Cinema com mamadeira 2

Não deixa de ser engraçado que logo o número 2 do Cinema com mamadeira seja quase todo com filmes que revi, e não filmes novos. Se o tempo é curto, por que estou assistindo novamente alguns filmes? Bem, a resposta é óbvia: porque eles valem a pena. Ou porque esqueci que já tinha visto, há. De qualquer forma, vamos lá, um pouco sobre cada um deles.

O melhor amigo da noiva (2008): Era uma noite aleatória, eu estava morta de cansaço e não queria nada além de uma comediazinha bonitinha e aí vi esta opção no Netflix e resolvi conferir. E né, pelo menos nos primeiros minutos pareceu entregar o que eu queria. Vemos Patrick Dempsey como Tom, um carinha pegador que não se prende a ninguém previsivelmente se apaixonando pela melhor amiga Hannah justo no momento em que ela larga mão do amor platônico por ele para ficar com outro cara. Aí eu comecei a pensar “Peraí, tudo bem que o enredo é previsível, mas isso tudo está começando a soar muuuuito familiar”. Pensei que estava confundindo com algum outro filme que envolvesse casamento, fura olho e afins, e então quando eles chegam na Escócia (sim, vergonhosamente uma parte já bem avançada do filme) eu me dei conta de que já tinha assistido O melhor amigo da noiva. Não lembro quando, não tenho nada anotado – muito provavelmente nos meses finais da gravidez ou em algum momento dos primeiros meses do Arthur, quando não dormir era algo bastante comum. Enfim, o filme não é ruim. Só dá aquele arrependimento ter usado meu tempo revendo algo quando tem tanta coisa que ainda não vi. Continue lendo “Cinema com mamadeira 2”

Cinquenta Tons Mais Escuros (E. L. James)

Sim, eu traí o ~movimento~, continuei a ler a trilogia Cinquenta Tons de Cinza de E.L. James. Passei para o segundo volume, Cinquenta Tons Mais Escuros (a ser lançado no Brasil pela Intrínseca em setembro deste ano) e, embora tenha quase desistido no começo, fui até o fim por conta de uma série de motivos, entre os quais: a) tenho TOC com séries, não consigo abandoná-las sem ler todos os livros; b) ainda não conseguia entender a quantidade apavorante de leitoras apaixonadas por um cretino como o Christian Grey (não, a resposta “ele é rico, bonito e pauzudo” não serve para mim) e c) não queria ser injusta com a série, tentei observar o todo. Vai que. Então respirei fundo e resolvi observar a história apenas quanto à diversão que pode proporcionar, já que pelo primeiro volume sabia de antemão que a parte da escrita era sofrível mesmo. A saber, continua sofrível no segundo livro, assim como também continua a chatíssima repetição de expressões/verbos (alguém por favor ensina esta mulher a procurar sinônimos na internet, sim?).

Poréééém, é fato que Cinquenta Tons Mais Escuros é bem mais tolerável do que o primeiro volume. Por tolerável quero dizer: não é bom, mas também não é mais tão ruim. A começar que a dona E.L. James resolve criar um enredo de fato. Isso faz toda a diferença, porque se for observar bem, a estrutura de Cinquenta Tons de Cinza era praticamente uma colagem de micro-contos eróticos, repetindo sempre a mesma sequência de criar a base para o momento em que Grey e Ana transariam e o ato em si, e o livro meio que é só isso, o que é obviamente chato (motivos explicados no meu post anterior). Mas, como disse, no segundo livro temos algo além disso. E. L. James lança mão de vários clichês de livros para mulherzinha, mas consegue criar uma situação de antagonismo e um pouco de mistério, que faz com que o leitor consiga chegar até o final (apesar de um certo mal uso de uma poesia linda de Emily Dickinson). Um pouco do passado de Grey aqui, a ex-sub louca acolá, um acidente com helicóptero, uma tentativa de estupro e vamos indo. Continue lendo “Cinquenta Tons Mais Escuros (E. L. James)”

Cinema com mamadeira 1

Porque eu sou mãe, e não tenho mais muito tempo nem para ver muito filme, nem para escrever grandes posts sobre cada um deles. Por isso resolvi fazer comentários breves sobre o que andei assistindo.

Drive (2011): Podia jurar que tinha comentado sobre ele aqui. Acho que foi meu primeiro filme com Ryan Gosling como protagonista, e gostei bastante do que vi. É daquelas histórias que acabam sendo construídas muito mais nos silêncios das personagens do que em suas falas propriamente ditas. E bem, nas ações, é claro. O motorista (que se eu não me engano nunca tem o nome revelado na história) vai se revelando aos poucos a partir do momento que conhece a nova vizinha e tenta ajudá-la. Achamos que é um sujeito que quer só a sorte de um amor tranquilo ou algo que o valha (e bem, parece que é o que ele quer), mas a seta na régua da moralidade da personagem não está apontando para o mesmo lugar que a maioria dos heróis, tornando a personagem bem interessante, no final das contas. Chamou minha atenção principalmente a forma como a tensão é mantida ao longo da história, em pelo menos uma cena eu lembro de ter dado um pulo de susto.

