Acabei de voltar lá do Marlo e da Lu. Lógico que estou impressionada com tudo o que ele contou e todas as fotos que mostrou, mas o que me deixou boquiaberta de verdade foram as fotos das estações de metrô lá de Moscou.
Você imaginaria que isso…
… é uma estação de metrô? Ou isso? Quem sabe isso aqui? Imagine pegar um metrô em um lugar assim ou assim. É absolutamente lindo.
Estou sem inspiração e entediada. Acho que gasto toda minha capacidade de comunicação lá no CAL e, quando chego em casa, não tenho mais o que dizer, hehe. A manhã hoje foi massa, eu me diverti horrores com o pessoal.
Aliás, estamos organizando uma Feira de Caroços, acho que será bem bacana. Pessoal doa as cópias que não vai mais usar (eu ia escrever “os xeroxes”, mas é feio) e além disso estamos conversando com algumas livrarias para ver se conseguimos precinhas baratinhas para alguns títulos. Su-pim-pa.
Decidi que vou roubar o corpo da Paris Hilton e então fazer um tipo de transplante de cérebro. Aí conquistarei o mundo. Nos dois sentidos.Ahnn… sei lá.Vou assistir De Profundis no domingo com o pessoal. Estou tentando convencer o Lê a ir também, mas ele ficou traumatizado com a última peça de teatro que levei ele.
Já que falei de ‘De Profundis’ do Oscar Wilde, um dos trechos mais bacanas da carta:
Eu estou meio morta de cansaço como acontece toda segunda feira, mas pelo menos é o tipo de cansaço… ok, não vou dizer bom, porque não sou masoquista. Mas é daquele cansaço de quem sabe que está dando algum rumo para a vida.
Eu acho que uma pessoa razoavelmente inteligente deve saber o momento certo de parar de insistir, não? E eu me considero tal pessoa, então eu decidi que é já. Se bem que eu não sei dizer ao certo o que é que eu esperava indo lá no F�bio hoje. Milagre? Maybe.
O fato é que é triste demais ver o que todos nós éramos há dois anos atrás e o que acabou virando: esse amontoado de mal-estar e intriguinhas. Há uma falta de sintonia tremenda, o que não ocorria antes.
E é claro que nisso entra também a questão da amizade com o Fábio. Eu não sei, há meses que me dei conta que a coisa não daria mais certo. Mas o que enche o saco de verdade é quando chegam para mim perguntando “Você não fala mais com o Fábio?“, “O que houve com você e o Fábio?“, “Nossa, que pena. Era uma amizade tão bonita a sua com o Fábio!”
Fodam-se. Era.
Para falar bem a verdade, eu não conheço aquele cara que visitei hoje. Definitivamente não era o Fábio dos bearhugs e Lambruscos. Definitivamente não era o meu amigo.
Para provar que eu realmente fui para São Paulo dessa vez, uma foto minha com a anfitriã mais cuti desse mundo, a Urdinha:
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“PROPIAÇÃO” – Oswald de Andrade*
Eu fui o maior onanista do meu tempo
Todas as mulheres
Dormiram em minha cama
Principalmente cozinheira
E cançonetista inglesa
Hoje cresci
Mas tu vieste
Trazendo-me todas no teu corpo
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* Tirei de “Serafim Ponte Grande”, um grande não-livro. Achei tão bonitinho, à sua maneira, que não deu para não colocar aqui.
Para falar bem a verdade, é muito bizarro pensar que hoje às 7:00hrs da manhã eu estava voltando de metrô para a casa do primo do Lê. Não é nem por eu já estar em Curitiba (e tudo ter acontecido tão depressa!), mas porque a noite acabou ganhando uns tons de além da imaginação mesmo.
De início, já na entrada de São Paulo o motor começa a ferver. Por uma sorte bizarra conseguimos estacionar o carro na frente do prédio do primo do Lê, que foi gente boa para caramba e deixou Kado tomar banho lá, nós largarmos as malas e dormiríamos lá quando voltássemos do Finnegan’s.
Acabou que de última hora teve uma mudança de planos e, ao invés de ir comer pizza no rodízio, fomos todos para a casa da Urd. Foi ótimo a Urd é uma excelente anfitriã. Eu no começo da noite estava caindo de sono, mas quando me dei conta que só poderia ficar um pouco com o pessoal lá, resolvi aproveitar.
Nossa! A feira de cursos foi muito legal! A começar por poder fazer o comercial do curso (apaixonada que sou, acho que acabo sendo uma das pessoas mais indicadas, hehe…). Uia, até convenci uma menina que Letras é mais legal que Medicina! Bem, teve mais: passar o dia todo conversando com os professores foi ótimo!
Na verdade foi uma oportunidade para conhecer melhor aqueles que eu via só em sala de aula, saca? Conversei com o Benito, ri um monte com a Sandra, falar de gatos com a Clarissa, Lígia tirando sarro da nossa cara porque ficamos babando no menino de Engenharia Elétrica… Muito bom.
Eu acho o tema de Peter Gunn tocado pelos Blues Brothers a coisa mais fodônica do mundo. Eu quase consigo me imaginar pagando pau com meu Jackie-O e toda de preto, dirigindo ao som dessa música. Ha, ha.
E eu fico imensamente feliz que depois de tantoooos anos ainda exista… exista como referência uma coisa nossa. Parece sem sentido? Eu sei. Mas eu fico feliz, e isso faz sentido. É saber que fiz alguma diferença, afinal de contas.
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Antes que eu me esqueça, das coisas supercalifragilisticexpialidosas de fazer Letras na UFPR: minha optativa com o professor Edison é toda baseada em quem, em quem, em queeeeeem? VINÍCIUS DE MORAES! Foda, foda. Todas manhãs de sexta serei uma pessoa um pouco mais feliz.
É que os momentos felizes
tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
porque o perdão também cansa de perdoar
Bom, o Kado queria saber minha opinão sobre o Camelot (fomos eu, ele, Lê, Ray e Alex ontem), e eu até colocaria um link da pizzaria se tivesse achado. Anyway, o lugar é foda, as pizzas são uma delícia e o sábado ontem foi ótimo.
E eu pagando pau e escolhendo vinho foi engra�ado. Ainda bem que achei mais dois companheiros de Malbec.
Vimos Eu, Robô ontem. Eu estava achando que seria horrível, mas até que foi bem legalzinho, se for jogar no balaio do cinema pipoca.
Aproveitei que estávamos matando tempo no shopping para comprar “O Restaurante no Fim do Universo” do Douglas Adams. E sim, já estou devorando também. Por enquanto não está tão hilário quanto o primeiro, mas estou no começo ainda…
Ééééé…comprar livros com meu salário é muito bom. Erion tinha razão ^^