How I Met Your Mother (S08E11 até Season Finale)

barney
Se o grande evento é o casamento dele, então essa temporada foi…

No episódio anterior de Anica fala da oitava temporada de How I Met Your Mother

Certo, não parece muito animador. De qualquer forma, uma boa notícia: o episódio da semana que vem durará uma hora (daquele tipo “dois episódios em um”). E, segundo a notícia que eu li, uma coisa muito importante acontece. E parece que parte da equipe chorou em algumas cenas . Parece promissor. Negócio é esperar pelo dia 17, que poderá marcar o momento em que a série voltou aos trilhos.

O episódio em questão foi The Final Page (com parte 1 e 2). A coisa importante era o desenvolvimento do plano de Barney para pedir Robin em casamento, uma cena fofinha e toda nhooooum e bem legal porque brinca um pouco com a “mitologia” da série, já que o pedido envolve o famoso playbook do Barney. Mas a cena que fez parte da equipe chorar acho que foi a do Ted sozinho no final do grande evento. E cheesus, como o Ted sofreu nessa temporada – pelo menos a partir do rompimento com a Victoria. Não só por esse momento em The Final Page, mas com outros dois em episódios seguidos,  The Time Travelers (S08E20) e Romeward Bound (S08E21). Em Romeward Bound tem aquele baita xulépt que o Barney dá nele, dizendo “Eu vou casar com Robin, não você”. Aquilo foi tão seco, tão não-Barney que achei que iria repercutir de alguma forma nos episódios seguintes, mas ficou por aquilo mesmo.

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Not a Star and Otherwise Pandemonium (Nick Hornby)

56505Então que eu estava lá sofrendo minha crise de abstinência de Nick Hornby e fui fuçar nas livrarias gringas se tinha alguma novidade, o pelo menos algo que fizesse com que eu apagasse da memória o péssimo Everyone’s Reading Bastard. Acabei encontrando na Amazon não exatamente algo novo, mas pelo menos um livro que nunca tinha lido: Not a Star and Otherwise Pandemonium. Publicado em 2009 (viu, eu disse que não era novo), o livro saiu pela Riverhead Books, como parte da Penguin eSpecials. Nunca ouviu falar da Penguin eSpecials? Pois é, eu também não conhecia. Diz o site que “eSpecials são para leitores de ebooks que querem mais de um autor que já admiram”. Uou, gente, é bem o meu caso. Vem ni mim, Hornby.

O livro abre com Not a Star, um conto (ou novela, parece um pouco longo mas o fato de eu estar lendo de madrugada e com sono pode ter afetado o meu julgamento) originalmente publicado em 2000. Conta a história de uma mãe que um dia descobre que o filho é ator de filme pornô. Achou ruim? Calma, piora: ela descobre também que o rapaz é extremamente avantajado. É até um conto bacaninha, gostei principalmente das divagações da narradora mais para o final. Vale lembrar também que Lynn é uma narradora feminina até bem razoável, o que acho um ponto positivo, já que o na minha opinião o Hornby não é muito feliz nas histórias com narradoras femininas.

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O Psicopata Americano (Bret Easton Ellis)

O_psicopata_americanoPerto do final do romance O Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis, temos um capítulo chamado “Fim da década de 1980″. A verdade é que este bem que podia ser um título para a obra de Ellis, já que resume tão bem o espírito geral do que se lê ao longo das quase 500 páginas, em uma narrativa sob o ponto de vista de Patrick Bateman. Bateman é o “psicopata” da história, mas inicialmente aparece apenas como mais um yuppie (termo usado para se referir a jovens adultos de classe média ou alta), com uma rotina tão próxima do esteriótipo que chega quase a ser um clichê. Ele se preocupa com a marca das roupas que usa, repara nas que seus colegas de trabalho usam, quer frequentar os lugares da moda, é mimado, egoísta e completamente desprovido de grandes sentimentos pelas pessoas próximas. É quando ele começa a falar em cabeças decepadas no congelador que o leitor passa a perceber que cheirar cocaína não é o único ato criminoso que Bateman comete.

