“(…)Se é agora, não vai ser depois; se não for depois, será agora; se não for agora, será a qualquer hora. Estar preparado é tudo.”
– Shakespeare (Hamlet)
Um pandemônio.
“(…)Se é agora, não vai ser depois; se não for depois, será agora; se não for agora, será a qualquer hora. Estar preparado é tudo.”
– Shakespeare (Hamlet)
Dia frio, perfeito para ler livrinho e assistir filme. E foi o que eu fiz, muito embora o tal do filme fosse um tosquérrimo chamado Clockstoppers, o livro ainda é o bom e velho Um Grande Garoto. E sabe-se lá que química estranha é essa de tempo frio, filme tosco e Nick Hornby, só sei que fiquei meio deprê.
Deprê porque lendo o livro me senti um pouco como o Will, no sentido de ver os dias passando como “unidades de hora”. Eu tenho feito disso e perdido chances ótimas de crescer. É aquela história: na faculdade sei que me envolvo o mínimo possível, no trabalho idem. No fundo é viver achando que terei 23 anos uma outra vez, para aí então viver direito.
Continue lendo “Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro…”
Bom, vamos ao livro. Pensem no Monty Python. Pensem nos diálogos nonsense do Monty Python. Agora botem uma pitada de ficção científica e um pouco mais de humor nonsense. Tcharam! Esse é o “Guia do Mochileiro das Gal�xias”!
A história gira em torno principalmente de Arthur Dent, um inglês que no mesmo dia tem casa e planeta destruídos. Quem o ajuda a se salvar da destruição do planeta Terra é Ford Prefect, alienígena que se passava por um ator desempregado há 15 anos. É a partir dessa ‘fuga’ que começa a aventura.
Continue lendo “O Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams)”
Olha, eu só sei que por alguns ligeiros segundos algumas cenas do filme Alta Fidelidade passaram na minha cabeça. O filme é legal porque tem John Cusack, mas leiam o livro.
Enfim:
Laura: I’m too tired not to be with you.
Rob:
What, so if you had a bit more energy we’d stay split up, but things being as they are, with you being wiped out and all, you want to get back together? Is that it?
Laura: Yeah
Para ver onde é que chega o vício por livros: estou toda alegre e saltitante porque comprei Paraíso Perdido (do John Milton) hoje!
No caso do Paraéso Perdido, isso remete ao filme O Advogado do Diabo. Lotadinho de referências a esse livro, a começar pelo próprio nome da personagem interpretada pelo Al Pacino, para não cair nas citações literalmente falando.
Mas vou ter que deixar na estante por uns dias, porque ainda estou lendo o livro do ‘homem-peixe’.
A Jô me emprestou Os Versos Satânicos, do Salman Rushdie (a quem apelidamos carinhosamente de ‘homem peixe’). Eu aproveitei que essa semana só estou aplicando provas e estou lendo o livro, que é loco de bom e assim que terminar escrevo comentários aqui. Mas vou deixar um trecho que achei muito legal, e que tem muito a ver…
“(…)Ele se casou antes que ela mudasse de idéia , mas nunca aprendeu a ler seus pensamentos. Quando ela estava infeliz, trancava-se no quarto até se sentir melhor. “Não é da sua conta”, dizia. “Não quero que ninguém me veja quando estou assim.” Ele costumava dizer que ela era como uma concha. “Abra”, martelava em todas as portas trancadas da vida em comum, primeiro no porão onde moraram, depois na casa, depois na mansão. “Eu te amo, me deixe entrar.” Ele precisava tanto dela para garantir a própria existência, que jamais compreendeu o desespero daquele sorriso brilhante e permanente, o terror daquele brilho com que ela enfrentava o mundo, ou as razões por que se escondia quando não conseguia sorrir. (…) não tinha nenhuma segurança, e cada momento que passava no mundo, era cheia de pânico, e por isso sorria e sorria, e talvez uma vez por semana, trancava a porta e tremia e se sentia como uma casca, como um amendoim vazio, um macaco sem coco.”
Aniversário do dia: Rê, minha irmã cuti
——–
Eu deveria estar procurando colégios para fazer o lance de observação de Didática, mas o fato é que hoje não estou bem. Pior é pensar que da aula das 19:30hrs eu não vou poder fugir, independente de como eu esteja…
“A quem não precisa nunca falta um amigo.
Mas quem, precisado, prova um falso amigo
Descobre, oculto nele, um inimigo antigo.
Voltando ao começo de tudo que converso –
Desejos e fatos ocorrem em sentido inverso.
Por isso nossos planos nunca atigem a meta,
O pensamento é nosso, não o que projeta.”
Depois não sabem porque gosto tanto de Shakespeare…
De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando
A certeza de que precisamos continuar
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.
Portanto, devemos fazer:
Da interrupção um caminho novo
Da queda um passo de dança
Do medo, uma escada
Da procura, um encontro.
– Fernando Pessoa.
Começar tudo de novo dá até um desânimo, mas não dava para continuar naquele antigo endereço, cheio de frescuras. E aqui eu pelo menos posso colocar o link dos blogs que eu leio 😛
Minha cabeça ainda dói. Melhor eu levar a sério as resoluções de ano novo, senão perco o fígado e o namorado.
Poema do Maiakovski:
E Então Que Quereis?…
Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.