O primeiro ano do resto de nossas vidas (1985): Pode parecer meio bizarro se for pensar que já passei dos 30, mas não, eu ainda não tinha assistido a esse filme. E lógico, o efeito não foi o mesmo que teria se eu tivesse assistido, sei lá, uns 10 anos atrás (não necessariamente logo que foi lançado). Mas é bastante curioso, no final das contas, ver uma Demi Moore (hoje uma senhoooura) pirralhinha e atores que já foram galãs no seu tempo e hoje são ilustres desconhecidos. A história fala de um grupo de amigos que está naquela difícil fase de transição entre a vida de jovem e a de adulto – pagar conta, trabalhar, enfim, entrar na roda viva. Chamou minha atenção a movimentação dos atores e o ritmo dos diálogos, lembrou MUITO o estilo de uma peça de teatro (especialmente nas partes que passam dentro do bar St. Elmo’s). Foi dirigido por Joel Schumacher 12 anos antes do horroroso Batman & Robin.

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Cinquenta Tons de Cinza (E.L. James)

A história da criação de Cinquenta Tons de Cinza (de E. L. James, cuja tradução foi lançada esta semana no Brasil) é no mínimo curiosa. Nos tempos de sucesso da saga Crepúsculocomeçaram a aparecer sites que reuniam fanfics baseadas nos livros de Stephenie Meyer. Algumas tentavam contar de outro jeito o romance entre Bella e Edward, outras iam além e usavam as personagens em histórias completamente diferentes, algumas com muito “lemon“, um termo utilizado pelo pessoal que escreve fanfic para as cenas de sexo. E entre essas ‘n’ fanfics que surgiram na época, havia uma chamada Masters of the Universe, que depois foi modificada (com Edward virando Christian e Bella virando Anastasia), publicada de modo independente, mas que então fez tanto, tanto sucesso que começou a ter o direito disputado a tapa entre editoras grandes.

E é nítido que o “passado” do livro acaba ficando bastante evidente já nas primeiras páginas, pelo menos no caso de quem já leu Crepúsculo. As semelhanças vão desde bobagens (como o fato de Christian achar que azul fica bem em Ana, assim como Edward achava sobre Bella) até questões mais importantes para o enredo (ou vão dizer que nunca ninguém achou a dependência de Bella pelo vampiro meio estranha?). Algumas vezes só pelas características já dá para saber quem são as personagens que inspiraram James (o irmão de Christian, Eliott, seria o Emmet de Crepúsculo; a amiga de Ana, Kate, seria Rosalie, etc.). O maior problema é que como a autora quando escreveu afanfic contava provavelmente com o conhecimento prévio do leitor sobre características das personagens, acabou criando um Christian e uma Anastasia bastante vazios. Ela é uma garota insegura de cabelo rebelde que está prestes a se formar e gosta de livros clássicos. Ele é um empresário milionário aos 27 anos, frio e dominador. E é basicamente isso que sabemos sobre os dois, o que chega a ser irônico se considerarmos o tanto que a autora usa do livro para descrever espaço e as roupas de suas personagens. Continue lendo “Cinquenta Tons de Cinza (E.L. James)”

True Blood S05E09 até Season Finale

Não tinha como ser diferente. Uma temporada tão ruim, com ideias boas jogadas fora e com ideias ruins ganhando cada vez mais tempo de tela, lógico que tinha que dar num season finale bizarro como o desse último domingo. Para falar bem a verdade, eu fico pensando aqui sobre o que vejo de True Blood desde a primeira temporada, e a sensação que tenho é que continuo assistindo não só por teimosia, mas por alguma esperança de que em algum momento eles conseguirão acertar a mão. Ok, a quinta temporada não foi tão ruim quanto a da Menade, mas o que conta negativamente aqui é que ela tinha tudo para ser uma das melhores, e agora está ali coladinha com a segunda como uma das piores.

Dois momentos  nesses quatro últimos episódios deram uma amostra do que True Blood poderia ter sido. Com a explosão da fábrica e aquela regra de criar novos vampiros, Bon Temps fica cheia de novos vampiros, todos loucos e morrendo de sede. Aí temos o primeiro momento, com Sookie abrindo a porta para o legista da cidade, e então descobre que agora ele é um vampiro. O outro momento, com Alcide e o pai no trailer, sendo atacados por um grupo de novos vampiros. Pegue essas duas cenas e pense, como a quinta temporada teria sido ótima se tivessem focado nisso, na cidade infestada de vampiros que não estavam mais se importando em manter as aparências (até porque não tinham como). O horror/a tensão que poderia ser criado/a a partir disso é algo equivalente ao Salem’s Lot do Stephen King. Mas horror/tensão para que, quando obviamente a série resolveu tender para a comédia?