Eu poderia seguir comentando sobre os assassinatos, mas durante a leitura resolvi tomar outro caminho. Explico: à medida que Bateman vai perdendo o controle sobre suas vontades e ficando cada vez mais violento, a narrativa fica pesadíssima. Torturas envolvendo choque elétrico, uma ratazana sendo colocada dentro da vagina de uma mulher, pedaços de outra sendo cozidos, etc. E acreditem, eu estou sendo breve e poupando os detalhes. Tem que ter estômago mesmo, e quem fala aqui é uma fã de filmes slashers, para ter ideia. Mas apesar de toda a piração do narrador ao descrever seus atos, não consigo deixar de ficar com uma certa pulga atrás da orelha sobre se os crimes realmente aconteceram, ou se ele estava apenas imaginando coisas. Algumas passagens colocam isso em dúvida, e por isso que foquei em outro aspecto, o de ninguém prestar atenção em ninguém.

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O futuro de nós dois (Carolyn Mackler, Jay Asher)

O-futuro-de-nós-dois.-capaEstava eu lendo uma matéria qualquer na Folha quando reparei na lateral da página a propaganda de um livro cuja capa lembrava, de certa maneira, o pôster de Nick and Norah’s Infinite PlaylistComo tinha gostado do filme, resolvi clicar no link para ver qual é do livro. Dizia a sinopse: “É 1996, e menos da metade dos alunos das escolas de ensino médio nos Estados Unidos já tinham usado a internet. Emma acaba de ganhar o primeiro computador e um CD-ROM da America Online de Josh, seu melhor amigo. E ao instalar o programa, logo no primeiro acesso, descobrem que acabam de entrar no Facebook, dali a quinze anos. Todos se perguntam como será o futuro. Josh e Emma estão prestes a descobrir…”. Uou! 1996!!! Internet das antigas!!! Prato cheio para uma criatura que adora nostalgia como eu.  Logo comecei a ler o livro e… que decepção.

Pois é. Decepção. A ideia é muito bem sacada, mas muito, muito, MUITO mal desenvolvida. Se você tira o fator “piadas sobre nosso futuro/nosso passado”, pans, o livro é chato. Não é só questão de chatice, é de ser vazio ou ainda, mais do mesmo. Melhores amigos que se apaixonam. Sério? Sério meeeeesmo? Chegou num ponto que eu já estava até querendo pular as páginas com momentos de Josh e Emma quando não estavam checando o Facebook, de tanto que parecia que aquelas páginas tinham sido escritas no piloto automático.  Sei que terá quem se encante, sei que pessoas acharão o Josh fofo e blablabla, mas duvido que alguém termine de ler o primeiro capítulo sem já saber tudo o que acontecerá dali para frente.

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Viajando pelo olhar do outro: Londres e Paris

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Semana passada começou a rolar pela internet um vídeo bem legal mostrando alguns lugares mais conhecidos de Londres. Hum, ok, eu sei que falando assim fica parecendo que não há nada de legal, já que o Discovery Travel já deve dar conta de muitos videos com imagens de Londres. O negócio é que esse é um video de 1926. Sim, quase 90 anos atrás. E mais bacana ainda é que ele é um video COLORIDO de Londres. A história por trás da gravação é de que o cineasta Claude Friese-Greene utilizou as imagens para o que seria uma espécie de “diário de viagem” de sua jornada cruzando a Grã-Bretanha chamada “The Open Road“. O video foi preservado mas esquecido, sendo que em 2007 ele foi completamente restaurado.

