O Retrato de Dorian Gray

(Aquela citação sobre A Insustentável Leveza do Ser me deu idéia para isso…)

SÉRIE: LIVROS DA MINHA VIDINHA

Livro: “O Retrato de Dorian Gray”
Autor: Oscar Wilde
Se gostar, leia também: “O Marido Ideal”

Único romance de Oscar Wilde, já reconhecido como clássico, O Retrato de Dorian Gray desde o início revela a marca fundamental do autor: seu sarcasmo. Esse tom é fácil de ser percebido em suas diversas frases paradoxais, outras de humor cáustico, em sua grande maioria proferidas pelo personagem Lorde Henry Wotton.

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Se…

Estive pensando bastante em um trecho do livro A Insustentável Leveza do Ser, do Milan Kundera. Quem me conhece sabe que esse é um dos livros da minha vida, volta e meia algum trecho cai como uma luva para definir um momento pelo qual estou passando, o que faz as citações ao livro algo inevitável. Sobre o trecho:

“(…)Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se o ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida sempre pareça um esboço. No entanto, mesmo “esboço” não parece a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é nossa vida não é esboço de nada, é um esboço sem quadro.”

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Anica por Gregório de Matos

Estou me divertindo com umas poesias do Gregório de Matos que eu encontrei. Olha só:

Não te posso ver, Anica,
por mais que Amor me desperte,
que tu és muito tirana,
e serás ingrata sempre.
Se foras compadecida,
não cessara de querer-te,
pois a beleza humanada
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Os Argonautas

Como eu tinha prometido, vou explicar a relação entre Os Argonautas do Caetano Veloso e o Mensagem, do Fernando Pessoa. Para começar, aí vai a letra da música do Caetano:

Os Argonautas

o barco, meu coração não aguenta
tanta tormenta
alegria, meu coração não contenta
o dia, o marco, meu coração
o porto, não
navegar é preciso
viver não é preciso
o barco, noite no teu tão bonito
sorriso solto perdido
horizonte, madrugada
o riso, o arco, da madrugada
o porto, nada
navegar é preciso
viver não é preciso
o barco, o automóvel brilhante
o trilho solto, o barulho
do meu dente em tua veia
o sangue, o charco, barulho lento
o porto silêncio

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Por um Casamento (Rubem Alves)

O meu fascínio por ritos me faz suspeitar que, numa outra vida, é possível que eu tenha sido um sacerdote ou um feiticeiro. Hoje, pouca gente sabe o que são. Um rito acontece quando um poema, achando que as palavras não bastam, se encarna em gestos, em comida e bebida, em cores e perfumes, em música e dança. O rito é um poema transformado em festa!

Escrevo hoje para os que casam, por medo de que, fascinados por um rito, se esqueçam do outro… Porque, caso não saibam, é desse outro rito, esquecido, que o casamento depende.

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Segunda tentativa

É… acho que é a segunda tentativa. Eu não manjo nada de blog, odiei minha doll, preciso urgentemente de um layout, mas vam’lá… se eu não começar nunca vou aprender mesmo

Para começar, um trecho de um texto que diz a lenda que é do Shakespeare. Tá rolando pela inet, todo mundo acha “bonitinho” e manda para o amigo, que manda para o amigo… eu tenho minhas dúvidas se é do Shakespeare mesmo. Não é bem o estilo dele, acho.

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