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Antologia Poética (Carlos Drummond de Andrade)

Então você pensa que não conhece muitas poesias de determinado escritor e resolve ler uma “antologia poética” para ter uma noção mais ampla da criação literária do poeta. Lê um poema, vai para outro e todos os versos começam a passar um tom de estranha familiaridade. Tão estranha, que em alguns poemas você começa a prever o verso seguinte (e consequentemente se dá conta de que conhecia o texto de cor). É quase como uma sensação de voltar para casa, ou até mesmo de reencontro com um amigo – foi o que senti ao lerAntologia Poética de Carlos Drummond de Andrade.

É evidente que muito da obra de Drummond foi devidamente apresentada para mim em sala de aula (acredito que o mesmo deve ter acontecido com outras pessoas, especialmente com os que já foram vestibulandos). Mas a sensação de familiaridade não vem só do fato de muitos dos poemas do escritor serem bastante conhecidos e estudados, mas também pelos temas abordados pelo poeta e o modo como ele faz, o que fica bastante evidente nesta coletânea.

A antologia foi organizada pelo próprio autor em 1962, e é dividida em nove partes que, segundo Drummond, representam “o indivíduo, a terra natal, a família, amigos, o choque social, o conhecimento amoroso, a própria poesia, exercícios lúdicos, uma visão ou tentativa de, da existência” (pg.15). Mas a abordagem do poeta é tão sensível, que ele poderia tratar de temas completamente alienígenas e ainda assim conseguir fazer com que o leitor se identificasse com seus versos. Portanto não é à toa que muitos recitem por aí trechos de poemas dele (mesmo que às vezes sem nem saber a quem pertencem). É um daqueles casos em que o poeta parece assumir o papel de porta-voz da humanidade, colocando em palavras (e versos!) o que muitos sentem. Continue lendo “Antologia Poética (Carlos Drummond de Andrade)”

How I Met Your Mother (Segunda Temporada)

Então a segunda temporada começa com Ted finalmente namorando com Robin e Marshall e Lily separados. Como já tinha comentado no post sobre a primeira temporada, eu já fui atrás de alguns spoilers, e verdade seja dita não estava botando muita fé que iria gostar da segunda temporada (não, ainda não aceitei a ideia Robin/Barney, por mais que eu ache que ambos combinem, blé!). Mas ok, eu estava enganada. A segunda temporada foi de longe muito, mas muito mais divertida que a primeira. Em alguns momentos eu dava gargalhadas aqui em casa, tendo que me segurar para não acordar o Arthur, como quando Marshall dá o segundo tapão no Barney (tenho certeza que essa cena deve estar entre as favoritas de muitos fãs da série).

Acho que o principal motivo de a segunda temporada ser melhor do que a primeira é que tanto os roteiristas quando o público já estão acostumados com as personagens. Elas já nos foram apresentadas, já conhecemos suas principais características, então as cenas de humor podem ser construídas sem perder muito tempo dizendo “ei, vejam, isso é engraçado porque a personagem jamais faria algo assim” ou algo que o valha. Mas ao mesmo tempo vamos conhecendo um pouco mais deles, como o passado de Robin, ou o trabalho de Ted. E o legal é que aí cai naquela questão que já ouvi muita gente falando e com a qual concordo: ok, lógico que rola curiosidade em saber quem é a mãe. Mas esse não é o foco da série, ela não depende desse mistério – tanto que vários episódios mal tinham relação com a “mãe” (aqui provavelmente porque Ted e Robin estavam namorando).

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O Substituto (Brenna Yovanoff)

Não há dúvidas, os livros voltados para adolescentes com temática sobrenatural vieram para ficar. E o que inicialmente parecia um terreno exclusivo de vampiros foi criando espaço para todo tipo de criatura – anjos e zumbis, por exemplo. O problema é que a fórmula começou a ficar desgastada, por conta de alguns elementos constantes: o narrador em primeira pessoa, que quase sempre é um jovem com algum tipo de problema para se relacionar com outras pessoas (antissocial? acabou de trocar de cidade? tem um horrível segredo? etc.), o encontro entre a criatura sobrenatural com um(a) humano(a) e o amor que surge dali. A sensação que acaba ficando após a leitura de alguns livros desse tipo é que alguns escritores (e editoras) não querem arriscar, mexer no “time que está ganhando”, e consequentemente entregam para o público histórias que, fora a espécie de “monstro” e os nomes das personagens, parecem ter pouca diferença entre si. E é por manter a fórmula mas fugir da “forma de bolo” que livros como O Substituto de Brenna Yovanoff merecem atenção.