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Meu namorado é um zumbi (Warm Bodies)

sanguequente_3Eu não sei por que diabos fiquei tão brava quando vi que traduziram o título do filme Warm Bodies como Meu namorado é um zumbi aqui no Brasil. A questão é: me decepcionei um pouco com o livro Sangue Quente quando chegou ao Brasil, e passado um tempo ele “envelheceu” muito mal na minha memória. Sabe quando você pensa “Mas wtf, é um zumbi que se cura com o poder do amor? Isaac Marion, você está on drugs? Ou eu estava quando li e não me revoltei com o que foi feito do excelente conto I am a zombie filled with love?”. Enfim, divagações. O ponto é: o livro fica ali do médio para fraco, e a ideia central dele é realmente péssima, se você for pensar bem. Acho ok o fato de o ponto de vista ser de um zumbi, tudo bem ele se apaixonar, mas dezumbificar é fogo.

Então que quando vi a tradução do título, pensei que só podia ser zoação. Quando vi os trailers, ficou confirmado que sim, seria zoação mesmo. Mas como comentei em um post tem um tempo, foi justamente o fato de a adaptação ter partido para outro lado que salvou o filme. Desde o título ele já diz “Ei, não me leve à sério!” ou ainda “Olha só a tiração de sarro que estamos fazendo com filmes como Crepúsculo!” o que acaba mudando totalmente a forma de encarar a história. Continua sendo só para se divertir, e tem momentos de extrema vergonha alheia, mas o humor acaba salvando porque dá tintas de Sessão da Tarde para o que não tinha lugar nem em Cine Trash.

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The IT Crowd

Clica aqui e vamos lá!
Clica aqui e vamos lá!

Uma mulher que entende lhufas sobre o universo geek por algum motivo aleatório passa a se relacionar com nerds. Não, eu não estou falando de The Big Bang Theory (que olha, até achava engraçadinha no começo, mas piiiiuf), mas de uma série britânica que foi lançada um ano antes, chamada The IT Crowd. Ok, paremos com as comparações aqui, porque The IT Crowd toma um outro rumo (e talvez por isso me agrade mais): não é só sobre ser nerd, e,  embora algumas piadas façam referência à cultura geek, a base do show não é essa, mas a relação entre Roy, Moss e Jen e seu cotidiano como empregados de uma grande empresa. E a graça é que os três são fantásticos, nenhum usa o outro de muleta ou brilha mais. Quando você pensa “Jen é minha personagem favorita”, vem um episódio impagável com o Roy, e aí depois o Moss e assim segue.

Como toda boa comédia britânica, muito do humor vem de situações completamente nonsense em que as personagens acabam se metendo, cito por alto aqui uma em que na empresa pensam que Jen morreu e um dos funcionários acaba achando que ela é um fantasma quando a vê, ou ainda um em que Moss fica preso dentro de uma daquelas máquinas de “pescar” brinquedos. Alguns episódios são claramente montados de modo a criar essas situações inusitadas, com acontecimentos aparentemente bobos que chegam em um momento completamente hilário, como quando no começo de um episódio Moss está assistindo a um comercial que informa que o número da emergência mudou de três dígitos para vários dígitos, e aí quando precisa ligar para a emergência um tempo depois, ele não consegue recordar do número.

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As personagens que somos

Não sei se você conhece o tumblr “Eu te dedico“. A ideia é de colocar uma imagem de uma dedicatória em um livro, e contar a história dessa dedicatória. Hoje cedo dei de cara com uma imagem de Apanhador no Campo de Centeio, com o seguinte texto:

Se alguém me perguntasse hoje
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qual o livro mais legal que eu já li,
eu com certeza diria ser este.
Porque há uma pérola nele, uma
metáfora forte, pura e bela, o
apanhador que protege a inocência,
impedindo-a de despencar no abismo.

E também tem a Phoebe.
Você é a minha Phoebe.

(…)

Ela conta: Meu namorado me presenteou, creio não só por ser um bom livro, mas também por ele ter se identificado muito com o personagem principal; ciente do meu amor, não teve dúvidas de que eu gostaria. Ao primeiro parágrafo lido, o identifico como Holden. Espero que com o decorrer da leitura consiga me encontrar na sua Phoebe.

