Mas pelo menos valeu pelo tempo a mais de Terry, adoro a personagem mesmo. Aquele jeito de lesado de bom coração é muito legal, é realmente cativante e a gente acaba torcendo por ele. A Arlene era uma chatinha no começo da série mas foi melhorando gradualmente, acho que ela representa bem os caipiras locais, no final das contas. Já Lafayette encarnando a fantasma ficou legal, mas o Jesus vou te contar, ainda não engoli essa personagem aí. Enfim, ok, parece que tem uma conclusão nisso aí.
O Clube do Suicídio e outras histórias (Robert Louis Stevenson)
E isto fica evidente ao ler O Clube do Suicídio e outras histórias, que chegou este mês através da coleção Prosa do Mundo da Cosac Naify. O livro tem duas novelas e quatro contos que retratam de forma exemplar a produção do autor, além disso traz introdução de Davi Arrigucci Jr. e também no Apêndice dois textos interessantíssimos para quem gostou do que pode conferir nessa coletânea: Robert Louis Stevenson por Henry James e O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde por Vladimir Nabokov.
Continue lendo “O Clube do Suicídio e outras histórias (Robert Louis Stevenson)”
O Lobo Voltou! (Geoffroy de Pennart)
O divertido é que talvez pelo ritmo da história, somado ao negrito da frase que se repete constantemente O LOBO VOLTOU!, o livro parece que pede para ser lido em voz alta, até para ajudar na construção dessa atmosfera de suspense ao redor do retorno do Lobo. E certamente uma leitura que poderá agradar muito ao pequeno que a escuta, por causa do tom de humor que toma conta do livro.
True Blood S04E08: Spellbound
Acho que o único porém no episódio continua sendo o Eric. Finalmente aconteceu a cena do chuveiro, mas não foi nada do que eu esperava, até porque tem uma diferença entre os livros e a série de tv que é fundamental: nos livros o sangue de vampiro não tem essa coisa tão forte de causar uma viagem alucinógena como se fosse drogas. E lá o laço de sangue da Sookie e o Eric foi construído aos poucos, e na maior parte das vezes com o Eric enganando a Sookie (lembram da história de ela chupar a bala do peito dele?). Até que fica legal a coisa ser feita com consentimento da Sookie, é o amor e blablabla, mas aí eles deveriam ter mostrado a mesma relação entre a Jessica e o Hoyt, por exemplo.
O cobertor de Jane (Arthur Miller)
A história é bastante singela, falando principalmente sobre o crescimento, de como envelhecer significa também deixar certas coisas para trás. Jane tem um cobertorzinho cor-de-rosa (que chama de “betô”) desde bebê, e a medida que vai crescendo o cobertor fica cada vez mais pequeno para ela. São várias as vezes que ela quase o abandona, mas acaba buscando o “betô” novamente – até que chega a hora da separação definitiva.
Paris é uma festa (Ernest Hemingway)
É por causa disso que Paris é uma festa (A Moveable Feast) embora biográfico tenha todo o charme de um romance. Descrevendo os anos que Hemingway viveu em Paris, ainda dando os primeiros passos na carreira de escritor, o livro vem cheio de personagens fascinantes, ainda mais quando se sabe que são reais, e quanto influenciaram o trabalho de Hemingway.
Celular, esta praga moderna
Nesse tempo todo não aprendi a usar bluetooth direito, nem a mandar foto por sms, nem consegui fazer download de músicas que não fossem do meu computador para o celular. Em compensação, aprendi a desligar o telefone antes de começar uma aula, ao entrar em sala de cinema ou no teatro, antes de consulta no médico. Coisa básica, simples. Que parece que muita gente não aprendeu, se considerar os videos as seguir:
True Blood S04E07: Cold Grey Light of Dawn
Aiii, que episódio chato. Tão chato que não estou nem com muita vontade de falar sobre ele. Até porque falar sobre Cold Grey Light of Dawn (S04E07) é meio que o mesmo que comentar o anterior: as falhas se repetiram, e em quantidade maior. Teve um momento que até pensei “Por que eu assisto True Blood mesmo?”, porque sério, tem algumas vezes que eles erram a mão e parece até que você acabou só jogando seu tempo fora. Mas vamos lá, em tópicos para ser mais organizada. Começando com a parte chata.
Sam e o irmão: Coisa chata da p*. Já vi esse surtinho dele de “Suma daqui” umas trocentas vezes. Seria legal se agora fosse definitivo. Ou se o Sam fizesse o favor de tirar essa chatice de irmão dele da série, podendo virar um skinwalker também. A única parte que valeu a pena foi a do Sam se dando conta que o Tommy se passou por ele, e a cara da Luna percebendo isso ao mesmo tempo. Fora isso, boooooring.
Roadside Picnic (Arkady and Boris Strugatsky)
É interessante observar a estrutura de Roadside Picnic, que prepara o leitor para o (fortíssimo) desfecho. Ao todo são cinco capítulos se considerarmos a entrevista na abertura como tal. A entrevista com o doutor Valentine Pilman situa o leitor no universo do livro: a questão da visita dos extraterrestres, como os cientistas estão lidando com o assunto, a natureza dos stalkers, etc. No segundo capítulo somos apresentados à Redrick, então com 23 anos e assistente de laboratório (e já um stalker). Esse capítulo é todo narrado por Redrick, que conhece tão bem o lugar que costuma saquear que logo traz para o leitor histórias que os cientistas desconhecem, envolvendo outros stalkers. É um capítulo importante também porque é nele que Redrick fica sabendo que sua namorada Guta está grávida.
Continue lendo “Roadside Picnic (Arkady and Boris Strugatsky)”
Boemia literária e revolução: O submundo das letras no Antigo Regime (R. Darnton)
O interessante sobre o texto de Darnton é que, embora acadêmico e voltado a um nicho específico, ele consegue ser interessante e gostoso de se ler. Foge e muito daquela distância e frieza típica de autores que envolvem o mundo das pesquisas e talvez por isso mesmo consiga agradar até mesmo quem não é “da área” que ele aborda em seus trabalhos. Continue lendo “Boemia literária e revolução: O submundo das letras no Antigo Regime (R. Darnton)”