dessa atmosfera de suspense ao redor do retorno do Lobo. E certamente uma leitura que poderá agradar muito ao pequeno que a escuta, por causa do tom de humor que toma conta do livro.

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True Blood S04E08: Spellbound

Agooooooora sim! ISSO é o que acho um episódio legal.  Em Spellbound (S04E08) temos o equilíbrio perfeito entre as personagens chatas (que apareceram menos) e as legais (que apareceram mais). Não só isso, mas algumas que eram chatas (tipo a Marnie) ganharam boas cenas e com isso a oportunidade de mostrar que não são tão ruins assim. A atriz que está interpretando a bruxa está muito bem, conseguiu deixar bem clara a diferença entre Marnie (boazinha, hesitante) e Antonia (vingativa, petulante) – aliás, o confronto entre vampiros e bruxos no cemitério ficou MUITO legal, melhor do que no livro by far.

Acho que o único porém no episódio continua sendo o Eric. Finalmente aconteceu a cena do chuveiro, mas não foi nada do que eu esperava, até porque tem uma diferença entre os livros e a série de tv que é fundamental: nos livros o sangue de vampiro não tem essa coisa tão forte de causar uma viagem alucinógena como se fosse drogas. E lá o laço de sangue da Sookie e o Eric foi construído aos poucos, e na maior parte das vezes com o Eric enganando a Sookie (lembram da história de ela chupar a bala do peito dele?). Até que fica legal a coisa ser feita com consentimento da Sookie, é o amor e blablabla, mas aí eles deveriam ter mostrado a mesma relação entre a Jessica e o Hoyt, por exemplo.

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O cobertor de Jane (Arthur Miller)

Dia desses encontrei uma lista com sete livros infantis de autores de literatura adulta, e me surpreendi com alguns títulos. Você sabia que James Joyce escreveu um livro para crianças? Eu não. E foi com a mesma surpresa que vi o lançamento que saiu este mês pelo selo Companhia das Letrinhas,O cobertor de Jane. Escrito por ninguém mais, ninguém menos do que Arthur Miller, o mesmo autor de As Bruxas de Salem e A Morte do Caixeiro Viajante.

A história é bastante singela, falando principalmente sobre o crescimento, de como envelhecer significa também deixar certas coisas para trás. Jane tem um cobertorzinho cor-de-rosa (que chama de “betô”) desde bebê, e a medida que vai crescendo o cobertor fica cada vez mais pequeno para ela. São várias as vezes que ela quase o abandona, mas acaba buscando o “betô” novamente – até que chega a hora da separação definitiva.

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Paris é uma festa (Ernest Hemingway)

Vencedor do prêmio Nobel em 1954, o norte-americano Ernest Hemingway parece personagem de ficção. Basta uma olhada rápida em sua biografia para se dar conta de como esse homem viveu intensamente: esteve presente na Primeira Guerra Mundial como motorista de ambulância, foi correspondente estrangeiro de jornal, conheceu pessoas que depois de algum tempo viriam a entrar na lista de personalidades favoritas de muitas pessoas.

É por causa disso que Paris é uma festa (A Moveable Feast) embora biográfico tenha todo o charme de um romance. Descrevendo os anos que Hemingway viveu em Paris, ainda dando os primeiros passos na carreira de escritor, o livro vem cheio de personagens fascinantes, ainda mais quando se sabe que são reais, e quanto influenciaram o trabalho de Hemingway.

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Celular, esta praga moderna

Coisa de 15 anos atrás este post nem existiria. Lembro que meu primeiro contato com celular “na vida real” (e não em filmes), foi ao ver o de uma amiga minha, que tinha um daqueles tijolões cinzas tão grandes que depois até ficou feliz quando comprou um Startac, que era menor e mais fininho. Eu só ganhei o meu primeiro ali no final de 99, era um Nokia 5110 (daqueles que dava para trocar a cor, e eu trocava, hehe). E desde então, sempre tive comigo um celularzinho, o que já dá aí mais de dez anos usando o aparelhinho.

