Brokeback Mountain

Assisti nesse último final de semana O Segredo de Brokeback Mountain e confesso que estava com um pé atrás antes de começar a ver. Sabe como é, na minha cabeça o bafafá todo era por causa das personagens homossexuais (sobre isso falarei um pouco ali para frente). A questão é: independente de ser uma história de amor gay, é uma história muito bem conduzida.

Os dois atores estão ótimos, especialmente o Heath Ledger (bem, eu estava acostumada a vê-lo em filmes teens que não exigiam muito da atuação dele). E sabe, é foda você contar uma história de tal forma que o mais importante não seja que os dois cowboys machões são na verdade gays, mas contar a forma como um gostava do outro.

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O Estranho Misterioso

Há uns seis anos atrás caiu em minhas mãos uma obra do Mark Twain da qual eu nunca tinha ouvido falar. Chamava-se O Estranho Misterioso e lembro que de lá para cá virou obra recorrente na minha lista de favoritos. Na história, Theodor (um garoto de uma pequena vila) faz amizade com uma “criança mágica’ chamada Satã que faz vários “favores” para o moleque que sempre têm uma conseqüência ruim.

O charme do livro é como o Twain usa essa história em teoria singela para discutir assuntos como predestinação, outras vidas, divindades, senso moral e afins. Cada fala do garoto Satã é de ficar de queixo caído, tanto que eu lembro que em um dos momentos finais do livro meu coração simplesmente disparou.

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Descompasso Literário

Ano passado estava procurando um presente de natal para minha sobrinha e, pensando na idade e tudo o mais, achei que o ideal seria dar algum livro que marcou minha infância para ela, já que a Bibi (para meu orgulho) também tem o bom hábito de ler. Aí fiquei na dúvida: dou para ela A Marca de Uma Lágrima ou A Morte tem Sete Herdeiros?

Sabia que, infelizmente, ela já tinha passado da fase de ler A Vida Acidentada de um Vampirinho, bem como A Fada que Tinha Idéias e Flicts. Mas eu apostava em senhores como Pedro Bandeira, ou ainda em algum título de Marcos Rey na Coleção Vaga-lume. E qual a triste conclusão que eu chego? Que mesmo que ela tenha acabado de completar 12 anos, esses livros não servem mais para ela.

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De repente, acidente

Ahn, bem. Eu leio tarot. Ganhei uma vez de presente de Natal um tarot bem bonitinho, só com os arcanos maiores (e os desenhos eram todos fofos e meiguinhos), depois comecei a ler um “tarot das bruxas” no qual todas as cartas eram essencialmente feminas e a partir daí comecei a colecionar decks, tenho desde o Tarot de Marselha até o do Crowley.

O fato é que o tempo passa, o tempo voa e bem, eu deixei isso meio de lado. Não gosto de ler tarot nem para mim, que dirá para outras pessoas (eu sinto meio que como enganando). Então, há uns quatro anos, eu abro apenas três exceções para a regra de não mais ler tarot: a mãe da Jô, a Jô e a Sol.

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Historinha

Tinha um cara chamado Arnaldo, que fazia coisas muito bacanas no cinema mas por causa de algumas maluquices do governo Collor nos anos 90, teve que arrumar um outro jeito de ganhar pão: jornalismo.

E sabe, ele se deu muito bem nessa área, escrevendo crônicas memoráveis n’O Globo, sem contar alguns ótimos comentários que tecia no Jornal Nacional. Mas aí o Arnaldo ficou doente, criou compulsão por polêmica e então começou a falar e escrever coisas que bem, se não eram artificiais, eram tolinhas mesmo.

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Pequeno Dicionário Amoroso

Qual a melhor forma de curar um coração partido? Cultura. De preferência, lendo livros e assistindo filmes que tenham algo a ver com o que você está passando, o que de certa forma é um jeito de perceber que você não é a única pessoa a passar por isso; que não, não é o fim do mundo e que logo vira só lembrança.

Enfim, em um desses momentos de coração partido, estava eu acordada de madrugada, pensando em como era uma pessoa triste e miserável que provavelmente morreria sozinha, quando começa a passar na tv O Pequeno Dicionário Amoroso.

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And there is Death.

Depois que você perde uma pessoa muito próxima, a tendência é que fique com medo de perder outras, não? Bem, no meu caso não foi assim, e acredito que tenha a ver com o fato de ter acontecido muito cedo. Morte não era bem o assunto que passava pela minha cabeça, pelo menos não a morte de pessoas da minha vida.

E então o Puck morreu no ano passado.

E sim, eu sei que ele não é uma pessoa, mas esteve comigo durante nove anos. Além disso, eu gostava muito dele (aquela história de Teresa e Karenin que só quem leu A Insustentável Leveza do Ser pode entender) e acompanhei todo o processo, desde que começou a ficar desanimado até quando não conseguia mais comer. E sério, foi doído paca.

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Promessas, Flores Partidas e afins

Só para não esquecer, um “resoluções de ano novo revisited”:

Esse ano quero conhecer Cortázar e Faulkner. Quero tirar carteira de motorista, criar um gatinho novo e pintar o cabelo com alguma cor diferente. Quero andar de bicicleta outra vez. Tirar um dia de chuva para ler Allan Poe embaixo do cobertor ouvindo Smiths como costumava fazer. Voltar a colecionar Dylan Dog. Aprender a fazer arroz branco soltinho. Me formar e encarar mestrado. Você sabe, o básico. Felicidade. Continue lendo “Promessas, Flores Partidas e afins”

Um presente.

Sexta enquanto falávamos de inovações editoriais (digamos assim, hehe) a Luci pegou uma revista para ilustrar o que não tinha no tempo dela. A questão da qualidade do papel, fontes diferentes (e de cores diferentes), diagramação e tudo o mais. Pois bem, eu achei a revista linda e claro que fiquei toda felizinha quando a Luci disse que podia levar, que era presente.

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Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo…

Algumas pessoas costumam dizer que time só pode ter um, que ter dois times do coração é o mesmo que torcer pra um e depois trocar a camisa e coisas do tipo. Eu discordo, e tenho três times do coração: Vasco, Coxa e Juve. Tenho algumas simpatias também, como por exemplo o Grêmio, o Arsenal e o Ajax, mas não é nada demais (tipo “torcer se não tem mais nenhum jogo passando na tv”).

E sabe, nesse final de semana descobri uma ótima utilidade para o fato de torcer para mais de um time! Tcharam! Na verdade, duas utilidades, de certa forma complementares:

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