Sim, temos criaturas sobrenaturais, temos o carinha com um horrível segredo e até um amorzinho (!!) entre o ser em questão e uma humana, e sim, o sempre constante narrador em primeira pessoa. Mas mesmo com todos esses lugares-comuns Yovanoff consegue inovar, trazer algo de diferente para quem gosta de livros deste tipo. Já começa que temos um raro protagonista do sexo masculino (atenção para o termo “raro”, não estou dizendo que seja a primeira vez), o que por si só já traz uma dezena de inovações. Mackie é um substituto, criatura subterrânea colocada no lugar do filho do casal Doyle. Engana-se quem pensa que o enredo girará em torno do garoto descobrindo-se um substituto ou algo que o valha. Ele sabe o que é. Seus pais sabem o que ele é. Não há mistérios sobre isso. Continue lendo “O Substituto (Brenna Yovanoff)”

Jogos Vorazes

cena favorita <3

No começo do ano li a trilogia Jogos Vorazes de Suzanne Collins já sabendo que um filme estava para chegar ainda em 2012 (para saber o que achei dos livros, tem post aqui, aqui e aqui). E como gostei muito do que eu li (bateu até aquela deprê pós-leitura depois), óbvio que estava curiosa como seria a adaptação, especialmente por alguns aspectos visuais mesmo: como ficariam as roupas criadas por Cinna para Katniss? Como diabos parece aquela Cornucópia? E como fica a camuflagem do Peeta? Enfim, por aí vai. Não achava que Jogos Vorazes era infilmável, só que algumas ideias dele poderiam não funcionar na hora da troca de mídias e acabaria passando por algum tipo de reformulação (como no caso dos uniformes dos super-heróis das HQs, por exemplo).

E foi com um pouco de receio que eles esculhambassem tudo que comecei a assistir ao filme que, para minha surpresa, conseguiu dar conta muito bem dos desafios que a adaptação trazia. Para começar um ponto bem importante que é a narração em primeira pessoa. No livro temos Katniss narrando os eventos, o que é crucial para mostrar, por exemplo, a dúvida dela sobre como reagir com Peeta na arena; ou ainda do senso de responsabilidade que ela tinha para com a irmã e a mãe. Por isso achei que no filme usariam um voice-over, onde Katniss mostraria seus pensamentos tal e qual no livro. Não fizeram isso, partindo para a criação de cenas que nós leitores não teríamos acesso pelo ponto de vista de Katniss, como uma conversa entre o presidente Snow e Sêneca, Haymitch tentando convencer Sêneca a não matar Katniss ou ainda a ótima ideia dos locutores dos jogos – que explicam para quem não está familiarizado com o universo criado por Collins algumas questões da arena, ao mesmo tempo que servem para chamar a atenção para alguns aspectos que poderiam passar batido.

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A trama do casamento (Jeffrey Eugenides)

Não vou mentir e dizer que amei A trama do casamento (de Jeffrey Eugenides) logo de início. Nas primeiras páginas fiquei com certo receio de que tinha em mãos um livro que focaria em uma protagonista tão vazia que precisava se completar com uma figura masculina, daí sua incansável busca pelo par. Madeleine Hanna surge como uma personagem cujo eixo central dos eventos da sua vida são os homens com que se relacionou, se relaciona ou possivelmente se relacionará. E é evidente que esse tipo de figura cria uma certa antipatia inicial (especialmente se o leitor, como eu, buscava algo mais como As Virgens Suicidas, e não mais um romance juvenil no estilo de “quem vai ficar com quem”).  Mas a realidade é que acredito ser um daqueles casos em que valeu a pena continuar a leitura, mesmo tendo começado com o pé esquerdo: aos poucos Eugenides vai te seduzindo, mostrando que Madeleine não é só aquilo, assim como A trama de casamento não é só sobre a escolha da garota entre Leonard e Mitchell, seus dois “pretendentes”.

Não é que realmente a base do enredo não seja a relação de Madeleine com os dois rapazes. De fato, temos desde o início a narrativa centrada nas dificuldades de seu romance com Leonard (que aparecera em sua vida como o cara perfeito que ela nem conseguia acreditar que começara a namorar) e da possibilidade de algo acontecer com Mitchell (o rapaz que a conhecia desde o primeiro ano na faculdade e que obviamente fora colocado na friend zone e não parecia ter muitas perspectivas de sair dali). A questão é que o escritor usa as relações entre as três personagens para ir além, falando não só sobre o amor, mas sobre solidão, sobre crescer, tornar-se adulto, sobre até mesmo a própria literatura. A leitura do romance de Eugenides é como se encontrássemos um objeto coberto de pó e aos poucos, enquanto fôssemos limpando, descobríssemos toda sua real beleza.

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