Em uma noite especialmente ruim para Emira (comemorando o aniversário de uma amiga e percebendo justamente o quanto está ficando para trás), os Chamberlain pedem que ela venha correndo ajudá-los a distrair a filha mais velha enquanto lidam com uma janela quebrada. Emira leva a pequena Briar para um mercado da região e em determinado momento é abordada pelo segurança: uma cliente achou estranho uma menina tão pequena em um mercado naquela hora, e sugere que ela tenha sido sequestrada. Ah, sim, claro: Emira é negra, Briar é branca.
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Nothing to See Here (Kevin Wilson)
O interessante é que tudo vai sendo revelado aos poucos, através das palavras da narradora-protagonista Lillian. Como uma pessoa que já tomou algumas bordoadas na vida, confiança não é exatamente uma característica que ela possui, então é evidente que não entregará o jogo rapidamente. São algumas páginas para revelar que talvez Madison nem seja mais sua amiga (o que tornaria o pedido estranho). Segue um pouco mais para contar a razão para a dúvida sobre a amizade. E lá vão umas trinta páginas quando ficamos sabendo as reais condições da proposta de Madison: seus enteados simplesmente pegam fogo quando estão nervosos. O pai das crianças está em um momento crucial da carreira e precisa ficar longe de qualquer tipo de escândalo, por isso Lillian deve garantir que as crianças não causem problemas durante o verão.
Tweets que valem o clique (4)
E já que amanhã é feriado, vamos lá continuar com a sequência de tweets que valem o clique. Para quem chegou agora, aqui tem o primeiro, aqui o segundo e aqui o terceiro. Atualizado: sempre assim, termino de colocar o post e vem coisa nova.
Para quem acha que Sherlock é tiozão:
Para quem gostou de Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children:
As personagens que somos
Não sei se você conhece o tumblr “Eu te dedico“. A ideia é de colocar uma imagem de uma dedicatória em um livro, e contar a história dessa dedicatória. Hoje cedo dei de cara com uma imagem de Apanhador no Campo de Centeio, com o seguinte texto:
Se alguém me perguntasse hoje
qual o livro mais legal que eu já li,
eu com certeza diria ser este.
Porque há uma pérola nele, uma
metáfora forte, pura e bela, o
apanhador que protege a inocência,
impedindo-a de despencar no abismo.E também tem a Phoebe.
Você é a minha Phoebe.(…)
Ela conta: Meu namorado me presenteou, creio não só por ser um bom livro, mas também por ele ter se identificado muito com o personagem principal; ciente do meu amor, não teve dúvidas de que eu gostaria. Ao primeiro parágrafo lido, o identifico como Holden. Espero que com o decorrer da leitura consiga me encontrar na sua Phoebe.
A dedicatória é linda, senti inveja automática pela garota, confesso. Porém, o texto fez com que eu lembrasse de um assunto que tenho pensado já há algum tempo, o de como relacionamos nós mesmos e certas pessoas a determinados personagens de livros que lemos. É um negócio interessante, porque essa construção de imagem varia muito de pessoa para pessoa, e na maior parte das vezes o que você enxerga em alguém nada tem a ver com a imagem que a pessoa faz dela mesma. Em uma das leituras de tarot que eu fazia, lembro que existia um trio de cartas que representava, respectivamente, como a pessoa se via, como as outras pessoas a viam e como ela realmente era. Como se todos nós fôssemos desdobramentos de três histórias diferentes, três personagens que circulam juntos por aí. Continue lendo “As personagens que somos”
Tweets que valem o clique (3)
De viagens no tempo e outras viagens
A: Nossa, DVD O Senhor dos Anéis por 29,90. E pensar que isso chegou a ser vendido por mais de 100 reais. Se eu pudesse voltar no tempo, diria para você “Não compre o DVD, não compre o DVD!”.
F: Mas eu não comprei o DVD.
A: Então eu voltei no tempo!
E se tem uma lição que tiramos disso, crianças, é que não vale a pena pagar os 99,90 que a mesma saraiva está cobrando hoje no blu-ray.
Tweets que valem o clique (2)
Continuando a ideia do post anterior, vamos para mais uma rodada de tweets que valem o clique!
Para quem gosta de documentários e notícias sobre o mundo editorial:
Para quem adora uma lista de melhores para escolher a próxima leitura:
As melhores (e piores) leituras de 2012
House S08E01 e S08E02
Por falar em Cuddy, eles resolveram da forma mais simples possível a saída de Lisa Edelstein do elenco: House vai para a cadeia por ter jogado o carro na sala de Cuddy, passa meses lá sem qualquer contato com pessoas de fora, e quando volta, uou, o mundo já não é mais como era. Foreman é o novo diretor do hospital, a equipe de diagnóstico foi desmantelada e inclusive a sala de House já foi ocupada pela ortopedia. Essa estranheza dos primeiros contatos de House com a nova realidade já renderam momentos que por si só já foram melhor do que todos da sétima juntos.
Arte e Letra: Estórias N
Quem abre a coletânea é Katherine Mansfield, com As filhas do falecido coronel, traduzido por Beatriz Sidou. No melhor do estilo de Mansfield, temos um pequeno recorte de um momento da vida de personagens comuns, que acabam trazendo à tona muito do psicológico das personagens. Aqui, Josephine e Constantia refletem sobre suas vidas após a morte do pai, o coronel.