A dedicatória é linda, senti inveja automática pela garota, confesso. Porém, o texto fez com que eu lembrasse de um assunto que tenho pensado já há algum tempo, o de como relacionamos nós mesmos e certas pessoas a determinados personagens de livros que lemos. É um negócio interessante, porque essa construção de imagem varia muito de pessoa para pessoa, e na maior parte das vezes o que você enxerga em alguém nada tem a ver com a imagem que a pessoa faz dela mesma. Em uma das leituras de tarot que eu fazia, lembro que existia um trio de cartas que representava, respectivamente, como a pessoa se via, como as outras pessoas a viam e como ela realmente era. Como se todos nós fôssemos desdobramentos de três histórias diferentes, três personagens que circulam juntos por aí. Continue lendo “As personagens que somos”

Retrato de um assassino (Patricia D. Cornwell)

retrato-de-um-assasino---patricia-d--cornwell_4128233_114451Poucos criminosos mexeram tanto com o imaginário popular quando Jack, o Estripador. Por conta do fato de que sua identidade nunca foi descoberta, coube à ficção tentar desvendar os crimes que ocorreram em Londres no final da década de 1880. De romances até HQs (vide o caso de Do Inferno, de Alan Moore), com uma passada óbvia pelo Cinema, histórias e mais histórias foram contadas, baseando-se em diversas teorias a respeito da identidade do famoso serial killer. Um médico influente, um membro da realeza britânica. Muitos foram apontados como suspeitos, mas considerando o que era o trabalho de investigação naqueles tempos, a verdade é que fica difícil sair do campo das teorias de conspiração. Pelo menos até recentemente.

Há 10 anos a autora de best-sellers policiais Patricia Cornwell resolveu investigar o caso aplicando a metodologia moderna, o que inclui entre vários detalhes a análise de amostras de DNA e digitais. E a partir disso ela afirma categoricamente que sim, ela sabe a identidade de Jack, o Estripador. O livro Retrato de um assassino busca mostrar o que foi que ela descobriu com suas investigações, justificando porque seu suspeito, no final das contas, é o Estripador (e também porque isso foi mantido em segredo até os dias de hoje). Continue lendo “Retrato de um assassino (Patricia D. Cornwell)”

John Morre no Final (John Dies at the End)

johndiesSe tem uma palavra que pode definir o filme John Dies at the End ela é: ESTRANHO. Assim, com letras maiúsculas, itálico e negrito, para já ir logo avisando que se você tem problemas com suspensão de descrença, dá meia volta que esse não é para você. Digamos que em certo momento você verá um cachorro dirigindo um carro e isso será razoável perto do que você já viu até aquele momento.

Dito isso, vamos agora ao trabalhos: John Dies at the End é uma adaptação do livro de David Wong, pseudônimo de Jason Pargin, um dos editores do site Cracked. Acho que é uma informação relevante para lembrar que embora o gênero principal do filme seja sci-fi (viagens no tempo, para outras dimensões, etc), ainda assim não dá para negar que há muito de humor, inclusive gerado pelo óbvio clima nonsense da história.

Depois de um breve prólogo, conhecemos David Wong, um carinha aparentemente bem normal que marca um encontro com um repórter para dar a sua versão dos fatos envolvendo a morte de vários jovens que estavam presentes em uma festa. Logo alguns elementos são adicionados, como o Shoyu – uma espécie de droga que faz com que quem a utiliza consiga fazer coisas inimagináveis como saber o que outra pessoa sonhou e ver o futuro, por exemplo. Ficamos sabendo também que o tal do Shoyu é na verdade uma forma de uma raça alienígena (ou algo que o valha) dominar nosso mundo, e acaba que David e John são as únicas pessoas que poderão salvar a humanidade (eu avisei que o filme era estranho).

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