O NOIVO PERFEITO
Não que fosse uma pessoa crédula, mas aqueles eram tempos crédulos. Mas aconteceu de em uma tarde, ao caminhar na rua aproveitando o fraco sol do outono, um velho maltrapilho parou em sua frente.
Era um sujeito sujo, vestindo roupas puídas e de aspecto realmente repugnante, especialmente por causa dos olhos: tinham aquele branco característico de quem sofre de catarata. Não bastasse isso, ainda deixava um fino fio de baba escorrer por uma cicatriz no canto direito da boca.
Categoria: Literatura
Sujeito Determinado
Ah, bem. Só para deixar registrado que agora eu sou a secretária do CAL.
Agora vou lá, ler Ulysses. Achei uma tradução do Antônio Houaiss, deve ser boa. “Sobranceiro, fornido, Buck Mulligan vinha do alto da escada, com um vaso de barbear, sobre o qual se cruzavam um espelho e uma navalha.”…
…céus, como eu tenho medo desse livro.
Atualização de 04/04/2013: Para os espertos que chegam aqui através de pesquisa do Google e não percebem que este é um blog pessoal, e não uma página que tira dúvidas de Gramática, serei gente fina e deixarei este link aqui >> http://www.brasilescola.com/gramatica/sujeito-e-predicado.htm
Enquanto isso na Reitoria…
Clarissa deixou eu apresentar o seminário dia 30/06. Agora o lance é preparar direito, para não passar vergonha. A boa notícia é que a banca dessa última entrevista de Oral terá a Mariza e o Mike.
(Aqui eu lembro da piada que fazem sobre a correção de um texto com o Mike e decido que é melhor deixar de lado essa história de ‘boa notícia’)
Eu estou acabadona, não só pelo trabalho. Fiquei a manhã inteira lá na faculdade acompanhando a eleição do CAL. Sem babaquice nem nada: independente de qual chapa ganhe, o envolvimento dos alunos esse ano foi algo fora do comum e *realmente* especial.
Serinho. O sono é grande e não consigo pensar em nada. E eu decidi que em homenagem ao Bloomsday (16/06) vou criar coragem e ler Ulysses. Aff.
Inverno
Teu frio
Curitiba
vicia-me em abraços
(Edival Perrini)
Eu sei que parece coisa de louco, ainda mais levando em conta que tenho que sair da cama cedo para pegar ônibus e tudo mais. Mas essa cidade fica *tão* linda no inverno, que não há frio que tire minha paixão ao ver o Jardim Bot�nico todo branquinho.
Sem contar que quentão e fondue só é bom no frio. ^^
Achei algumas fotos na Gazeta, a coisa mais linda do mundo, olha só:
(anotação 2006: link quebrado)
Uma vez quando eu estava tentando fazer haikais eu lembro que fiz um assim:Céu azul,
vento frio
estamos em abril
Ênfase para o tentando. Eu realmente nunca fui boa em poesia, mas o fato é que essa fase do outuno curitibano em que o céu fica limpo e dá para sentir aquele ventinho gelado que deixa o nariz vermelho é quase tão apaixonante para mim quanto os ipês amarelos florindo e marcando o fim do inverno.
Uou, quanta sensibilidade. Coisas do inverno. Aliás, outra coisa boa para se fazer é ler embaixo do edredon com caneca de café quente ao lado. Pois bem, ontem à noite fiz isso. O tal do livro de contos é FAN-TÁS-TI-CO (com o perdão do trocadilho, hehe). Tem gente de quem nunca tinha ouvido falar antes e já gamei.
Como de costume, escrevo comentários assim que acabar a leitura.
Um Grande Garoto (Nick Hornby)
Finalmente acabei. Não é que o livro seja chato, eu só estou sem tempo para ler coisas que não tenham a ver com a faculdade mesmo. Aliás, mesmo que esse seja meu segundo livro do Hornby, estou começando a achar que ‘chato’ não é bem o tipo de adjetivo que um dia eu vá usar para falar sobre algum livro dele.
De início: não tem nada a ver com Alta Fidelidade. Ok, tem uma brincadeira para os fãs do livro. Em dado momento o personagem dá uma passada na loja de discos do Rob. Mas para por aá.
O livro tem ótimos momentos, mas sem dúvida o que chama mais a atenção é como a história é contada. Hornby intercala os pontos de vista entre Will (o quase quarentão com alma de adolescente) e os de Marcus (o adolescente atípico). O que é mais bacana é que ele não mostra as diferenças de idéias de uma forma forçada, ao estilo “Willéadultoentãoémaiscoerente” ou algo assim.
Voltando à correria
Leandro me salvou hoje, se eu tivesse que ir embora de ônibus depois do trampo, acho que sentaria no meio-fio ali na frente do HC e ficaria por lá mesmo. Caramba, como dar aula cansa.
Pelo menos compensa, todas minhas turmas são maravilhosas e é ótima essa troca entre professor e aluno. E melhor ainda é quando vem a Jô me contar que um aluno foi perguntar “Se a professora Ana Paula ainda dá aulas e em qual horário porque ele queria mudar para minha turma”.
Mas cansa. Putaquepariu, dói tudo.
Twain:
“A civilização é uma ilimitada multiplicação
de necessidades desnecessárias.”
Mark Twain, que escreveu coisas fantásticas como…
… ah���! Acharam que eu ia dizer As aventuras de Tom Sawyer, né? Não, meu preferido dele é O Estranho Misterioso. É um dos poucos livros que fez meu coração disparar no final. Quem leu sabe o motivo, eu é que não vou contar. Mas insisto desde já: está no meu Top 10 eterno de livros.
Agora eu já posso me formar:
Já comi no R.U. e estou inscrita em uma das chapas que está concorrendo para a gestão do Centro Acadêmico de Letras.
***
OLHEM ISSO, OLHEM ISSO!!
Caray! Reverend Horton Heat!!!
Porque ninguém é uma ilha:
“Tudo que vive
Não vive sozinho
Nem para si mesmo.”
(William Blake, sujeito que além de escrever poesias batutas fez muito desenho batuta também)
Os Mortos Vivos (Peter Straub)
A história é a seguinte: garotinha nos seus 8 anos de idade, já uma apaixonada por histórias de terror, vê na estante de sua tia um livro com o título “Os Mortos Vivos”.- Tia! Deixa eu ler?
– Ainda não, Paulinha! Quando você tiver 15 anos eu empresto para você.
Como a garotinha era bizarramente comportada, esperou sete anos até voltar lá, tirar o livro da estante e falar:
– Tia, hoje eu posso levar, não