Nesse tempo todo não aprendi a usar bluetooth direito, nem a mandar foto por sms, nem consegui fazer download de músicas que não fossem do meu computador para o celular. Em compensação, aprendi a desligar o telefone antes de começar uma aula, ao entrar em sala de cinema ou no teatro, antes de consulta no médico. Coisa básica, simples. Que parece que muita gente não aprendeu, se considerar os videos as seguir:

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True Blood S04E07: Cold Grey Light of Dawn

Aiii, que episódio chato. Tão chato que não estou nem com muita vontade de falar sobre ele. Até porque falar sobre Cold Grey Light of Dawn (S04E07) é meio que o mesmo que comentar o anterior: as falhas se repetiram, e em quantidade maior. Teve um momento que até pensei “Por que eu assisto True Blood mesmo?”, porque sério, tem algumas vezes que eles erram a mão e parece até que você acabou só jogando seu tempo fora. Mas vamos lá, em tópicos para ser mais organizada. Começando com a parte chata.

Sam e o irmão: Coisa chata da p*. Já vi esse surtinho dele de “Suma daqui” umas trocentas vezes. Seria legal se agora fosse definitivo. Ou se o Sam fizesse o favor de tirar essa chatice de irmão dele da série, podendo virar um skinwalker também. A única parte que valeu a pena foi a do Sam se dando conta que o Tommy se passou por ele, e a cara da Luna percebendo isso ao mesmo tempo. Fora isso, boooooring.

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Roadside Picnic (Arkady and Boris Strugatsky)

Publicado pela primeira vez em 1972, o breve romance de ficção científica Roadside Picnicde Arkady and Boris Strugatsky é uma história para agradar não apenas aos fãs do gênero. Na narrativa ficamos sabendo que seres extraterrestres visitaram a Terra por um curto período de tempo, foram embora e deixaram para trás o que os cientistas chamariam de “Zonas de Visitação”, lugares onde estranhos fenômenos acontecem e que por conta dos perigos da região passaram a ser fechados para pessoas que não estivessem estudando os objetos ou os fatos que ocorrem lá. Porém, algumas pessoas tornaram-se “stalkers”, gente que entra nas zonas à noite para roubar o que encontrassem dos alienígenas para então vender por um alto preço para pessoas de fora. É em um desses stalkers que o romance se concentra, Redrick Schuhart.

É interessante observar a estrutura de Roadside Picnic, que prepara o leitor para o (fortíssimo) desfecho. Ao todo são cinco capítulos se considerarmos a entrevista na abertura como tal. A entrevista com o doutor Valentine Pilman situa o leitor no universo do livro: a questão da visita dos extraterrestres, como os cientistas estão lidando com o assunto, a natureza dos stalkers, etc. No segundo capítulo somos apresentados à Redrick, então com 23 anos e assistente de laboratório (e já um stalker). Esse capítulo é todo narrado por Redrick, que conhece tão bem o lugar que costuma saquear que logo traz para o leitor histórias que os cientistas desconhecem, envolvendo outros stalkers. É um capítulo importante também porque é nele que Redrick fica sabendo que sua namorada Guta está grávida.

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Boemia literária e revolução: O submundo das letras no Antigo Regime (R. Darnton)

Meu primeiro contato com a obra do professor Robert Darnton aconteceu ano passado, com O beijo de Lamourette. O livro trouxe tantas novidades no que diz respeito à pesquisa envolvendo História e literatura que despertou uma nova curiosidade em mim, que inclusive acabou influenciando algumas escolhas literárias posteriores, como por exemplo, o romance A sombra da guilhotina, que envolvia uma das especialidades de Darnton, a Revolução Francesa.

O interessante sobre o texto de Darnton é que, embora acadêmico e voltado a um nicho específico, ele consegue ser interessante e gostoso de se ler. Foge e muito daquela distância e frieza típica de autores que envolvem o mundo das pesquisas e talvez por isso mesmo consiga agradar até mesmo quem não é “da área” que ele aborda em seus trabalhos. Continue lendo “Boemia literária e revolução: O submundo das letras no Antigo Regime (R. Darnton)”