pessoas deviam evaporar
quando quisessem
não deixar por aí
lembranças pedaços carcaças
gotas de sangue caveiras esqueletos
e esses apertos no coração
que não me deixam dormir
Paulo Leminski
Um pandemônio.
pessoas deviam evaporar
quando quisessem
não deixar por aí
lembranças pedaços carcaças
gotas de sangue caveiras esqueletos
e esses apertos no coração
que não me deixam dormir
Paulo Leminski
Bom, a curiosidade falou mais alto e resolvi dar uma conferida no tal do “O Código da Vinci” do Dan Brown. Eu realmente estou fazendo um esforço enorme para não ler com preconceito, mas é complicado.
Eu cheguei a conclusão que minha leitura está completamente viciada e que preciso de uma meia dúzia de romances desse tipo para não achar que tudo tem que ser necessariamente um exercício literário.
No caso, o tal do livro é interessante sim. Tem lá uma seqüência de ganchos, o autor até prende sua atenção. Mas é impossível chegar em determinados momentos e não pensar “Ih, que fórmula manjada ele usou aqui”, ou coisas do gênero.
Blah, tenho que me dar conta que não existe nada de errado em consumir um pouco de Literatura comercial de vez em quando ¬¬’
Eu gosto da Sol. Mas tem vezes que ela encasqueta com umas idéias meio estranhas que eu não sei de onde ela tira. E aí eu começo a pensar no que fez ela chegar a essas conclusões, e fico confusa: ela vê demais ou sou eu que vejo de menos?
“Ah, a Anica… eu adoro quando ela começa a falar coisas sem sentido.”
Continue lendo “Idéias estranhas”
Estava procurando esse trecho de Pequeno Dicionário Amoroso e aí lembrei que já tinha colocado isso no antigo Hellfire. Enfim, o importante é reciclar.
O primeiro sintoma da desilusão é o egoísmo. Você começa a não dar bola para as necessidades do outro. Começa a esquecer os compromissos… E mesmo se não esquece, faz de conta que não se lembrou. Você começa a só se interessar pelos seus próprios desejos e dane-se o resto. Agora, se chegou ao ponto em que está tudo um saco, a gente vai fazer o quê? Fingir que está gostando?
Bom, hoje o Alex devolveu meu “Alta Fidelidade” e eu finalmente pude tirar a prova sobre a conversa entre Rob e Barry. Lá vai:
” – Barry, se eu dissesse a você que não vi ‘Cães de Aluguel’ ainda, o que isso significaria?
Barry olha para mim.
– Simplesmente… vamos, o que significaria para você? Essa frase? Não vi ‘Cães de Aluguel’ ainda?
– Para mim significaria que você é um mentiroso. Ou isso ou você enlouqueceu. Você o viu duas vezes. Uma vez com Laura, uma vez comigo e com Dick. Tivemos aquele conversa sobre quem matou o Mr. Pink ou outra porra qualquer.
O livro é absurdamente FODA. Bom, pelo menos para alguém apaixonada por Shakespeare como eu sou. E quer saber? Dane-se, vou fazer minha monografia do Inglês sobre Shakespeare mesmo. E com sorte um dia serei uma Liana Leão ou Barbara Heliodora da vida.
Eu estava pensando sobre as coisas que me fazem gostar tanto de estudar Literatura (por estudar leia-se “pesquisar, e não apenas ler o livro”). Eu acho que é pelo pé na História, como no caso desses estudos sobre Shakespeare que estou lendo.
Bom, a palestra do Schwartz foi realmente impressionante. No sentido de “PUTAQUEPARIU, SE EU FOR DAR AULA DE LITERATURA UM DIA, QUERO FALAR COMO ELE!”. Em menos de duas horas ele apresentou uma poetisa (completamente desconhecida para mim) e me fez me apaixonar pelo trabalho dela, ao ponto de querer ler mais e mais.
A poetisa em questão é Elizabeth Bishop. Pelo que Schwartz falou, ela era daquelas mulheres impressionantes que quebram tabus com uma (ou por uma?) paixão sem tamanho.
Antes de mais nada, a semana é aberta a toda a comunidade e é de graça. Então só curitibano burro perde uma chance boa como essa de participar de palestras tão interessantes que no mínimo, aumentarão a bagagem cultural de quem for. No mínimo…Dois dias e eu já estou feliz da vida por ter me colocado à disposição da Coordenação para ser monitora. Já vi muita coisa boa, algumas boas surpresas, mesmo quando o assunto não é o do meu interesse (se vocês esqueceram, é a Literatura).
Acho que só percebemos que envelhecemos quando nos damos conta que coisas que antes achávamos o máximo são um saco. Ou quando você consegue imaginar o tom irritante que costumava usar ao falar só ao ler seu diário, recheado de “Tipo…”, “Fiquei de cara…” e “Nunca mais vou fazer isso…” (expressão contrariada pelo dia seguinte). Ahn, enfim. Acho que finalmente posso me livrar dos meus diários. Nas palavras da grande Alice Ruiz
sem saudade de você
sem saudade de mim
o passado passou enfim
Fui na Ghignone comprar minhas hqs do mês e acabei trombando com uma versão em Inglês de “O Homem Invisível” do H. G. Wells a um precinho beeeem camarada. Ok, eu compraria mesmo que o preço não fosse camarada, anyway, estou lendo.